domingo, 25 de setembro de 2011
Neuritos mais velozes que a luz mataram os dinossauros do 233
Graças à mediunidade da Selma, o Adilson
conseguiu psicografar na tela principal do Blog uma resposta ao seu arqui-rival
Marciano Alado a respeito da velocidade com que o espírito desencarna do corpo.
De acordo com o Marciano Alado, as etapas do desencarne lembram a equação do
movimento relíneo uniforne, primeiro o camarada bate as botas, e só depois de
duas horas é que o espírito escapa da inércia do corpo, baseado no princípio de
que a luz é a mesma para as duas entidades que ocupam unidades espaço-tempo bem
definidos.
Já o Adilson discorda da existência do espírito. Baseado na premissa de que a luz tem velocidade diferente do ponto de vista de quem observa e de quem é observado, o que acontece com o cadáver é o processo acelerado de pulverização, todo material orgânico que estava preso numa gigantesca unidade espaço-tempo é dissolvido em moléculas, e de lá viram pequenas partículas que o Adilson chama cientificamente de pó. Ou seja, pelo ponto de vista do Marciano Alado, você só pode enterrar o camarada após uma semana de decomposição; pelo ponto de vista do Adilson (que é mais prático no mundo moderno), quanto mais rápido você enterrar o defunto, mais unidade espaço-tempo vai sobrar para você.
Esses discursos acadêmicos enriquecem o Blog da Selma, é com o Marciano Alado e o Adilson que podemos tirar bons exemplos de como se relacionar no blogue do Google, e a partir daí multiplicar a qualidade da comunicação em toda a Web. Ou seja, não importa quanto uma teoria é impraticável para explicar a pulverização dos dinossauros, ou qual o custo-benefício de pegar os cadávares e jogar direto no caminhão do lixo, a verdade é que a velha lição católica sempre prevalece, segundo a qual muitas teorias em pouco ajudam a publicar uma mensagem no Blog da Selma, se o camarada ainda não sabe distinguir o que é CAPS LOCK e o que é CAPS OFF, na hora de digitar a conta e a senha do blogue. Enfim, é preciso praticar muito para um padre aprender a vestir a batina.
Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br
Já o Adilson discorda da existência do espírito. Baseado na premissa de que a luz tem velocidade diferente do ponto de vista de quem observa e de quem é observado, o que acontece com o cadáver é o processo acelerado de pulverização, todo material orgânico que estava preso numa gigantesca unidade espaço-tempo é dissolvido em moléculas, e de lá viram pequenas partículas que o Adilson chama cientificamente de pó. Ou seja, pelo ponto de vista do Marciano Alado, você só pode enterrar o camarada após uma semana de decomposição; pelo ponto de vista do Adilson (que é mais prático no mundo moderno), quanto mais rápido você enterrar o defunto, mais unidade espaço-tempo vai sobrar para você.
Esses discursos acadêmicos enriquecem o Blog da Selma, é com o Marciano Alado e o Adilson que podemos tirar bons exemplos de como se relacionar no blogue do Google, e a partir daí multiplicar a qualidade da comunicação em toda a Web. Ou seja, não importa quanto uma teoria é impraticável para explicar a pulverização dos dinossauros, ou qual o custo-benefício de pegar os cadávares e jogar direto no caminhão do lixo, a verdade é que a velha lição católica sempre prevalece, segundo a qual muitas teorias em pouco ajudam a publicar uma mensagem no Blog da Selma, se o camarada ainda não sabe distinguir o que é CAPS LOCK e o que é CAPS OFF, na hora de digitar a conta e a senha do blogue. Enfim, é preciso praticar muito para um padre aprender a vestir a batina.
Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br
Resposta do 233 para Marciano Alado
O sr.
Alienígena Alado tem zombado constantemente de minha posição contrária às
teorias de Herr Albert Einstein. Queria ver sua cara de bundão agora que
cientistas apresentaram suas experiências nas quais verificaram que os neutrinos
(como se supunha há tempos)podem ultrapassar a velocidade da luz, derrubando o
pilar einsteiniano de que nada pode ultrapassar a velocidade da luz.
Outra coisa que eu sempre disse foi que a teoria de que um meteoro exterminou os dinossauros é uma tolice. Agora a NASA afirma a mesma coisa que eu...mas para os espíritas, vale pouco a opinião da NASA.
A propósito, um certo João de Portugal também concorda comigo sobre Einstein. isso prova que nem todo lusitano é burro como o Bai-Bolta.
