quinta-feira, 20 de junho de 2013

blog da Selma 31



Este Blog
A web
Este Blog
 
 
 
 
A web
 
 
 

domingo, 2 de outubro de 2011

A perereca da Srta Nihil

Numa recente resenha de fotos que a Srta Nihil andou publicando, encontrei essa perereca no meio de um monte de orquídeas. A outra  perereca é do Wikipédia, note como são diferentes, a do Wikipédia parece estar desanimada, já a perereca da Srta Nihil parece bem mais esperta, disposta a agarrar aquele troço vermelho que não consegui idenficar.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br
(11)8199-7091 Diadema-SP

fonte: Natureza Viva 56, Wikipedia Hylidae

Pau Brasil

Essa foto, eu tirei no laboratório de botânica de minha mãe. No frasco, encontrei 100 ml de um líquido fornecido pela Saned, cuja composição química, eu não tenho a mínima ideia de como abstrair, mesmo tendo a Tabela Periódica em minhas mãos.

Eu não bebo esse líquido da Saned, assim fiquei espantado com o estado da muda do Pau Brasil que minha mãe trouxe do que restou da Mata Atlântica em Pirituba, no litoral paulista. Há duas semanas, a parte queimada da muda era bem mais visível e as folhas eram foscas, e não tão brilhosas como aparece na foto.

Além do brilho, o que chamou a atenção é que ela desenvolveu seis raízes, de cor branca, de mais ou menos 50mm. Pelo ângulo que utilizei, é difícil ver as raízes, eu ainda não sei como usar o iPhone, usando uma das mãos para segurar o objeto e a outra para apertar o botão da camara.

De acordo com a minha mãe, o Pau Brasil é uma árvore que não tem casca e é toda avermelhada. Daqui a um mês, se Deus permitir, vou publicar uma nova foto do Pau Brasil, bem provavelmente no quintal da minha mãe.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br iPhone (11)8199-7091 Diadema-SP

Propaganda indecente

A mensagem anterior, que foi assinada pela Selma, é excelente, onde ela reclama das intenções de Joseph Goebbels que usa intensivamente os meios de comunicação (tevê, rádio, outdoor, Internet) para transformar o ser humano num consumidor compulsivo. Ao invés de incentivar o possível consumidor a melhorar o seu caráter através do estudo, induz o pobre coitado fazer da sua vida apenas uma rotina para pagar contas, cada vez mais escravizado nas faturas dos cartões de crédito.

Deus deu a cada ser humano dois pés, e com eles é possível ir até a padaria, mas Goebbels consegue induzir o escravo da propaganda a comprar o carro do ano, abastecê-lo no posto mais querido do carro, para então entrar na padaria: caso ele não consiga encontrar a Coca Cola, pode ser a Pepsi. Há muita coisa que o ser humano pode resolver com a revolucionária tecnologia do papel e da caneta, mas Goebbels força o escravo da propaganda a escolher o Android ou o iPhone, com inúmeros aplicativos, que pouco ajudam o pobre infeliz a fazer contas. Nenhuma propaganda ensina a gastar o que se ganha, pelo contrário, quanto mais você explodir o limite do crédito, mais bonus você ganha, estendendo a mesma ideia no uso do telefone, do sabonete e outros serviços.

No fundo, no fundo, é isso que faz a Religião um momento necessário em nossas vidas. Jesus mostrou ao mundo que é possível viver longe do MacDonalds, da Pizzaria Hut, da Sadia: ela só comia pão a cada quarenta dias, e os demais dias só vivia da Palavra do Pai. Jesus nunca enfrentou o problema do estacionamento, do trânsito, do pedágio e do seguro: ele não tinha nenhum cavalo, só uma vez usou um burro, mas isso não foi por opção, mas por imposição do Pai.

Jesus promete mundo e fundos, mas exige um dízimo de pelo menos 10% de sua vida, na forma de diálogo com o Pai e lembrar de suas recomendações como, por exemplo, não cobiçar o jardim do seu vizinho, o que convenhamos é bem mais barato que o dízimo que Joseph Goebbels cobra na banda larga, na água, na luz, no condominio, na escola, na hora de abastecer o carro. Enfim, faz 2000 anos é que Jesus deixou esse alerta: foi Deus que criou o mundo, logo tudo pertence a Deus, e não pertence a Joseph Goebbels. Se não dermos ouvidos a Jesus, mais cedo ou mais tarde Goebbels estará engarrafando o ar que respiramos, e o Faraó da Gestapo não vai mais precisar de propaganda para construir as suas pirâmides do tipo Itaquerão, e quando cansarmos da escravidão, vai ser difícil apelar para o Pai, ele não vai conseguir convencer Moisés a voltar para a Terra.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br (11)8199-7091 Diadema-SP

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A lingerie da Gisele

O Conar analisa pedido de suspensão de comercial com Gisele Bündchen

Campanha traz a top model dando a mesma notícia ao marido primeiro, totalmente vestida e depois, apenas de calcinha e sutiã. Consumidoras julgaram a propaganda discriminatória.

