quarta-feira, 20 de março de 2013

A invenção do amor


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Meia Pessoa


Quem pode ter o Bilhete Único Idoso?

Pessoas com 65 anos ou mais, residentes em Campinas. O cartão é opcional, uma vez que a gratuidade no transporte público é garantida para este segmento mediante apresentação de documento de identidade. [Emdec]
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  Você acha justo uma pessoa com mais de 65 anos de idade não pagar ônibus?
  Porque, Caridade?
  Se for caridade é a “instintiva” e não a “racional”.
  No caso de caridade teria que aceitar algo que não é observável:

  Todos cidadãos maiores de 65 anos são pessoas que vivem na miséria sem condições de pagar passagem de ônibus.


  Tenho muita dificuldade em aceitar o que não é observável, há muitas pessoas maiores de 65 anos que tem razoável situação financeira, como geralmente são aposentados se utilizarem o transporte publico 7 dias por mês não será uma despesa tão impraticável para eles.
  Sei lá! Se tem algum idoso em grave situação financeira e que precise por algum motivo utilizar muito o transporte publico podemos lhe oferecer algum desconto ou até gratuidade dependendo da gravidade do caso [caridade racional], mas pura e simplesmente dar gratuidade só porque o cidadão completou 65 anos... não sei nem o que dizer.
  Já disse tudo nos textos sobre cotas onde uma pessoa tem vantagem simplesmente pela cor de sua pele.
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  Como não consigo defender argumentativamente a caridade vamos tentar o “respeito” e “reconhecimento”.
  Eu entendo respeitar o idoso cedendo o lugar para ele sentar, dando prioridade nas filas, evitar discussões... afinal o corpo “geralmente” esta mais fragilizado, o cansaço é maior, não faz sentido você ficar batendo boca com uma velhinha rabugenta.

  Mas entendam que aquele idoso desconhecido na minha frente nunca me deu um prato de comida, não sei que tipo de agradecimento tenho que ter!!!

  “Ah, ele trabalhou anos.”
  Trabalhou para seu próprio sustento e de sua família NÃO PARA MIM!
  Se ele é um bom pai, bom marido, sua família lhe deve algum reconhecimento se o idoso tem dificuldade para pagar o ônibus em primeiro lugar sua família deveria ajuda-lo, se ele não tem o reconhecimento da família nesse sentido porque tem que ter o meu!?
  Não entendo nem porque ele pode pagar meia entrada no cinema se vai ocupar o mesmo espaço que eu e assistir o mesmo filme que eu, o idoso é “meia pessoa”?
  Em um hospital de Campinas é permitido 2 visitantes por paciente internado com direito a 1 hora de visita.
  Dois adultos foram subindo para o quarto [sem dar satisfações] junto com uma senhora idosa aparentemente em boas condições de saúde.
  Foi mais uma vez repetido que só poderiam subir 2 pessoas e sabem o que um deles respondeu?
  “Mas ela é idosa, ela não conta”!
  Caraca! Se não conta então porque esta visitando, deixassem a idosa em casa!!!! [deu vontade de falar isso... sair de casa na maioria das vezes é uma tortura mental]
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 A divisão populacional de um determinado local conforme a faixa etária, ocorre da seguinte forma: 
 Jovens – do nascimento até aos 19 anos de idade; 
 Adultos – corresponde à população que possui entre 20 a 59 anos de idade; 
 Idosos ou melhor idade – pessoas que apresentam 60 anos de idade ou mais. [R7]

  O importante nesse texto é você entender que idoso não é meia pessoa ou pessoa nenhuma.
  Quando aceitamos cobrar metade do preço ou preço nenhum a empresa estatal ou privada que esta prestando o serviço tem que complementar o custo tirando dinheiro de algum lugar e o único lugar para tirar é do SEU BOLSO, através de aumento de impostos ou cobrança de tarifas mais elevadas e “distorcidas.” 
  Com a população envelhecendo a distorção de preços ficará cada vez pior e no Capitalismo preços distorcidos são um grande sinal de fumaça.
  Não cobramos a entrada inteira de um  idosos que pode pagar e sacrificamos um jovem que por vezes não esta nas melhores condições financeiras por estar iniciando a vida.
 Mas aí também damos descontos indiscriminadamente para os jovens, basta ter carteirinha de estudante e sobrecarregamos demasiadamente quem esta na fase adulta.
  Voltamos mais uma vez a ter que aceitar algo que não é observável:

  Toda pessoa em fase adulta no Brasil esta muito bem de vida, rica ou quase rica.