-----------------------------------------
João Magueijo x Einstein
O físico João Magueijo assume o papel de jovem revoltado da física e questiona pilares da Teoria da Relatividade de Einstein
Michael Brooks escreve para a revista 'New Scientist':
Quando o físico João Magueijo sugeriu que se acabasse com o postulado básico da relatividade - o de que a velocidade da luz é constante e insuperável -, colocou sua carreira em risco. Magueijo sobreviveu, mas, em seu livro, vai ainda mais longe.
Além disso, revela o pouco caso com que vê as bases da ciência moderna. Ele acha, por exemplo, que a revisão por pares é em grande medida inútil.
João Magueijo faz parte do Grupo de Física Teórica do Imperial College, em Londres.
Ele encontra inspiração para suas idéias incomuns em lugares incomuns: na praia, no encrave hippie de Goa, com dançarinos em êxtase saudando o Sol, caminhando debaixo de chuva em Cambridge ou conversando a noite inteira num bar em Notting Hill.
Sua meta principal: levar suas idéias ao tribunal da experimentação no menor prazo possível.
O que fez você virar rebelde?
Talvez tenha sido o fato de eu ter crescido em Portugal no período pós-revolucionário. O que aconteceu depois da revolução de 1974 em Portugal foi a anarquia. Sei que foi rotulado de comunismo, mas foi anarquia total.
E isso moldou a maneira como você aborda a ciência?
Acho que sim. Fui expulso do colégio e do catecismo, tive problemas no exército, me meti em confusão em todo lugar. Depois fiz parte de um grupo trotskista.
... e decidiu derrubar Einstein?
Sinto enorme respeito por Einstein. Ele é meu herói. Quando eu tinha 11 anos, meu pai me deu um livro fascinante escrito por Albert Einstein e Leopold Infeld. Infeld era um cientista polonês que trabalhou com Einstein em vários problemas importantes nos anos 1930. Einstein começou a atuar como seu mentor. Quando ficou claro que os alemães iam invadir a Polônia, naturalmente Einstein tomou a si a responsabilidade de tentar salvar seu amigo. Mas, no final dos anos 1930, ele já tinha ajudado tantas famílias judias a imigrar que suas garantias pessoais acerca dessas pessoas tinham perdido o valor perante as autoridades americanas, que ignoraram seus pedidos por Infeld. Einstein tentou encontrar para Infeld uma cadeira de professor numa Universidade americana, mas também essa tentativa fracassou. As perspectivas de Infeld eram muito sombrias. Desesperado, Einstein teve a idéia de escrever um livro de ciência popular a quatro mãos com Infeld. Foi 'The Evolution of Physics' (A Evolução da Física) - o livro que, muitos anos depois, por sua beleza singular, me levaria a querer estudar física-, escrito às pressas, em apenas dois ou três meses. O livro virou sensação enorme e levou Infeld a tornar-se repentinamente desejável aos olhos das autoridades americanas. Não fosse o sucesso alcançado por esse livro, é muito provável que Infeld tivesse se esvaído em fumaça em algum inferno nazista.
Quer dizer então que você sente respeito imenso pelos trabalhos de início de carreira de Einstein, mas nem tanto por seu trabalho posterior?
É isso mesmo. A visão dele de que a beleza matemática é importante é responsável por toda a baboseira sobre teorias 'elegantes' na teoria de cordas. Einstein não era assim quando era jovem. De qualquer maneira, a teoria de cordas é uma das coisas menos elegantes do mundo. Esses teóricos simplesmente apostam num enorme complexo de inferioridade, dizendo que foi abençoado por Deus ou algo assim. Não dou a mínima para a elegância. Você começa com uma motivação experimental, faz alguma coisa interessante e então traça uma previsão que pode ser testada. Isso é ótimo. Essa coisa de elegância é auto-indulgência, nada mais.
Para fazer algo de significativo em ciência é preciso seguir seus instintos básicos. É nisso que você acredita?
Pegar o bonde andando é quando alguém importante diz que você deve fazer alguma coisa, e todo o mundo, velho ou jovem, pula em cima do bonde. Mas, sim, se você quiser fazer algo de novo, precisa ter a coragem de dar um salto.
Pular para fora do bonde é arriscado. Se você sugerir algo tão radical quanto uma velocidade de luz variável, não poderia ser o suicídio de sua carreira?