Segundo o comercial com o título “A Hope Ensina” (Hope é uma marca de lingerie),  Gisele primeiro dá a notícia de que bateu o carro e estourou o limite do cartão de crédito totalmente vestida e depois a mesma notícia somente de lingerie, insinuando-se para o marido.

Segundo a Hope, a melhor maneira de dar a notícia seria a segunda, somente de lingerie, para evitar maiores problemas com o maridão. Isso, de certa forma, irritou as mulheres que acharam o comercial preconceituoso.

O Conar -- é o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária --  que iniciou nesta quinta- feira (29) processo para analisar pedidos de consumidores para suspender o comercial de lingerie com Gisele Bündchen.
A Hope informou que não teve intenção de parecer sexista e que seria absurdo pensar que uma marca de lingerie, que vive da preferência das mulheres, tomaria uma atitude que desvalorizasse o público consumidor.


Num país onde há mulheres se insinuando de toda maneira em comerciais de TV, isso até que não significa muita coisa. Dureza é aguentar comerciais de cerveja onde se mostram homens com QI de mosca  com mulheres gostosas e com menos cérebro ainda. Comerciais de carro onde os homens desejam ser os únicos homens do mundo, comerciais de perfume e maquiagem onde o único objetivo das mulheres é se maquiar e perfumar para atrair homens e vice versa.

O mais indecente mesmo é ver políticos falando dos problemas de saúde dos hospitais do Brasil... Oras bolas! Qual deles resolveu o problema? E qual deles resolverá? Até mesmo – porque – esse problema não pode ser resolvido. Se o problema da saúde for resolvido, em que o político irá basear a sua próxima campanha? Qual seria a sua fantástica promessa (para não ser cumprida)?

Portanto, a Gisele Bündchen de calcinha e sutiã é o que se tem de menos indecente na TV.
Apesar de achar a Gisele bem chatinha...



(Selma)
 

 *baseado em notícia do portal G1

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estamos em "outra casa" -

Alguém sabe informações sobre uma possível greve dos funcionários do provedor do Terra?
Depois de um problema que houve nesse mês,em que nossas mensagens sumiram,e depois reapareceram- desde o dia 27(anteontem), não está sendo possível fazer postagens em nenhum dos blogs.

Visitei alguns,tentando algumas réplicas,mas nunca aparece o antispam.

Provisoriamente,o sr.William está no Blogspot.
(eu também)
Continuará,como sempre,sendo atualizado diariamente.

http://terapiadalogica.blogspot.com/

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Continuando os estudos sobre Irmã Josefa

Continuando nossos estudos sobre a materialização de Irmã Josefa em Uberaba...
Aqui estão mais duas revistas "O Cruzeiro" de 1964, sendo uma de janeiro e outra de fevereiro. A de fevereiro tem por finalidade provar que realmente foi uma farsa a materialização. Não são revistas digitalizadas, são fotografias da revista da época, onde vc poderá ler o que realmente estava acontecendo naquele momento.

Os links são os seguintes:

Obs: Ao abrir a página, e visualizar a capa da revista, você verá (do seu lado esquerdo), as palavras "View Document", que é um link. Clique sobre essas palavras e poderá ver o conteúdo da revista.









Após estudarmos sobre Irmã Josefa, irei pesquisar sobre o livro "Cartas de Uma Morta" do Chico Xavier.





Selma

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Natureza Viva 56 -

Essa é uma galeria de flores, natureza,lugares exóticos,- e principalmente, de orquídeas- que estou visitando há umas semanas.
As imagens são sempre do mesmo tamanho-e para serem  melhor vistas, a resolução de tela pode ser alterada.
O ideal é um passeio numas três páginas  de cada vez- ( tem mais de cem)
O link a ser visto, é da pg. "34",mas vcs poderão acrescentar ao Favoritos,outros números,encontrados bem abaixo de cada "tela".

