terça-feira, 22 de novembro de 2011
Blu-Ray: Larry Crowne, o amor está de volta
Tom Hanks e Julie Roberts fazem o papel de
aluno e professora numa universidade comunitária, uma espécie de Sebrae mas no
estilo americano. O tema central é bem óbvio, o aluno e a professora se
apaixonam, mas para o telespectador apreciar esse romance água com açúcar, ele
se vê obrigado a assistir as aulas também, e é bem difícil de você não ficar
envolvido com os personagens que surgem ao longo do filme, que vive num país em
um momento bastante difícil.
Há coisas que detestamos fazer por parecerem rotineiros demais, mecânicos
demais, mas expressar essa rotina em palavras, olhando para as pessoas ao seu
redor, sem dar atenção a uma pessoa em especial, faz com que o seu talento não
seja motivo de apatia, pelo contrário, ele pode até garantir a sua
sobrevivência. Ou seja, é muito difícil abrir mão de vários troféus que
conseguimos no passado, e começar do zero, tudo é mais lento, mas nisso é fácil
perceber que sobra mais tempo para pesquisar e estudar, e encontrar dentro de
nós aquela velha esperança de que podemos fazer mais. Achei o filme belo e
bastante oportuno nessa era de tantas incertezas.
Para quem é fã de Jornadas nas Estrelas, tenho certeza que você vai amar esse
filme. Não é um filme de ficção científica, mas um dos atores é um velho
conhecido da tripulação da USS Interprise, e ele dá aula de Economia Básica I.
Mas eu prometi ao Dr Esio que a crônica dessa noite falaria sobre confiança.
Tudo começou há dois dias, quando o Dr Esio mandou notícia sobre o AVC que
atingiu Raul Teixeira, um dos maiores divulgadores do espiritismo no Brasil. A
matéria dizia que ele queria voltar ao Brasil, o que eu achei um absurdo, não há
como saber o que uma vítima de um AVC quer dizer aos familiares, só mexendo a
cabeça. Tentei procurar mais a respeito em O Estado, no Folha de S Paulo e no
Globo, mais detalhe sobre o Raul Teixeira, e não encontrei nada. O Dr Esio disse
que essas fontes não são confiáveis. Então, eu vou confiar em quem?
Dr Esio ficou alterado, e concluiu que não era para confiar em mim mesmo,
posto que nunca consegui sequer um abraço da princesa. Creio que a essa altura,
o Dr Esio já deve estar com cento e trinta anos, ele esqueceu que todos devemos
desencarnar. Apesar do tempo ter passado, o Dr Esio não mudou em nada.
Mas confiança em mim mesmo, isso é um tema novo, e confesso que o Dr Esio
conseguiu me pegar de calça curta. Na maior parte das vezes, eu aprendi a
confiar no noticiário da família Mesquita, mas nunca tentei confiar em mim
mesmo. Creio que muito das lições do Padre José e do Padre Magalhães me
ensinaram também a confiar mais nos Evangelhos. Ou seja, sempre parto do
princípio que nada sei e nada saberei se não souber como ir além do segundo
parágrafo, logo não há nada dentro de mim que posso me valer para confiar, nem
mesmo a lembrança de um abraço que não houve vai me ajudar em nada.
Eu tenho pouca confiança em mim mesmo, e o meu medo é passar esse defeito aos
demais participantes. Mas, lembrando os bons tempo do UOL e do Terra, onde o Dr
Esio esbanjava a sua autoconfiança, qualificando quem atravessasse o seu caminho
de analfabeto ou coisa pior, acho que esse defeito que eu tenho me ajuda a ser
um leitor do Robson, do William, do Sr Joseph, da Srta Nihil, da Dra Selma, do
Adilson, do Vai-Volta, muitas vezes eu não comento, mas aprecio com o meu
silêncio a admiração que tenho pelos demais: Graças a Deus, eu não sou o único
que escreve barbaridades por aqui.
Festa na USP
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Personalize o Grub2 no Ubuntu 11.10
Saiu recentemente o Ubuntu versão Outubro
de 2011, ou 11.10. Apesar de não usar esse sistema, sempre mantenho a minha
cópia atualizada, mas para o meu azar, a nova versão colocou o Ubuntu como o
primeiro sistema a ser carregado no meu netbook.
Levei quase duas horas para tentar resolver o problema, até que achei uma
dica legal e mais ou menos fácil de usar. Eis o link: http://www.linuxmint.com.br/modules/newbb/viewtopic.php?post_id=6216
Tanto o Ubuntu como o Windows são sistemas formidáveis, o Ubuntu é
extraordinariamente mais rápido e suporta mais janelas abertas ao mesmo tempo.