É verdade. Talvez eu não tivesse agido com tanta tranquilidade se não contasse com esta bolsa de estudos da Royal Society, que me proporciona uma rede de segurança por dez anos. Durante esse prazo, posso ir a qualquer lugar e fazer o que eu quiser, desde que seja produtivo.
Quer dizer que você tem liberdade para ser o 'jovem revoltado' da física?
Talvez a impressão que se tenha é que sou amargo e ressentido, mas, se você está lendo um livro, a linguagem corporal se perde. Você está falando comigo cara a cara e pode ver que, na realidade, estou brincando com tudo isso. Não sou um jovem revoltado, estou apenas sendo franco. Não há ressentimentos. Posso dizer coisas ofensivas, mas faço tudo sem a intenção de ofender.
Então por que a velocidade da luz deve variar?
A questão real é: 'Por que a velocidade da luz deve ser constante?' A constância da velocidade da luz é a premissa básica da relatividade, mas temos muitos problemas na física teórica, e esses provavelmente resultam da premissa de que a relatividade funcione o tempo todo. A relatividade deve entrar colapso em algum momento no princípio do Universo, por exemplo.
Como você chegou a essa idéia?
Quando eu atravessava os gramados do St. John's College em Cambridge, numa manhã chuvosa, me veio à cabeça a idéia de que, se estamos confusos por causa da relatividade, uma velocidade da luz que fosse variável talvez seja a resposta. Valia a pena tentar.
Isso foi três anos atrás. Sua teoria já chegou ao ponto de ser aceita?
Depende de o que você quer dizer com 'aceita'. Um periódico me encomendou um grande artigo sobre o assunto. E já nos tornamos respeitáveis, pelo menos na medida em que um grande número de pessoas já está trabalhando sobre a teoria.
Deve ser levada a sério a idéia de que a velocidade da luz é variável?
Ainda não sabemos. Ainda não é certo. A velocidade da luz variável [VLV] começou com apenas uma idéia, e ela não tinha alcance especialmente longo. Era a solução de um problema cosmológico -grande coisa! Mas é fascinante o fato de que a teoria vem se desdobrando em direção à gravidade quântica. Estou muito entusiasmado, mas a teoria pode acabar se mostrando certa ou pode mostrar que está errada. Em última análise, está nas mãos da natureza.
Então você não ficará arrasado se for constatado que a teoria da VLV está errada?
A idéia inicial nunca é a forma final da idéia -ainda é uma obra em andamento. Havia um grande furo na teoria: a VLV não funcionava como teoria capaz de descrever as variações na radiação cósmica de fundo em microondas. Nos últimos meses, porém, superamos esse problema. Mas não tenho problema algum em ir trabalhar com outra coisa. A VLV não é uma religião, não é um partido político.
Como a teoria das cordas, você quer dizer? Em seu livro, você tratou os teóricos das cordas com grosseria.
Não tratei, não!
Mas você se refere às cordas no universo deles como o 'púbis cósmico'. Você sugere que haveria ali algo representativo de 'masturbação'.
Acho que se atribui importância demais à teoria das cordas. É possível que a resposta final tenha algo a ver com ela, mas, a julgar pelo que seus proponentes realizaram até agora, não é essa a impressão que se tem. Ela é tão distante de qualquer coisa que possa ser testada que não pode ser descrita como uma teoria científica. Algumas idéias muito boas saíram dela, mas, na realidade, elas são aviõezinhos de aeromodelismo -são idéias bonitas, não teorias físicas. Eu não teria dito nada se eles só ficassem brincando com seu joguinho. Mas eles enfeitam a idéia toda, como se ela fosse a resposta final para tudo.
Já que estamos falando em grosseria, por que você é tão mordaz quando fala de periódicos acadêmicos?
Acho que eles não têm futuro. São uma perda de tempo. Não leio um periódico desses há anos. O futuro está na internet. Os arquivos da internet não fazem uma filtragem para excluir as coisas boas, e as coisas que não prestam também estão lá, assim como estão nos periódicos. No futuro, as pessoas publicarão seus artigos apenas em arquivos da internet.
Isso certamente mudaria a maneira como avaliamos a ciência. Como ficaria a revisão feita por pares?