Uma linda,longa e encantadora viagem a todos.
(a próxima edição do "Natureza Viva" voltará em semanas,ou daqui a "quatro telas")

http://www.flickr.com/photos/_anubis_/favorites/page34/?view=lg

Chico Xavier na Revista "O Cruzeiro"


Texto de David Nasser e Fotos de Jean Manzon

(Foram mantidas as normas ortográficas da época)
Revista “O Cruzeiro” de  12 de agosto de 1944

Chico Xavier, o Detetive do Além


Era uma vez um moço ingênuo e feliz, vivendo numa cidadezinha ingênua e feliz, perto de Belo Horizonte. O moço se chamava Francisco Cândido Xavier e não desmentia o nome. A cidadezinha, Pedro Leopoldo, arrastava suas horas de doce paz, entre as missas de domingo e a chegada do trem da capital. Não se sabe como, numa noite ou num dia, Chico se mostrou inquieto e desandou a escrever. Terminando, disse, apenas, à família assustada: - "Não fui eu. Alguém me empurrava a mão". Desce êsse dia ou essa noite, Chico Xavier perdeu o sossêgo e também o de sua cidade. Turistas chegavam, atraídos pela fama do moço-profeta. Pedro Leopoldo ia crescendo e Chico Xavier ia ficando importante. Nunca mais teve paz. Nunca mais pôde sair pela rua, sem ouvir um pedido de saúde ou uma prece de gratidão. Se ao menos fôsse só isto. Era mais, muito mais. Eram os curiosos do Rio, de São Paulo e de Belo Horizonte, pedindo consultas ou detalhes pelo telefone interurbano. Era a legião de repórteres em busca de novas mensagens. O representante da editôra insistindo por outros livros. Os centros espíritas de todo o país solicitando pormenores. Uma vida infernal, agitada, barulhenta sacudia o pobre rapaz.

As luzes dos lampiões da cidadezinha nunca mais dormiram sem a presença de um estrangeiro, rondando pelas ruas dantes tão sossegadas.

Fixaremos, precisamente, a violenta mudança de vida de Chico Xavier e da cidade de Pedro Leopoldo. Não nos interessa, embora pareça estranho, o medium Chico Xavier, mas a sua vida. Os seus trabalhos psicografados - ou não psicografados - já foram assunto de milhares de histórias, divulgadas desde 1935. Se são reais ou forjadas, decidam os cientistas. Se êle é inocente ou culpado dirão os juízes. Se êle é casto, instruído, bondoso, calmo, diremos nós. Porque não somos detetives do além.

Se os espíritos nos ouvem, êles sabem que não acreditamos em suas mensagens, nem desacreditamos de suas virtudes literárias. A verdade é que não temos a bravura indispensável para avançar sôbre o terreno pantanoso do outro mundo e analisar suas reais ou irreais comunicações utilizando aparelhos de escuta com êste pálido e sensitivo Chico Cândido Xavier. Desde que saímos daqui, levávamos a inabalável determinação de fazer uma reportagem sem complicações, apesar do assunto em sua natureza extra-terrena mostrar-se absolutamente complicado. Assim é que o senhor, amigo, chegará ao fim destas linhas sem obter a certeza que há tanto tempo procura: "É Chico Xavier um impostor ou não é?" E dirá: - "Não conseguiram desvendar o mistério!" Sim, o mistério continuará por muito tempo. Eternamente. E Chico Xavier morrerá, sem revelar o segrêdo de sua extraordinária habilidade ao escrever de olhos fechados, se é mágico, ou de seu fantástico virtuosismo, ao chamar, além das fronteiras da vida, as almas dos imortais, fazendo-os recordar os velhos tempos da Academia. Nossa intenção é mostrar o homem. Sem o espírito dentro de si, nos momentos vulgares, Chico Xavier é adorável, cândido, maneiroso, humilde, um anjo de criatura. A frase de uma vizinha define melhor: - "Sabe, moço? O Chico é um amor". Justamente dêsse tipo desconhecido, da parte anônima de sua devassada vida, é que tratamos, na hora e meia que permanecemos em Pedro Leopoldo. Para começar, diremos que Chico nunca teve uma namorada.