 Tenho muita dificuldade em aceitar o que não é observável...I’ll be Back!
A lista de pessoas que me “amam” não para de crescer.
  Caraca, que dedo grande!
  Quanto custa um colete a prova de balas?
  Se idoso tiver desconto algum bom velhinho pode me ajudar?
  Não se irrite, perguntar não ofende... humm acho que ofende sim...eu deveria ter continuado um texto sobre "peidofilia".





23 comentários:

encantadora 86 disse...
jardim de petúnias.
revista realidade 136 disse...
Bom dia ao sr.

Aqui em São Paulo,muitos idosos esperam a condução por mais tempo,pois alguns ônibus não param para eles,devido a essa história de gratuidade.
Mesmo quando eles vão pagar a condução,tem mais dificuldade para andar nelas.

Acho que muitas denúncias já foram feitas às empresas,por causa de tal discriminação.

Também por aqui é assim,
o bilhete único é renovável todo ano.
Sem o bilhete único,o idoso pode ocupar apenas a frente da condução(antes da catraca)- o que muitas vezes,é uma grande inconveniência-e dificulta o acesso aos assentos.

Não tenho uma opinião definida sobre esse assunto em questão.
Oxalá,tenhamos esse direito de locomoção gratuito na nossa terceira idade,que não irá demorar tanto a ocorrer.(uma década e meia passa rápido)
Na dúvida sobre o acerto ou o erro disso,fico com o desejo mais confortável.

Só queria saber uma coisa,

será que vai haver gratuidade para idoso no "trem bala",quando esse existir?
(fiuuuuu...)

(_Ai,mia santinha- Nihil,deixa eu ir embora...)

(_Vc estava lendo,Docontra?
Quantos anos vc tem?)
Daniel disse...
WILLIAM - Caridade Instintiva

Voce falou que não é uma necessidade sua o luxo.

Faria alguma diferença a maneira que voce ganhasse dinheiro para estar milionário?

Se com muito trabalho voce seria ainda mais rígido, cauteloso, ou se viesse como por benção do céu e um primo que estava perdido na Europa topa com voce com grande felicidade e decide apresenta-lo no testamento dele.

Como voce enxerga estas questões?
Daniel disse...
Eu também não vejo grande importância de ter muitas coisas. Mas eu acho que seria interessante experimentar muitas coisas.
Daniel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel disse...
NIHIL - Viagem...de preferência por parte da Europa,caso eu fôsse bilionária.

Se eu fosse um bilionário, eu não seria eu.
Terapia da Lógica disse...
“Faria alguma diferença a maneira que você ganhasse dinheiro para estar milionário?” [Daniel]
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Nesses casos que você citou não.
Não cultuo o sofrimento então entre trabalhar duro e ganhar de um primo ou na loteria eu preferiria ganhar.
O uso que eu faria do dinheiro seria o mesmo que relatei.

Eu poderia usar minha mente para roubar, nossa policia não tem uma estrutura muito boa, pouquíssimos crimes são resolvidos.
Não seria difícil para eu planejar bons e rentosos assaltos com chances bem pequenas de ser preso, mas também não ficaria muito rico com roubos, roubos grandes atraem atenção grande as chances de ser bem sucedido diminuiriam.
Quero dizer que dinheiro conseguido de maneira ilegal ou sem ética não me interessa.
Se eu fosse um advogado não me imagino defendendo alguém culpado de um crime mesmo que me pagasse um bom dinheiro, seria um dinheiro ganho legalmente, mas sem ética.
Eu poderia ter tido mais lucro no restaurante, poderia vender cigarro contrabandeado, ter dado calote em fornecedores ou feito grandes empréstimos sem intenção de pagar.
Ser ético nesse país é uma grande desvantagem comercial... mas é a minha natureza tenho que conviver com isso.
Terapia da Lógica disse...
“Eu também não vejo grande importância de ter muitas coisas. Mas eu acho que seria interessante experimentar muitas coisas.” [Daniel]
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Em estatística você seleciona um grupo representativo e projeta para o todo.
Como eu aplico isso em minha vida precisaria de um texto, vou tentar resumir.