A revisão de pares não quer dizer nada. O sistema vem se desintegrando há anos. Ele equivale a relatórios de árbitros ['referees]'. Ou eles conhecem você e gostam de você, ou o conhecem e não gostam de você. Se não o conhecem, então depende da instituição onde você está. O sistema se tornou corrupto nesse aspecto. Hoje em dia, eu frequentemente me recuso a ser árbitro. Às vezes me mandam três ou quatro artigos por semana para julgar. Não há como fazer um trabalho decente. Eu não deveria dizê-lo, mas, já que os trabalhos deveriam estar nos arquivos de qualquer maneira, às vezes eu simplesmente aceito tudo. Não vejo por que rejeitar um artigo, a não ser que ele seja cientificamente muito ruim.
Como podemos saber o que é cientificamente bom e o que não é?
Para o cientista, é óbvio. Você lê um resumo e sabe imediatamente o que está acontecendo, se o trabalho vale a pena ser lido ou não. Não é preciso nenhum árbitro para lhe dizer isso. Na maioria dos casos, os árbitros são pessoas realmente conservadoras, que rejeitam tudo. Entretanto, em alguns relatórios positivos que vi, fica claro que o árbitro não leu o artigo. Na realidade, prefiro as rejeições. Pelo menos assim eu sei que leram meu artigo.
Mas como outros setores -por exemplo as agências que buscam verbas para a ciência- podem discernir o que é ciência válida?
É mais complicado. Elas poderiam perguntar para alguém bem-informado. Mas acho que, se o dinheiro fosse enviado diretamente aos cientistas, sem passar pelas agências de financiamento, haveria menos desperdício, de qualquer maneira. A gente poderia decidir na cara ou coroa, em lugar de ter comitês intermináveis decidindo quem recebe o quê.
Sim, seu livro deixa claro que você não é fã da burocracia da ciência. Você diz que os administradores do Imperial College exploram seus cientistas. Será que você ainda terá emprego depois que o livro for publicado?
De acordo com os advogados da editora britânica do livro, sim. Mas eu disse o que precisava ser dito. Há multidões de problemas, não apenas no Imperial College, mas com o mundo acadêmico britânico de modo geral. As consultorias administrativas mandam na ciência. No Imperial College, com certeza, houve um aumento muito grande nos níveis administrativos. Não precisaria ser assim: o novo Instituto Perimeter, em Ontário, onde Lee Smolin trabalha, está tentando algo diferente, com o mínimo possível de administradores. Não sei se vai funcionar, mas fico feliz por alguém estar tentando.
O que você pretende fazer agora?
Uma das coisas que eu observo no livro 'Faster Than the Speed of Light' é que, após uma certa idade, você pára de fazer ciência de boa qualidade. Não sei o que vai acontecer quando eu ficar velho e parar de fazer ciência de qualidade. Eu não acharia ruim a idéia de virar escritor. Não quero dizer escritor de ciência popular -eu gostaria de escrever romances, ficção. É uma maluquice, uma aposta no escuro, mas uma coisa é certa: não vou virar burocrata da ciência. (Tradução de Clara Allain)
Serviço: 'Faster Than the Speed of Light', de João Magueijo. Perseus, 288 páginas, US$ 18,20.
(Folha de SP, Mais!, 23/2)
233.
{O Adilson me mandou esse texto por e-mail, pois segundo ele, não conseguiu postar diretamente no blog. >Selma}
Outra coisa que eu sempre disse foi que a teoria de que um meteoro exterminou os dinossauros é uma tolice. Agora a NASA afirma a mesma coisa que eu...mas para os espíritas, vale pouco a opinião da NASA.
A propósito, um certo João de Portugal também concorda comigo sobre Einstein. isso prova que nem todo lusitano é burro como o Bai-Bolta.
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João Magueijo x Einstein
O físico João Magueijo assume o papel de jovem revoltado da física e questiona pilares da Teoria da Relatividade de Einstein
Michael Brooks escreve para a revista 'New Scientist':
Quando o físico João Magueijo sugeriu que se acabasse com o postulado básico da relatividade - o de que a velocidade da luz é constante e insuperável -, colocou sua carreira em risco. Magueijo sobreviveu, mas, em seu livro, vai ainda mais longe.
Além disso, revela o pouco caso com que vê as bases da ciência moderna. Ele acha, por exemplo, que a revisão por pares é em grande medida inútil.
João Magueijo faz parte do Grupo de Física Teórica do Imperial College, em Londres.
Ele encontra inspiração para suas idéias incomuns em lugares incomuns: na praia, no encrave hippie de Goa, com dançarinos em êxtase saudando o Sol, caminhando debaixo de chuva em Cambridge ou conversando a noite inteira num bar em Notting Hill.
Sua meta principal: levar suas idéias ao tribunal da experimentação no menor prazo possível.