O tempo de viagem de Belo Horizonte a Pedro Leopoldo não vai além de hora e meia. A meio caminho, encontramos a fazenda federal onde Chico Xavier é dactilógrafo. O motorista não quer entrar. - "Aí, não. Até os zebus são atuados". O diretor, Rômulo, está na horta, sòzinho. Êle nos dará, talvez, esclarecimentos sôbre a vida de Chico e, quem sabe, facilitará o encontro com o sensitivo. Ouve o pedido. Depois, lentamente, abana a cabeça e o seu "não" é inflexível, desde o primeiro minuto. Alega um milhão de coisas. Que Chico anda cansado e precisa repousar. Um de nós lembra a possibilidade dêle, diretor, dar umas férias a Chico. - "O Chico funcionário nada tem a ver com o outro Chico". Apresentadas as despedidas, êle adverte: - "Não creio que será possível aos senhores um encontro com êle. Creio que vão esperar até sexta-feira".

Voltamos a deslizar pela estrada, neste sábado negro. A cidade aparece depois de uma curva. - "Onde fica a casa do Chico Xavier?" O menino aponta a igreja. - "Ali, na rua da matriz. Ele mora com a família". Encontraríamos, em várias oportunidades, a mesma designação do pessoal do município: êle. Todos apontavam Chico, sem recorrer ao nome. Êle só podia ser êle. - "Minha irmã foi curada por êle".

Ei-lo aqui, diante de nós. Veio a pé da fazenda e em sua companhia um senhor do Rio, que algumas vêzes vem passar semanas com o medium. - "Gosto de falar com êle. É um rapaz de cultura. Discute vários assuntos, lê um pouco de inglês e de francês. Devora os livros com fúria. Trouxe-lhe, há dias, "O homem, êsse desconhecido" e êle não gastou mais de quatro horas e meia para ler o volume gordo. É um prazer para êle. Seu único amor é o espiritismo".

Chico, perto de nós, não está ouvindo a palestra. Conversa com Jean Manzon. Devemos esclarecer que não dissemos qual a organização jornalística em que trabalhávamos. Queríamos ver se o espírito adivinhava. Não houve oportunidade.

Chico parecer ser um bom sujeito. Suas ações, mesmo fora do terreno religioso pròpriamente dito, são ações que o recomendam como alma pura e de nobres sentimentos. Vão dizer, os espíritas, que é natural: todo o espírita dever ser assim. Sei de um que não teve dúvida em abandonar a espôsa, o lar, sete filhos, um dos quais doente do pulmão.
- "Na rua, entre seus irmãos de seita, - disse-me um dos filhos - êle se mostrava esplêndido, generoso, cordial. Em casa, por pouco não botava fogo nas camas, à noite. Parecia um verdadeiro demônio. Guardava até alface no cofre-forte”.

Já o Chico não é assim. Sua nobreza de caráter principia em casa. Todos os seus irmãos e irmãs louvam a sua generosa e invariável linha de conduta, protegendo-os, hora a hora, dia a dia, através dos anos, trabalhando como um mouro. Um de seus sobrinhos sofre de paralisia infantil. Atirado a um berço, chora eternamente. Sòmente o Chico vai lá, fazer companhia ao garôto, às vêzes uma noite inteira.
- Chico!
- Que é, meu senhor?
- Você lê muito?
- Não. Só revistas e jornais.
- O outro disse...
-Disse o quê.
- Nada.


Êle nos olha, surprêso, quando a pergunta, como um busca-pé, sai correndo pela sala:
- Você, não pensa em se casar, Chico?
- Eu, casar? (Dá uma gargalhada) - Claro que não.
- Não namora?
- Nunca.
- Por que?
- Não há razões. Não gosto. Tenho outras preocupações. Ora, eu namorando... Tinha graça...
- Chico...
- Que é?
- É verdade que o padre desafiou você para um duelo verbal?
- Êle disse pra eu ir à igreja discutir. Não é lugar próprio.
- Você gosta do padre, Chico?
E êle, o ingênuo e feliz Chico, respondeu:
- Ué, eu gosto do padre, mas êle não gosta de mim.
- Chico...
- Que é?
- Onde estão suas mensagens?
- Um irmão levou tudo, em vista de tantas complicações.
- Você vai ao Rio?
- Até agora, nada resolvemos. Possìvelmente, mandarei uma procuração.