Já o Windows apresenta um tempo de resposta muito lento, pois sempre tem o Anti
Virus que consome muito de seus recursos. O Windows tem o pior navegador do
Planeta Terra, ele se chama Internet Explorer. O Ubuntu tem o melhor navegador
do Planeta Terra, ele se chama Firefox. O problema do Firefox é que ele não
consegue abrir a lista de assinantes da Telefônica e nem abre a Caixa Econômica
Federal, e muitas vezes ele se enrosca com o Banco do Brasil, e também não há
como atualizar o iPhone, o iPod e o iPad pelo Ubuntu, isso sem contar que a
interface do Ubuntu é para lá de confusa, forçando o usuário a abrir o
aplicativo novamente, quando não sabe para onde foi a janela em que ele estava
trabalhando. E você precisa ler muito, fazer vários testes, até você atingir o
objetivo.
Já o Windows é bem mais ideal para quem já conseguiu o atestado de morte
cerebral - o maior defeito dele é que é caro demais, mas como passamos a maior
parte do tempo navegando na super estrada da informação, o que determina o
melhor desempenho não é o sistema operacional mas sim essa tranqueira que a
Telefônica insiste em chamar de banda larga. Larga mesmo, só a tarifa, eu pago
R$ 115,00 para baixar arquivos a 20 kb/s.
domingo, 20 de novembro de 2011
A primeira comunhão
A missa das nove, o último do calendário
litúrgico, deixou a Paróquia de Santa Tereza lotada. Para garantir um lugar para
mim, cheguei às 8:15 hs. Depois de três anos, Diego e umas trinta crianças na
faixa dos dez anos receberiam pela primeira vez o alimento da Eucaristia. A
catequese não dura tanto tempo assim em todas as paróquias, algumass fazem em
apenas um ano, eu mesmo fiz em quatro meses de catequese pela própria Paróquia
de Santa Tereza de Ávila.
A cerimônia durou mais de uma hora, além da primeira comunhão, o Padre
Gilberto abençoou a bodas de prata de um casal. Boa parte do ritual da missa,
como a leitura de Ezequiel e dos Coríntios 1, foram conduzidas por uma das
crianças que iriam receber a primeira comunhão, deixando a platéia de boca
aberta: como Jesus conseguiu arranjar crianças de dez anos para ler um dos
textos mais difíceis?
Milagres à parte, uma das catequistas encerrou a missa, agradecendo aos pais
por ensinar aos filhos que a participação das missas não se faz marcando a
presença num caderno, mas no coração, e que é muito gratificante encontrar seus
filhos na paróquia do que nesses becos, onde perdemos várias almas para as
drogas e a miséria. Enfim, a comunhão é importante porque não deixa Deus do lado
de fora de nossas vidas, mas traz Ele para dentro de nossas vidas.
A catequista foi longamente aplaudida.
sábado, 19 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Espiritismo Cristão
O que é ser cristão?
Se você fizer essa pergunta em qualquer
fórum religioso ( ou na vida real), as respostas serão as mais variadas, tais
como:
- crer em Cristo;
- frequentar a igreja;
- seguir os ensinamentos de
Cristo;
-ser caridoso;
-seguir os dez mandamentos;
-respeitar o próximo;
-querer a paz;
-ter uma vida voltada para boas
ações...
Segundo Adilson e outros - poderia usar o
termo “et alli” para ficar mais refinado - ser cristão é considerado somente
aquele que acredita que Cristo morreu na cruz e deu o seu sangue para tirar os
nossos pecados. Se você não acredita nisso, meu amigo, você não é Cristão...
Mesmo acreditando que Cristo viveu nesse planeta entre nós.
Jesus disse: Eu sou o caminho, e a
verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (João 14, 6).
Isto significa que sem praticar os ensinamentos de Jesus não há como chegar ao
Pai.
“...portanto, o que falo é justamente
aquilo que o Pai me mandou anunciar (João 12, 50), ou seja, estava
transmitindo-nos as orientações de Deus.
Qual a conclusão dessas palavras? Jesus
fala em sangue?
Não tem como acreditar em sacrifício de
sangue... Jesus também disse:
Porque o Filho do homem há de vir na
glória de seu Pai, com os seus anjos, e retribuirá a cada um conforme suas
obras (Mateus 16, 27). Se a retribuição é conforme as nossas obras e Ele
nunca falou em sangue, ficamos com as obras, quem quiser que fique com o
sangue.