O que fez você virar rebelde?
Talvez tenha sido o fato de eu ter crescido em Portugal no período pós-revolucionário. O que aconteceu depois da revolução de 1974 em Portugal foi a anarquia. Sei que foi rotulado de comunismo, mas foi anarquia total.
E isso moldou a maneira como você aborda a ciência?
Acho que sim. Fui expulso do colégio e do catecismo, tive problemas no exército, me meti em confusão em todo lugar. Depois fiz parte de um grupo trotskista.
... e decidiu derrubar Einstein?
Sinto enorme respeito por Einstein. Ele é meu herói. Quando eu tinha 11 anos, meu pai me deu um livro fascinante escrito por Albert Einstein e Leopold Infeld. Infeld era um cientista polonês que trabalhou com Einstein em vários problemas importantes nos anos 1930. Einstein começou a atuar como seu mentor. Quando ficou claro que os alemães iam invadir a Polônia, naturalmente Einstein tomou a si a responsabilidade de tentar salvar seu amigo. Mas, no final dos anos 1930, ele já tinha ajudado tantas famílias judias a imigrar que suas garantias pessoais acerca dessas pessoas tinham perdido o valor perante as autoridades americanas, que ignoraram seus pedidos por Infeld. Einstein tentou encontrar para Infeld uma cadeira de professor numa Universidade americana, mas também essa tentativa fracassou. As perspectivas de Infeld eram muito sombrias. Desesperado, Einstein teve a idéia de escrever um livro de ciência popular a quatro mãos com Infeld. Foi 'The Evolution of Physics' (A Evolução da Física) - o livro que, muitos anos depois, por sua beleza singular, me levaria a querer estudar física-, escrito às pressas, em apenas dois ou três meses. O livro virou sensação enorme e levou Infeld a tornar-se repentinamente desejável aos olhos das autoridades americanas. Não fosse o sucesso alcançado por esse livro, é muito provável que Infeld tivesse se esvaído em fumaça em algum inferno nazista.
Quer dizer então que você sente respeito imenso pelos trabalhos de início de carreira de Einstein, mas nem tanto por seu trabalho posterior?
É isso mesmo. A visão dele de que a beleza matemática é importante é responsável por toda a baboseira sobre teorias 'elegantes' na teoria de cordas. Einstein não era assim quando era jovem. De qualquer maneira, a teoria de cordas é uma das coisas menos elegantes do mundo. Esses teóricos simplesmente apostam num enorme complexo de inferioridade, dizendo que foi abençoado por Deus ou algo assim. Não dou a mínima para a elegância. Você começa com uma motivação experimental, faz alguma coisa interessante e então traça uma previsão que pode ser testada. Isso é ótimo. Essa coisa de elegância é auto-indulgência, nada mais.
Para fazer algo de significativo em ciência é preciso seguir seus instintos básicos. É nisso que você acredita?
Pegar o bonde andando é quando alguém importante diz que você deve fazer alguma coisa, e todo o mundo, velho ou jovem, pula em cima do bonde. Mas, sim, se você quiser fazer algo de novo, precisa ter a coragem de dar um salto.
Pular para fora do bonde é arriscado. Se você sugerir algo tão radical quanto uma velocidade de luz variável, não poderia ser o suicídio de sua carreira?
É verdade. Talvez eu não tivesse agido com tanta tranquilidade se não contasse com esta bolsa de estudos da Royal Society, que me proporciona uma rede de segurança por dez anos. Durante esse prazo, posso ir a qualquer lugar e fazer o que eu quiser, desde que seja produtivo.
Quer dizer que você tem liberdade para ser o 'jovem revoltado' da física?
Talvez a impressão que se tenha é que sou amargo e ressentido, mas, se você está lendo um livro, a linguagem corporal se perde. Você está falando comigo cara a cara e pode ver que, na realidade, estou brincando com tudo isso. Não sou um jovem revoltado, estou apenas sendo franco. Não há ressentimentos. Posso dizer coisas ofensivas, mas faço tudo sem a intenção de ofender.
Então por que a velocidade da luz deve variar?
A questão real é: 'Por que a velocidade da luz deve ser constante?' A constância da velocidade da luz é a premissa básica da relatividade, mas temos muitos problemas na física teórica, e esses provavelmente resultam da premissa de que a relatividade funcione o tempo todo. A relatividade deve entrar colapso em algum momento no princípio do Universo, por exemplo.
Como você chegou a essa idéia?