Numa estante, os livros de Chico. Versos de Guerra Junqueiro, Tolstoi e uma porção de autores mortos. Na sala do lado está a mesa onde êle recebe as mensagens. Uma papelada branca, pronta para ser coberta pelas mensagens do outro mundo. Sexta-feira houve mais uma sessão, desta vez presidida pelo chefe do executivo municipal. Humberto de Campos não compareceu mas o Emanuel, guia de Chico, lá estava. Quem é Emanuel? Um romano que existiu na mesma época de Jesus e conta um mundo de coisas interessantes sôbre a terra, naqueles tampos de há dois mil anos.
- Êle dita?
- Vou psicografando as mensagens. Há outros mediuns, como um norte-americano, que ouve as vozes dos espíritos tão alto que os presentes também escutam. Eu ouço. Os outros, que estão perto, não.
- Chico...
- Que é?
- Já teve oportunidade de falar com espírito de homens célebres?
- Homens célebres?
- Napoleão, para um exemplo, já falou consigo?
- Que eu saiba, não. Os assuntos bélicos não são freqüentes, nas mensagens que recebo do além. Há seis anos, entretanto, meu guia Emanuel previu os principais acontecimentos que hoje revolucionam a terra. Êle disse: - "A vitória da fôrça é fictícia".
O cavalheiro do Rio acode:
- E o próprio Chico, meses antes, previu a queda da Itália. Êle disse, categòricamente, que a Itália seria a primeira a cair. E a Itália foi a primeira a cair.

Pedro Leopoldo é a cidadezinha de uma rua grande e uma porção de ruas pequenas, convergindo para ela como servos humildes do rio principal. A casa de Chico é uma das melhores do lugar. Três quartos, sala e cozinha. O banheiro é lá fora, no fundo do quintal, ao lado do galinheiro. Chico se levanta de madrugada e vai dar milho às galinhas. Depois, sua irmã solteira faz o café, que êle toma com pão dormido, porque o padeiro ainda não chegou. Apanha a pasta de documentos da fazenda federal, e vai andando pela estrada, ainda coberta pela neblina. Volta para almoçar às onze horas. O expediente se encerra às dezoito horas, mas Chico, nestes dias de maior trabalho, faz serão. Sua vida é frugal. - "Quero que compreendam o seguinte: não vivo das mensagens de além-túmulo. Tenho necessidade de trabalhar para sustentar minha família. Se quase me dedico inteiramente a receber as comunicações, ainda se entende. O pior, entretanto, é a onda de gente que vem do Rio, de São Paulo e de todos os Estados".
- Peregrinos?
- Mais ou menos. Não posso deixar de recebê-los, pois fico pensando que vieram de longe e necessitam de consôlo. Isto leva tempo, toma tempo. Como se não bastassem essas preocupações, o telefone interurbano não pára dia e noite. - "Chico, Rio está chamando... Chico, Belo Horizonte está chamando... Chico, São Paulo está chamando... Chico, Cachoeira está chamando..." Evito atender, mesmo constrangido. Meu Deus! Eu não quero nada, senão a paz dos tempos antigos, o silêncio de outrora. Quero ser de novo aquêle Chico sossegado e tranqüilo que apenas se preocupava com as coisas simples...
- Impossível a viagem de volta...
- Impossível? Não, não é impossível. Eu voltarei a ser aquêle sossegado Chico. Não tenha dúvida.
O repórter imagina, a essa altura, que êle acredita na possibilidade de suas comunicações, com o além serem repentinamente suspensas. Vai perguntar ao Chico, mas uma senhora de côr negra entra na sala, carregando um benjamim de olhos assustados.
- "Trago para o senhor, Seu Chico..."
Êle segura com trinta mãos, cheio de cuidados, o bebê e o bebê faz um berreiro dos diabos, agita as pernas, sacode as pernas dentro da prisão dos braços de Chico. Êle sorri e devolve o menino à mãe.
- Meu sobrinho - explica o profeta Chico - é nervoso e fica dêste jeito. Sabe por que? Êle sofre de paralisia infantil.
- Não tratam dêle?
- Não temos recursos. Já deixei claro que não recebo um centavo pelas edições dos livros que me chegam do além. Assino um documento autorizando a livraria da Federação Espírita Brasileira a editá-los e, sòmente após ficarem impressos, recebo uns cinco ou dez exemplares, para dar aos amigos.
Vamos atravessando a sala e entramos num dos quartos. Na parede, prateleiras repletas de livros. Remédios à base de homeopatia, que Chico recomenda. Não sei porque os espíritos manifestam estranha aversão pela alopatia e suas drogas, receitando sempre combinações homeopáticas. Perto dos vidros, um armário cheio de livros. As obras de guerra conta a Santa Sé, assinadas por Guerra Junqueiro, ainda em vida. Os livros de Flammarion e de Alan Kardec, mas não os psicografados, misturados com volumes de propaganda anticlerical. Na parede, dependurado, um velho pandeiro.
- Quem toca pandeiro nesta casa?
Chico sorri o sorriso beatífico e diz que não é êle.
- Alguns espíritos?
O sorriso beatífico desaparece.
- Os espíritos não tocam pandeiro.