Ao estudarmos o Novo Testamento, percebemos
que no princípio essa idéia de sangue resgatar os pecados foi introduzida
somente para que o cristianismo nascente se propagasse sem grandes dificuldades
de aceitação. É o que os apóstolos fizeram, talvez também fruto das Leis
Mosaicas, já que é nelas que o sangue dos touros resgata os pecados, pelo
sacrifício de expiação. Isso está no livro dos Hebreus, capítulo 10, versículos
de 1 até 14, onde se matavam touros e bodes para que o sangue desses animais
“purificassem”os pecados dos “pecadores”...
Acho muito cruel ter que ser submetido a
uma espécie de lei, uma imposição, para ser cristão: “ou você acredita que
Cristo deu seu sangue para lavar seus pecados ou então não é cristão”. Eu me
considero cristã, e não quero ter essa imposição. Quero estar livre dessas leis,
e acreditar no Cristo da maneira que gosto. E no Espiritismo da maneira que
quero.
Outro dia li uma frase interessante, não me
lembro o nome do autor (me perdoe):
“Ir a igreja não faz de você um cristão,
como ir ao Mc Donalds não faz de você um hambúrguer.”
Apenas o bom senso
prevalecerá...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
O tamanho do problema Adilson
Na recente resenha do Robson, ele levantou
a questão de medir o Adilson através de um densimetro, ou seja, você enfia o
Adilson numa caixa d'água de 500 litros, coloca numa balança, e aí você tem a
dimensão mais próxima desse problema chamado Adilson. Até eu ler o texto do
Robson, eu imaginava que o problema medisse 1,7 metros lineares. Com o novo
modelo proposto pelo Robson, temos uma nova relação de 150 g/cm3, enquanto que o
da água é de apenas 1,03 g/cm3, quando aplicamos uma temperatura de 4° Celsius.
Enquanto o mote da Senhorita Nihil é de que somente as orquídeas
prevalecerão, o mote do Adilson é de que somente a palhaçada prevalecerá, mas
nisso não tínhamos a dimensão exata do problema. O Robson demonstrou que o nosso
método linear só media a primeira camada do problema, já o cálculo do Robson
fecha melhor as contas, pois o Adilson é bem mais espaçoso, mas não dá para
medir com uma trena.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Densidade
Antes de prosseguir na explicação do motivo de eu ter
atualmente a posição que tenho, de que o que conhecemos como mundos físico e
metafísico são mundos entrelaçados (assim como o campo magnético da Terra faz
parte dela mesmo que não o vejamos, com suas várias camadas) e seguindo as
mesmas leis, ou mais exatamente a mesma Lei, eu considero interessante
diferenciar densidade (ou massa específica, medida em Kg/m3) de
densidade de campo (o que varia de acordo com o tipo do campo).
Densidade é uma coisa e densidade de campo é algo um
pouco mais complicado, que não se mede com densímetro.
Densímetro é um instrumento que serve para medir a
densidade de líquidos e não de campos elétricos, magnéticos, eletromagnéticos,
gravitacionais e de Yang-Mills (nucleares).
Apesar da ciência moderna considerar que a densidade dos
campos governa o mundo físico (e de eu considerar que a densidade dos campos
governa absolutamente tudo o que existe em todos os universos porventura
existentes e fora deles também, de uma forma ligeiramente diferenciada quando
fora dos universos), uma coisa é saber a equação de algo, o que nós sabemos
eximiamente.
E outra é medir adequadamente este algo, principalmente
quando a definição dele é circular, como já disse aqui a respeito dos campos de
natureza elétrica, e não sabemos o mecanismo que o faz portar-se da maneira como
se porta.
Como exemplo desta dificuldade usarei um
furacão.
Todos sabemos que existem, podemos vê-los, fotografá-los,
filmá-los, perceber os seus efeitos e estimar seu tamanho. Sabemos até as
equações que regem o seu funcionamento (coincidentemente são generalizações das
equações do campo eletromagnético de Maxwell).
Mas não temos como medir o seu tamanho exato, não temos
como fazer medições mais exatas das variações de densidade em suas várias
camadas e nem pesá-los, por exemplo.
E nem medir a força de gradiente de pressão entre suas
diversas regiões, o que seria similar às diferenças de densidade de
campo.
Imaginem o que ocorre em relação ao que não podemos nem
ver e nem temos ideia mais exata de como funciona, como os campos acima
citados.