Aqui em casa já tivemos 2 carros, um deles era tão pouco utilizado que as vezes eu saia com ele só para não perder a bateria.
Imagine se fossem 10 carros.

Claro que eu já viajei, mas nunca vi muita graça. Na adolescência foi legal, tudo era novidade, mas agora é só um lugar distante da minha casa que é o lugar que gosto de ficar, não importa se eu vou para o Rio de Janeiro ou Paris.

Na minha fase de namoros entender as mulheres foi um grande desafio, mas depois de desvendados os principais enigmas perdeu muito do encantamento.
Já escrevi vários textos sobre mulheres e até hoje não encontrei nenhuma que me dissesse que eu estivesse errado sobre minhas analises. Muitas tentaram contra argumentar, mas rapidamente perceberam que caiam em contradição.
Se eu tivesse muito dinheiro não iria me perder com a muierada como fez Salomão.

Quero dizer que já experimentei muitas coisas e na “projeção” “me conheço” satisfatoriamente bem.
“Conhece a si mesmo”.
Dinheiro me traria mais conforto, mas não mudaria essencialmente o que sou atualmente, não pararia de escrever o Blog por exemplo ou de gostar de pão com ovo frito, ou largaria minha esposa companheira de tantos momentos para me perder com a muierada.

encrenca 1.127 disse...
(fritex)

Boa noite a vcs.

Meu irmãozinho "Lhárikkhus"(esse nome é um apelido,baseado num personagem histórico,'pesar que o verdadeiro "Lhárikkhus" é o sr.William...e imagino isso devido às coincidências entre ambos), está combinando com minha família,a próxima viagem "exótica".
Desde que ele saiu da faculdade,e arrumou emprego,tem viajado para longe todo ano.
Ia para Cancún,mas decidiu ir para Rio Grande do Sul.
Como sempre,me pressionou para ir junto,e para eu deixar ele pagar minhas despesas.

Não acho isso certo,e nem me interesso por itinerários distantes.
(disse isso a ele)
Passeios,de preferência,tem que ser perto de casa.
Sou muito "caseira".

Caso eu enriquecesse "de uma hora para outra",cumpriria uma rotina de viagens,por obrigação.
Mas,isso duraria pouco.
Um dos endereços obrigatórios,seria Lesbos,na Grécia.
Aliás,já tenho esse destino nos meus planos,para quando eu me aposentar.

Aqui em São Paulo,podemos satisfazer nossos interesses mais do que em todas as outras partes do Brasil,e do mundo,e o que é melhor,- em poucos lugares.
Uma vez,já pensei em "ir embora",mas "ir embora" é diferente de ficar viajando.
Desejei estar num longo retiro espiritual em Fortaleza,mas desisti da idéia.

Paradoxalmente,um dos personagens famosos que eu admiro mais,é o Amyr Klink,que ao contrário de mim,do Isaac Asimov,do sr.William,e de muitos,"só se sente completo",se viaja muito.

Safo também foi muito sedentária.
Depois de um "passeiozinho" de uns anos por Siracusa,na Sicília- voltou para casa,em Metilene,e nunca mais foi embora.
Ao passo que seus dois melhores amigos se mudaram para Atenas,e ao passo que o namorado Faón, ganhava dinheiro com viagens.
Ser barqueiro,naquele tempo,era "que nem" ser motorista de ônibus.

(kkkk...!!)

Em família,não só eu sou chata assim.
"Pai pitaco" também é,mas sonha um dia conhecer o Metropolitan Ópera de Nova York.
Oxalá,ele realize esse sonho,e leve mamãe junto...
tripitaka 845 disse...
continuação

Mesmo assim não posso "dizer igual" ao que o sr.William disse.
Caso eu ficasse rica,teria algumas coisas a experimentar.
Haveriam alguns luxos que eu gostaria de satisfazer,antes de montar uma empresa.
A satisfação desses luxos,dependeria de quanto dinheiro eu ganhasse,naturalmente.