Saímos para a rua, hoje, sábado movimentado. O povo de Pedro Leopoldo passeia diante da Igreja que domina de forma esquisita a casa do humilde psicógrafo que Clementino de Alencar, certo dia, foi roubar de sua vida serena há dez anos. Hoje, Pedro Leopoldo é a Jerusalém do credo de Kardec. Já tem hotel e telefone. O povo de lá, por estranho que possa parecer a quem não conhece pessoalmente o nosso amigo Chico, revela invariável amizade. Será orgulho pela celebridade que êle deu ao município? Sim, porque antes de Chico, Pedro Leopoldo nem existia nos mapas de Minas Gerais. Gostam dêle, de seus modos, de sua cara asiática, onde um dos olhos empalideceu sùbitamente, como um farol apagado em pleno caminho da luz. A cidade tem uns treze mil habitantes, contadas as aldeias próximas, mas, espíritas, uns quatro ou cinco. Todos apreciam Chico, gregos e troianos. Gostam, mas preferem não rezar o seu catecismo. Êle não se importa. Não procura convencer ninguém à fôrça de seu estranho e discutido poder. Quando a carta precatória, intimando-o a depor, chegou a Pedro Leopoldo, Chico leu devagarinho e abanou a cabeça. - "Eu não posso mandar uma intimação judicial às almas!" E não deu mais importância ao caso.

Até à volta, sereno Chico. De tôdas as pavorosas complicações, você é o menos culpado. Parece uma caixa de fósforo num mar bravio. Uma velha beata de Pedro Leopoldo me disse que isto é castigo: - "Castigo, sim, nhô moço... Antão, êle telefona pro inferno e manda chamar os espíritos e depois num quer se aborrecer?"

Já o trombonista de Pedro Leopoldo deve pensar diferente: - "Por que será que o Chico só sabe receber mensagens escritas? Por que não recebe músicas de Beethoven, de Chopin, de Carlos Gomes?"

Êle, o moço amável de Pedro Leopoldo, não dá maior atenção aos comentários e vai levando como pode a sua vida. É pena, entretanto, que êle não tenha as qualidades artísticas que vão além do terreno literário. Se fôsse assim, Pedro Leopoldo teria, senhores, não apenas o psicógrafo Chico, mas também o músico Chico, o pintor Chico, o profeta Chico. Isto mesmo: o profeta Chico.




(Selma)

Humanos x Dinossauros




Se você acha que os seres humanos são a espécie dominante no planeta há muito tempo, multiplique nossos 200 mil anos por oitocentos e obterá o tempo em que os dinossauros caminharam sobre a Terra!

Apesar de um encontro entre dinossauros e humanos ser cronologicamente impossível, na ficção eles estiveram juntos muitas vezes, para o bem ou para o mal. No desenho animado dos Flintstones, os homens da Idade da Pedra conviviam muito bem com dinossauros. As crianças adoram ver na TV o dinossauro roxo mais querido do mundo: Barney. Godzila, um monstro inspirado em um dos gigantes do período Mesozóico, já assombrou mais de uma vez a telona, e Jurassic Park reviveu centenas de espécies de dinossauros em três filmes. Como se não bastasse, alguns afirmam que o monstro do Lago Ness era, na verdade, um Plesiossauro (um bem longevo, com certeza).

Os dinossauros se extinguiram há aproximadamente 65 milhões de anos, mas na imaginação da humanidade, ainda têm uma longa vida pela frente.


http://www.discoverybrasil.com/experiencia/contenidos/humanos_x_dinossauros/

Texto inspirado no Hosaka/233/Católico.

(Selma)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Como achar os marcianos alados em Marte?

Muito simples...
Baixe o Google Mars. É um aplicativo  do Google que mostra o solo marciano. Basta baixar e ficar procurando. Para isso são necessários um computador, paciência e tempo.
Boa sorte!

Faça o download aqui: Google Mars





Selma

Nenhum comentário:

Postar um comentário