Ou seja, densidade de campo não é densidade
(nome popular de massa específica).
De nada adiantam densímetros (instrumentos
utilizados para estimar a massa específica de líquidos) mesmo em relação ao que
vemos.
É por isto que ninguém procura entidades
espirituais com densímetros.
Agora que já sabemos que densidade de campo não
é densidade, falta pouco para entendermos (apesar do lamentável estado do tico e
da desesperadora condição do teco de algumas pessoas, entidades e sociedades
Anônimas233 Ltda.),
- como é que a densidade, sendo ela a massa
específica ou densidade de campo, tanto faz, pode determinar tudo,
mesmo
- onde a nossa consciência incorpórea (uma
célula ciclônica autossustentável de matéria primordial, ou préons, com várias
camadas e fronteiras adiabáticas entre elas)
- vai parar depois de sair do nosso corpo de
matéria bariônica,
- feito de bárions, prótons e nêutrons, sendo
estes constituídos de células ciclônicas de matéria primordial, ou
préons,
- corpo este que atualmente está com todas as
suas camadas de matéria primordial,
- que é exatamente a consciência extracorpórea,
a qual, assim como o campo magnético terrestre coexiste com a matéria bariônica
nas profundezas do nosso planeta e também o extrapola, conforme se pode ver nas
figuras a seguir,
- também a nossa consciência extracorpórea
coexiste com seu corpo físico, mais exatamente de matéria bariônica, e também o
extrapola,
- formando as diversas camadas (os corpos, como
dizem os místicos) que os cânones das várias doutrinas dizem ser dividida a
consciência extracorpórea do homem, também conhecida como espírito, mente ou
alma, de acordo com a religião de cada um,
- e que tem a mesma forma e distribuição
espacial do campo magnético terrestre, por exemplo, e das camadas que envolvem a
Terra e outros corpos celestes.
Como das mesmas causas se pode e deve esperar
os mesmos efeitos, da observação dos mesmo efeitos se pode e deve esperar as
mesmas causas, o que deverá ser mais bem explicado já no próximo
artigo.
Poderão alguns dizer que não podemos observar
anjos e outras supostas entidades espirituais, ou à nossa consciência
incorpórea, e que, em função disto, não há como dizer que estamos usando de
observações passíveis de serem feitas por qualquer pessoa em idênticas
condições.
Apesar disto, virtualmente todas as antigas
religiões do planeta assim definem os nossos corpos espirituais, em camadas
concêntricas, o que estaria em prefeito acordo com as observações que fazemos
das estruturas físicas, o que seria impraticável aos seres humanos há cinco ou
seis mil anos, o que me pareceria coincidência demais.
É como se alguém, há seis mil anos descrevesse
a explosão de uma supernova, um buraco negro e uma radio galáxia em detalhes,
quando apenas nos últimos anos estamos passando a saber de sua existência, ainda
sem entendê-los corretamente.
Outro detalhe é que, apesar de não podemos
fazer isto atualmente, a ausência de evidências não é evidência de ausência, ou
seja, pode ser apenas uma falta de condição técnica.
Como exemplo disto, podemos dizer de nossa
imensa dificuldade para detectar neutrinos, com massa milhares de milhões de
bilhões de trilhões de vezes maior que a estimada para os préons, pois das
centenas de trilhões de neutrinos que atravessam cada ser humano a
cada segundo, apenas um ou dois são detectados por dia, em detectores
imensos.
Outro exemplo são as tão procuradas ondas
gravitacionais e grávitons, respectivamente apontados como os responsáveis pela
força gravitacional por físicos relativistas e quânticos, jamais detectados (na
minha opinião pessoal, jamais serão, pois não se detecta o que não
existe).
Apesar de não podermos vê-los, a ação dos
préons pode ser detectada o tempo todo, pois os campos elétricos que envolvem os
átomos seriam compostos de préons, assim como os campos magnéticos dos imãs e do
próprio planeta, os campos eletromagnéticos que mantêm o funcionamento de todos
os nossos aparelhos elétricos, os campos gravitacionais que nos mantêm presos ao
solo deste planeta (e o planeta em órbita) e os campos de Yang-Mills, que mantêm
a coesão da matéria bariônica e regem o decaimento das partículas
compostas.
Se tudo der certo, no meu próximo artigo eu
farei um fechamento do modelo, explicando o motivo de eu ter a posição que eu
tenho atualmente.