Daria "uma turbinada" na minha aparência(a saúde já vive em dia), compraria algumas jóias de safira,e um instrumento musical tradicional.
Talvez uma harpa de não sei que século,ou um violino "stradivarius".
Também,no início,almoçaria em alguns restaurantes caros.
Isso,só no início,e tentaria "dar uma olhada uma vez" no "high society".
Tentaria de uma vez por todas,também,encontrar o sr.Joaquim Brasil Fontes.

Cumpridos esses "deveres",iria logo montar minha empresa,ou me vincular ao voluntariado.
Claro,idem ajudaria meus parentes,pagaria a "faculta" das sobrinhas,e me ocuparia de todas as demais coisas obrigatórias.

Mas,luxo mesmo para mim,como eu já disse,seria ter uma casa na Serra do Mar...
turbilhão 1.243 disse...
Não me considero uma "caixa de mistérios".
Sou "quieta e discreta",mas não represento um "considerável risco" apesar de eu saber que alguns homens se assustam conosco- as mulheres.

Todavia,o "brodhão" sr.William tem razão.
Ele nos conhece um pouco.
Sua compreensão é considerável,e reconfortante.
Acredito entender também aos homens,pois sempre mantive mais amizade,e contatos de serviço,com eles, do que com outras mulheres que nem eu.

Aliás, credo...
...Safo só convivia com "bicho igual".
Sua turma,era um "clube da Luluzinha".
Acho que isso (me gerou) um trauma...(rsrs...)
Daniel disse...
Eu não quero dizer o que voce faria sendo um milionário. Mas fato é que muitas coisas mudariam na vida de todos como milionários, como inexoravelmente muda com o tempo tudo na vida de todos.

Eu não procuro confabular muito sobre como eu serei se tivesse muito dinheiro, mas gosto quando as pessoas tomam liberdade para descreverem um plano ambicioso de seus sucessos futuros tendo uma grande quantia em dinheiro.

Quanto a mim, pode ser que eu seja generoso. Pode ser que eu seja mesquinho. Mas o mais provável é: quem vai saber? Pois é.. pois é.. pois é! (Parodiando Chaves.)
Nihil Metilene disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Terapia da Lógica disse...
“Mesmo assim não posso "dizer igual" ao que o sr.William disse.
Caso eu ficasse rica,teria algumas coisas a experimentar.” [Nihil]
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Não poderia ser diferente, desde o GD Terra eu digo que pessoas como você e o Frank passam tanto tempo se preparando para a vida que se esquecem de vive-la.
Me parece que você disse que uma irmã sua esta voltando para casa o casamento “não deu certo”.
Oras, ela saiu, se arriscou...VIVEU!
Vamos supor que meu casamento acabasse hoje, como posso dizer que não deu certo?
Tá bom, não foi até que a morte me separasse, mas tenho filhas, construímos um lar eu e minha esposa nos fizemos companhia, nos arriscamos e VIVEMOS um casamento, temos essa EXPERIÊNCIA.
Se eu soubesse tudo que eu iria sofrer tendo um negocio próprio confesso que não teria começado, mas assim como deu tudo errado poderia ter dado certo, eu VIVI ganhei tristes, mas importantes experiências.

Podemos viver muitas experiências mesmo sem ter uma grande conta bancaria a falta de dinheiro torna tudo muito mais arriscado, mas... viver com medo é uma mer##.
Si chorei ou se sorri o importante é que emoções eu VIVI.
Viver é um risco!
Terapia da Lógica disse...
“Quanto a mim, pode ser que eu seja generoso. Pode ser que eu seja mesquinho. Mas o mais provável é: quem vai saber? Pois é.. pois é.. pois é! (Parodiando Chaves.)” [Daniel]
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Como eu disse... quem conhece a si mesmo não tem grandes surpresas.
Infelizmente passamos tanto tempo querendo entender o pensamento dos outros e esquecemos de analisar os nossos... “Auto Filosofar”.