[]s
Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá
A Outra na História
Os casos saborosos de sexo fora do
casamento contados por meio da biografia de oitenta amantes famosas dos últimos
quarenta séculos.
Foi um momento memorável. Em maio de 1962, em NY, usando um vestido translúcido ajustado a mão para revelar cada milímetro de suas formas, Marilyn Monroe subiu ao palco do Madison Square Garden, lotado, para sussurrar o mais famoso Parabéns a Você da história. O aniversariante era o presidente John Fitzgerald Kennedy - com quem ela tinha um caso havia pelo menos um ano. Por que a mais famosa atriz do cinema americano e, em seu tempo, a mulher mais desejada do mundo investiu nesse esforço extra de sedução? A resposta, disse a VEJA a historiadora Elizabeth Abbott, é a mesma que se vê em qualquer telenovela: "Marilyn queria a atenção de JFK a qualquer custo, um comportamento comum entre as amantes ao notarem o início do afastamento do seu parceiro".
Pesquisadora na Universidade de Toronto, no Canadá, Elizabeth Abbott é uma especialista nos mistérios do sexo extraconjugal. Nos últimos dez anos, ela vasculhou a vida de oitenta mulheres cuja notoriedade se deve basicamente ao papel de "outra" . O resultado, uma coletânea de biografias chamada Mistresses: A History of Other Woman (Amantes: A História da Outra, em tradução livre), ainda sem versão para o português, é o complemento da trilogia de estudos que inclui a História do Casamento e a História do Celibato. A escolha dessas mulheres , e não quaisquer outras, tem o objetivo de estabelecer um elo constante na arquitetura do sexo fora do casamento. No entender de Elizabeth Abbott, esse assunto complexo, se reduzido a seu mínimo denominador comum, pode ser explicado da seguinte forma: aproximar-se de um homem com poder econômico, político ou cultural foi foi para as "outras", por séculos, uma das poucas maneiras, se não a única, de aspirar a uma ascensão social além daquela que uma mulher poderia esperar em outras circunstâncias. "Essa possibilidade de atingir alguma forma de igualdade entre os sexos é a principal conexão entre as amantes das mais diferentes eras", resume a escritora.
Tal linha de pesquisa permitiu a historiadora estabelecer a conexão que começa com Agar, a escrava egípcia que se tornou mãe de Ismael, o primogênito do patriarca Abraão, como se conta no Velho Testamento, e passa por Nell Gwynne, amante do rei Carlos II, da Inglaterra, no século XVII. Primeira atriz da história do teatro inglês (antes dela as mulheres eram proibidas de subir ao palco), letrada e espirituosa, e era, em seu tempo, uma celebridade artística com popularidade comparável à de Marilyn Monroe nos anos 60. Consta que no leito de morte de Carlos II implorou à rainha que "não deixasse a pobre Nell passar fome".
Apesar de não existir "fúria no inferno igual à de uma mulher desprezada", como registraria com fina sabedoria o dramaturgo inglês William Congreve, a viúva levou ao pé da letra as súplicas do rei e não teve coragem de se vingar da "outra". Nas contas de Abbott, são descendentes de Carlos e Nell nada menos que cinco dos 26 duques ingleses existentes atualmente. Um exemplo clássico é Aspásia, famosa por seu envolvimento amoroso com Péricles, o grande estadista ateniense do século V antes de Cristo.
Em uma cidade onde as mulheres casadas eram confinadas em casa, a amante de Péricles recebia poetas e filósofos (ela é citada nas obras de Platão e elogiada por Sócrates) e exercia considerável influência política. Muitos historiadores acreditam que Aspásia escapava às restrições impostas às mulheres de Atenas por se estrangeira (nasceu em Mileto, cidade na Ásia Menor) e, parece, dona de bordel. Péricles propôs uma reforma da lei da cidadania só para poder conceder cidadania ao filho que teve com Aspásia e torná-lo seu herdeiro. Depois da morte de Péricles, ela se tornou amante de Lísicles, outro estadista e general, com o qual teve um filho. Não há registro sobre a data da morte dessa mulher notável, mas os historiadores acreditam que tenha sido antes da execução de Sócrates, em 399 a. C.
Ao apresentar a "outra" como alguém cujo objetivo é, historicamente, o de se aproveitar da infidelidade atávica do sexo masculino, Elizabeth Abbott comete uma injustiça com tantas mulheres cultas e inteligentes cuja liberdade sexual esteve adiante dos costumes de seu tempo. Jeanne-Antoinette Poisson, mais conhecida como marquesa de Pompadour, amante de Luís XV, é uma dessas mulheres.
Talvez tenha sido uma das mais poderosas amantes de todos os tempos. Linda, rica, educada, inteligente e sinceramente ligada ao rei, ela tinha um defeito aos olhos da corte: era uma filha da burguesia e, pior, uma plebeia que se metia na política do reino. Os cortesãos eram tolerantes com os namoricos do rei com as moças da aristocracia, mas implicaram com a Madame de Pompadour. Apesar da campanha de difamação da qual foi alvo, ela exerceu uma influência luminosa no desenvolvimento das artes e da cultura no reinado de Luís XV, visto hoje pelos historiadores como um momento de esplendor da arquitetura e do design na França. Madame de Pompadour tinha um pequeno apartamento no 3º andar do Palácio de Versalhes e permaneceu amiga do rei até sua morte, em 1784, apesar de Luís XV viver então às voltas com amantes mais jovens. A "outra" na realeza é sempre uma narrativa fascinante. Existe affair mais impressionante que os anos de amor dedicados por Charles a Camilla Parker Bowles, sendo a amante mais velha e mais feia que a esposa, Diana?
Um exemplo terrível, é o de Eva Braun. Dizem as testemunhas que a amante de Adolf Hitler morreu feliz porque, pouco antes do suicídio, o ditador sanguinário, que durante uma década a tinha mantido escondida dos alemães e a humilhava em particular, finalmente, numa derradeira concessão, decidira se casar com ela. A felicidade dela estava na aliança.
Uma observação: Chico Xavier em visita a um cemitério nos EUA "viu" o espírito de Marilyn Monroe deitado em seu túmulo. Depois escrevo mais sobre isso (se alguém quiser, claro...).
Amor de Presidente
O presidente JK comemorava seu aniversário de 56 anos em um jantar em Copacabana, em 1958, quando viu pela primeira vez Maria Lúcia Pedroso. Com 23 anos, bonita, esguia e elegante, ela era casada com o deputado José Pedroso, líder do PSD, o partido do Governo. JK convidou a moça para uma dança. Dançaram a noite inteira - e nunca mais se separaram. Por dezoito anos, JK e Lúcia viveram um dos mais longos e intensos romances extraconjugais da política brasileira. Para permanecerem juntos, os dois enfrentaram o medo do escândalo, o ciúme que um sentia do outro, as ameaças de morte do marido traído, que descobriu o caso em 1968. Dois anos antes, seis depois de deixar a Presidência, JK tinha cogitado abandonar sua mulher Sarah. Pediu Lúcia em casamento em uma carta, mas ela recusou. Pouco depois, ele fez um segundo pedido, também por escrito: "È um sentimento definitivo, eterno, imutável. Não há remédio nem solução", escreveu. Lúcia não voltou atrás na decisão e disse não pela segunda vez. Os dois eram ainda amantes em 1976, quando Jucelino morreu em um desastre de carro.
Já a grande paixão de Getúlio Vargas ocorreu sem tanta descrição. O homem que governou o Brasil de 1930 a 1945 manteve um tórrido romance que durou 10 anos com Virgínia Lane, uma famosíssima dançarina do teatro de revista. Caído de amores e encantado por suas belas pernas, o presidente concedeu-lhe o título de Vedete do Brasil. Numa entrevista, Virgínia falou assim sobre o amado: "Getúlio era barrigudinho, baixinho, mas isso não tinha problema para mim, pelo homem que era. Gostei dele desinteressadamente". Eleito presidente novamente em 1951, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração em 1954. Virgínia Lane, que também teve namoricos com outros dois presidentes, está com 91 anos - e ainda contentíssima com o título de Vedete do Brasil.
(Selma)
Revista Veja 2241
Gabriela Carelli
Foi um momento memorável. Em maio de 1962, em NY, usando um vestido translúcido ajustado a mão para revelar cada milímetro de suas formas, Marilyn Monroe subiu ao palco do Madison Square Garden, lotado, para sussurrar o mais famoso Parabéns a Você da história. O aniversariante era o presidente John Fitzgerald Kennedy - com quem ela tinha um caso havia pelo menos um ano. Por que a mais famosa atriz do cinema americano e, em seu tempo, a mulher mais desejada do mundo investiu nesse esforço extra de sedução? A resposta, disse a VEJA a historiadora Elizabeth Abbott, é a mesma que se vê em qualquer telenovela: "Marilyn queria a atenção de JFK a qualquer custo, um comportamento comum entre as amantes ao notarem o início do afastamento do seu parceiro".