Como você reagiria eu não tenho como saber, mas saber como eu reagiria é quase uma obrigação.
Se eu não conseguisse fazer isso com grande grau de precisão todo esse tempo filosofando teria sido um DESPERDÍCIO.
emaranhado 155 disse...
Irei agora para o "espaço" do texto "A outra versão",onde tentarei completar aquela minha série sobre o "fim do mundo".

Terapia da Lógica disse...
“O final do texto principal de hoje,com aquela ilustração,não "pegou bem".
Não direi mais.
Peça a opinião das outras pessoas.
Nem sempre, consigo ser objetiva.” [Nihil]
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É um texto tão bom quanto outros que escrevi e as imagens foram escolhidas com precisão.
“Bom” no sentido de bem estruturado e com excelente ARGUMENTAÇÃO.
Um casal de idosos se beijando e pulando carnaval, ter mais de 65 anos não é sinônimo de uma vida miserável e dependente como os freudianos querem nos convencer.

Sei que o texto não foi do agrado dos idosos e se eles pudessem me fariam o sinal com o dedo... com em tantos outros temas que já filosofei.
Eu convivo com pessoal maior de 60 e eles falam palavrões como a maioria das pessoas, no trabalho são bastante eficientes, não consigo vê-los como “meia pessoa”.
Minha sogra Cecília e meu sogro Lázaro são um amor de pessoas, mas por vezes falam cada palavrão...
Quando estive na Itália me chamou a atenção a “boca suja” dos velhinhos italianos, é um traço cultural da região que fui [Treviso].

Você idealiza “minorias”, idealiza idosos, idealiza a humanidade, idealiza os sris santinhos... entendo que o contato com a REALIDADE possa ser muito doloroso.

Um conselho, não leia o texto de amanhã para não se chatear ainda mais...

Nihil Metilene disse...
Não "me entenda mal",sr.William.

O texto ficou ótimo,como todos os outros que o sr.escreve.
O "detalhe" que me "preocupou" foi a ilustração.

'brigada da atenção.

E obrigada por replicar meus comentários anteriores.
Com certeza,acho que passo mais tempo "me preparando para viver" do que vivendo,de fato.
O sr.Hosaka também faz isso,mas tem um ultrabook...
...eu ainda demorarei a ter um.(haha!)
Nihil Metilene disse...
O sr.não está muito errado numa observação;

_os idosos tem mesmo o temperamento complicado.
Fácil alguns se tornarem bastante...antilíricos.
Talvez,isso seja porque as expressões comuns que denotam a ira,com o tempo,vão cansando...
Como descobri um dia... disse...
...que inventaram o sexo.(poesia)
°
°
°
Em minhas curiosidades de menina
prestava atenção ao entrevero entre os bichos
_(entrevero)que resultava na procriação
e também(punha sentido) nas aulas de biologia,
mas numa noite de insônia e medo
quando dormi,num lindo pesadelo
vi dois corpos amigos...

levando à consumação
a força das palavras
os sentimentos do coração
o apreço das horas demoradas
em que se deu o acúmulo da tensão,
o afeto e respeito enrustido
a parte do amor que não tem como ser falada
toda a energia divinal presente na intimidade das entranhas
chegando ao ápice e à exaustão.

A comunhão final
é uma insanidade criativa.

Das palavras constantes
de apreço
Eles viraram derrepente,duas consoantes
Duas epidermes
se misturando
inermes
generosas, explosivas,egoístas
visando dar e receber
ferir e ao mesmo tempo
agradar ao que não era si mesmo.

Fui embora
Os dois corpos ainda se tocavam
por inteiro
sem medo
_eu os vi desfalecendo
e usando então,um jugo suave
entre pálidos beijos
Haviam "conseguido" tomar o que era preciso.

Vi o sol brilhar lá fora
Corri, sem saber do que fugia
aquilo fôra um ritual sagrado,
fôra uma glória?
então era daquele jeito
que se perpetuava a vida...
sotonenses 25 disse...
comentário sobre a poesia que acabei de registrar,

°°°°°° eu tive mesmo esse pesadelo,aos doze anos.