Pesquisadora na Universidade de Toronto, no Canadá, Elizabeth Abbott é uma especialista nos mistérios do sexo extraconjugal. Nos últimos dez anos, ela vasculhou a vida de oitenta mulheres cuja notoriedade se deve basicamente ao papel de "outra" . O resultado, uma coletânea de biografias chamada Mistresses: A History of Other Woman (Amantes: A História da Outra, em tradução livre), ainda sem versão para o português, é o complemento da trilogia de estudos que inclui a História do Casamento e a História do Celibato. A escolha dessas mulheres , e não quaisquer outras, tem o objetivo de estabelecer um elo constante na arquitetura do sexo fora do casamento. No entender de Elizabeth Abbott, esse assunto complexo, se reduzido a seu mínimo denominador comum, pode ser explicado da seguinte forma: aproximar-se de um homem com poder econômico, político ou cultural foi foi para as "outras", por séculos, uma das poucas maneiras, se não a única, de aspirar a uma ascensão social além daquela que uma mulher poderia esperar em outras circunstâncias. "Essa possibilidade de atingir alguma forma de igualdade entre os sexos é a principal conexão entre as amantes das mais diferentes eras", resume a escritora.
Tal linha de pesquisa permitiu a historiadora estabelecer a conexão que começa com Agar, a escrava egípcia que se tornou mãe de Ismael, o primogênito do patriarca Abraão, como se conta no Velho Testamento, e passa por Nell Gwynne, amante do rei Carlos II, da Inglaterra, no século XVII. Primeira atriz da história do teatro inglês (antes dela as mulheres eram proibidas de subir ao palco), letrada e espirituosa, e era, em seu tempo, uma celebridade artística com popularidade comparável à de Marilyn Monroe nos anos 60. Consta que no leito de morte de Carlos II implorou à rainha que "não deixasse a pobre Nell passar fome".
Apesar de não existir "fúria no inferno igual à de uma mulher desprezada", como registraria com fina sabedoria o dramaturgo inglês William Congreve, a viúva levou ao pé da letra as súplicas do rei e não teve coragem de se vingar da "outra". Nas contas de Abbott, são descendentes de Carlos e Nell nada menos que cinco dos 26 duques ingleses existentes atualmente. Um exemplo clássico é Aspásia, famosa por seu envolvimento amoroso com Péricles, o grande estadista ateniense do século V antes de Cristo.
Em uma cidade onde as mulheres casadas eram confinadas em casa, a amante de Péricles recebia poetas e filósofos (ela é citada nas obras de Platão e elogiada por Sócrates) e exercia considerável influência política. Muitos historiadores acreditam que Aspásia escapava às restrições impostas às mulheres de Atenas por se estrangeira (nasceu em Mileto, cidade na Ásia Menor) e, parece, dona de bordel. Péricles propôs uma reforma da lei da cidadania só para poder conceder cidadania ao filho que teve com Aspásia e torná-lo seu herdeiro. Depois da morte de Péricles, ela se tornou amante de Lísicles, outro estadista e general, com o qual teve um filho. Não há registro sobre a data da morte dessa mulher notável, mas os historiadores acreditam que tenha sido antes da execução de Sócrates, em 399 a. C.
Ao apresentar a "outra" como alguém cujo objetivo é, historicamente, o de se aproveitar da infidelidade atávica do sexo masculino, Elizabeth Abbott comete uma injustiça com tantas mulheres cultas e inteligentes cuja liberdade sexual esteve adiante dos costumes de seu tempo. Jeanne-Antoinette Poisson, mais conhecida como marquesa de Pompadour, amante de Luís XV, é uma dessas mulheres.
Talvez tenha sido uma das mais poderosas amantes de todos os tempos. Linda, rica, educada, inteligente e sinceramente ligada ao rei, ela tinha um defeito aos olhos da corte: era uma filha da burguesia e, pior, uma plebeia que se metia na política do reino. Os cortesãos eram tolerantes com os namoricos do rei com as moças da aristocracia, mas implicaram com a Madame de Pompadour. Apesar da campanha de difamação da qual foi alvo, ela exerceu uma influência luminosa no desenvolvimento das artes e da cultura no reinado de Luís XV, visto hoje pelos historiadores como um momento de esplendor da arquitetura e do design na França. Madame de Pompadour tinha um pequeno apartamento no 3º andar do Palácio de Versalhes e permaneceu amiga do rei até sua morte, em 1784, apesar de Luís XV viver então às voltas com amantes mais jovens. A "outra" na realeza é sempre uma narrativa fascinante. Existe affair mais impressionante que os anos de amor dedicados por Charles a Camilla Parker Bowles, sendo a amante mais velha e mais feia que a esposa, Diana?
Um exemplo terrível, é o de Eva Braun. Dizem as testemunhas que a amante de Adolf Hitler morreu feliz porque, pouco antes do suicídio, o ditador sanguinário, que durante uma década a tinha mantido escondida dos alemães e a humilhava em particular, finalmente, numa derradeira concessão, decidira se casar com ela. A felicidade dela estava na aliança.
Uma observação: Chico Xavier em visita a um cemitério nos EUA "viu" o espírito de Marilyn Monroe deitado em seu túmulo. Depois escrevo mais sobre isso (se alguém quiser, claro...).
Amor de Presidente
O presidente JK comemorava seu aniversário de 56 anos em um jantar em Copacabana, em 1958, quando viu pela primeira vez Maria Lúcia Pedroso. Com 23 anos, bonita, esguia e elegante, ela era casada com o deputado José Pedroso, líder do PSD, o partido do Governo. JK convidou a moça para uma dança. Dançaram a noite inteira - e nunca mais se separaram. Por dezoito anos, JK e Lúcia viveram um dos mais longos e intensos romances extraconjugais da política brasileira. Para permanecerem juntos, os dois enfrentaram o medo do escândalo, o ciúme que um sentia do outro, as ameaças de morte do marido traído, que descobriu o caso em 1968. Dois anos antes, seis depois de deixar a Presidência, JK tinha cogitado abandonar sua mulher Sarah. Pediu Lúcia em casamento em uma carta, mas ela recusou. Pouco depois, ele fez um segundo pedido, também por escrito: "È um sentimento definitivo, eterno, imutável. Não há remédio nem solução", escreveu. Lúcia não voltou atrás na decisão e disse não pela segunda vez. Os dois eram ainda amantes em 1976, quando Jucelino morreu em um desastre de carro.
Já a grande paixão de Getúlio Vargas ocorreu sem tanta descrição. O homem que governou o Brasil de 1930 a 1945 manteve um tórrido romance que durou 10 anos com Virgínia Lane, uma famosíssima dançarina do teatro de revista. Caído de amores e encantado por suas belas pernas, o presidente concedeu-lhe o título de Vedete do Brasil. Numa entrevista, Virgínia falou assim sobre o amado: "Getúlio era barrigudinho, baixinho, mas isso não tinha problema para mim, pelo homem que era. Gostei dele desinteressadamente". Eleito presidente novamente em 1951, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração em 1954. Virgínia Lane, que também teve namoricos com outros dois presidentes, está com 91 anos - e ainda contentíssima com o título de Vedete do Brasil.
(Selma)
Revista Veja 2241
Gabriela Carelli
O fluxo de préon
Apesar do texto do Robson ser pequeno, eu
só consegui ler até o segundo parágrafo. Presumo que até o final do texto, ele
deve ter comentado sobre o paquímetro eletro-magnético, por onde será possível
medir a força de um préon, é ele que prende os elétrons dentro do átomo, é
também ele que expulsa o elétron da órbita de um átomo, tornando possível
transformar matéria como a madeira em energia térmica, tornando possível fazer
de um boi um gostoso churrasco.
O préon é atemporal, ou seja, é ele que é a base do tempo, graças a ele a luz
pode atravessar o vácuo do espaço e iluminar as nossas pobres cabeças. Tudo é
feito a base de préon, só assim é possível explicar como Deus conseguiu criar o
Adão do pó, e como ele consegue transformar todas as nossas vidas em pó,
reduzindo toda a nossa existência numa célula de convecção.
Com o préon é possível explicar tudo. Na cabeça do Sr Joseph existem dezenas
de neurônios, e dentro delas alguns ácidos ribonucleicos, e dentro deles a
faísca da vida, que são os préons. Como a quantidade de préons é diferente de um
indivíduo para outro, daí podemos concluir que o Sr Joseph é diferente do
Adilson. O problema é exatamente esse, como contar a quantidade de préons bem
como acrescentar alguns préons no perfil do Sr Joseph, e assim acabar com essa
triste mania que ele tem de falar mal do Papa. Enfim, chegou a hora de ajuntar
todos os modelos científicos e centrar a atenção nos préons e mudar a face do
Universo, ou pelo menos implantar a rede WiFi gratuita no Brasil e melhorar a
República de 1889.
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