Sexo para mim sempre havia sido um tipo de "mistério de alto nível".
Vivia interessada nas "consumações" que via no reino vegetal e no reino animal.
Presenciava as "festas dos cachorros", assim como aprendida plantar mudas de flores, e ficava imaginando o que o vegetal "sentia" ao receber a seiva da terra,e ao viver a fotossíntese.

Intuía que as flores são seres "ao inverso".
Se fôssemos flores,teríamos o falo no lugar da cabeça,e a cabeça(com o cérebro) na localidade dos pés.
Vi um parto uma vez,na televisão,que me deixou muito emotiva.

A minha "iniciação" intelectual nisso tudo não foi lá muito boa.
Vcs lembram dos "casos especiais" da Rede Globo?
Aquele "cinema televisivo" traduzia a vida mais próxima à realidade das pessoas,do que as novelas,mas mamãe não nos deixava assistir,porque eram histórias "pesadas".
Todavia,nem sempre as mães conseguem ser tão vigilantes.
Vi um com a Regina Duarte,uma vez,_e isso,em plena Ditadura Militar,(não sei como passou pela censura) em que ela interpretou uma jovem mãe que era assassinada nos "porões da polícia",por causa de algum crime que cometera.

Em outro,vi uma atriz televisiva famosa(não sei se foi a Renata Sorrah) interpretar uma moça simples e comunicativa,que morava numa cidade do interior,que não dava muita confiança para o assédio de um moço da região.
Encarava tudo como uma brincadeira,e não pensava em querer corresponder a ele.

Um dia,porém,voltando sozinha para casa,foi levada à força por ele, para algum lugar.
Tudo se apagou,depois ela apareceu alquebrada,numa cama.
A família cuidava dela,ela nem podia ouvir falar naquele moço,de quem tomou repulsa.
Foi se recuperando,mas demorou a voltar a ser a mesma,passou a viver receosa de "alguma coisa".

Decidi não desobedecer mais mamãe-e só voltei a ver os "casos especiais" a partir dos onze anos.
Fiquei pensando no que tinha havido com aquele "casal" da história.
Por que ela tomou antipatia pelo rapaz?
E por que ele a prejudicara,se aparentemente,gostava dela?
As informações que me foram dadas com o tempo,foram me "contando tudo".
Precocemente,entendi que a "paixão" que cria os vínculos,não precisa da "bem querença".
Isso já me conferiu a vantagem da isenção que passei a ter,como observadora dos fenômenos naturais.

Quando _tardiamente fiz à mamãe a clássica pergunta, "como nascem os filhos?",o que ela contou,já era redundante.
Na escola ainda passaram "isso" numa aula de ciências.
No "quarto de estudos" eu abria livros enciclopédicos,mostrando em belas ilustrações,corolas,fauces,e "espermas" de flores.
Depois,em seguida,passava para as páginas em que ventres ilustrativos,continham bebês em seus invólucros.

Sexo para mim,por muito tempo,não era uma questão de malícia,nem de risadinhas,como era para muitos.
Ele era tão lindo quanto uma enciclopédia Barsa inteira.
E deslumbrada,eu "folheava" cada página desses livros...apesar de que a cada página,eu sublimava meus impulsos.

Esse meu texto deve ter ficado bem desembaraçado.
Irei relê-lo sempre que eu desejar criar uma "poesia erótica" nova.
acréscimo disse...
Sexo para mim era(e continua sendo "um pouco") deslumbrante,porque é a consumação de atos de comunhão,encerrando em si um tipo de felicidade que se basta a si mesma,e porque é a principal forma de perpetuação da vida.

Numa época em que alguns tabus a respeito,ainda eram visíveis,isso ficava ainda mais atraente.
acréscimo 2 disse...
Onde,no primeiro texto,escrevi que "precocemente,entendi que a paixão que cria vínculos,prescinde da "bem querença",eu poderia ter acrescentado,ou falado em substituição,que "precocemente entendi que "as origens do amor" se situam na natureza,e tem uma natureza bem pouco abstrata.

Nem por isso,tal "natureza das origens" é menos divinal.

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