Quando eu atravessava os gramados do St. John's College em Cambridge, numa manhã chuvosa, me veio à cabeça a idéia de que, se estamos confusos por causa da relatividade, uma velocidade da luz que fosse variável talvez seja a resposta. Valia a pena tentar.
Isso foi três anos atrás. Sua teoria já chegou ao ponto de ser aceita?
Depende de o que você quer dizer com 'aceita'. Um periódico me encomendou um grande artigo sobre o assunto. E já nos tornamos respeitáveis, pelo menos na medida em que um grande número de pessoas já está trabalhando sobre a teoria.
Deve ser levada a sério a idéia de que a velocidade da luz é variável?
Ainda não sabemos. Ainda não é certo. A velocidade da luz variável [VLV] começou com apenas uma idéia, e ela não tinha alcance especialmente longo. Era a solução de um problema cosmológico -grande coisa! Mas é fascinante o fato de que a teoria vem se desdobrando em direção à gravidade quântica. Estou muito entusiasmado, mas a teoria pode acabar se mostrando certa ou pode mostrar que está errada. Em última análise, está nas mãos da natureza.
Então você não ficará arrasado se for constatado que a teoria da VLV está errada?
A idéia inicial nunca é a forma final da idéia -ainda é uma obra em andamento. Havia um grande furo na teoria: a VLV não funcionava como teoria capaz de descrever as variações na radiação cósmica de fundo em microondas. Nos últimos meses, porém, superamos esse problema. Mas não tenho problema algum em ir trabalhar com outra coisa. A VLV não é uma religião, não é um partido político.
Como a teoria das cordas, você quer dizer? Em seu livro, você tratou os teóricos das cordas com grosseria.
Não tratei, não!
Mas você se refere às cordas no universo deles como o 'púbis cósmico'. Você sugere que haveria ali algo representativo de 'masturbação'.
Acho que se atribui importância demais à teoria das cordas. É possível que a resposta final tenha algo a ver com ela, mas, a julgar pelo que seus proponentes realizaram até agora, não é essa a impressão que se tem. Ela é tão distante de qualquer coisa que possa ser testada que não pode ser descrita como uma teoria científica. Algumas idéias muito boas saíram dela, mas, na realidade, elas são aviõezinhos de aeromodelismo -são idéias bonitas, não teorias físicas. Eu não teria dito nada se eles só ficassem brincando com seu joguinho. Mas eles enfeitam a idéia toda, como se ela fosse a resposta final para tudo.
Já que estamos falando em grosseria, por que você é tão mordaz quando fala de periódicos acadêmicos?
Acho que eles não têm futuro. São uma perda de tempo. Não leio um periódico desses há anos. O futuro está na internet. Os arquivos da internet não fazem uma filtragem para excluir as coisas boas, e as coisas que não prestam também estão lá, assim como estão nos periódicos. No futuro, as pessoas publicarão seus artigos apenas em arquivos da internet.
Isso certamente mudaria a maneira como avaliamos a ciência. Como ficaria a revisão feita por pares?
A revisão de pares não quer dizer nada. O sistema vem se desintegrando há anos. Ele equivale a relatórios de árbitros ['referees]'. Ou eles conhecem você e gostam de você, ou o conhecem e não gostam de você. Se não o conhecem, então depende da instituição onde você está. O sistema se tornou corrupto nesse aspecto. Hoje em dia, eu frequentemente me recuso a ser árbitro. Às vezes me mandam três ou quatro artigos por semana para julgar. Não há como fazer um trabalho decente. Eu não deveria dizê-lo, mas, já que os trabalhos deveriam estar nos arquivos de qualquer maneira, às vezes eu simplesmente aceito tudo. Não vejo por que rejeitar um artigo, a não ser que ele seja cientificamente muito ruim.
Como podemos saber o que é cientificamente bom e o que não é?
Para o cientista, é óbvio. Você lê um resumo e sabe imediatamente o que está acontecendo, se o trabalho vale a pena ser lido ou não. Não é preciso nenhum árbitro para lhe dizer isso. Na maioria dos casos, os árbitros são pessoas realmente conservadoras, que rejeitam tudo. Entretanto, em alguns relatórios positivos que vi, fica claro que o árbitro não leu o artigo. Na realidade, prefiro as rejeições. Pelo menos assim eu sei que leram meu artigo.
Mas como outros setores -por exemplo as agências que buscam verbas para a ciência- podem discernir o que é ciência válida?
É mais complicado. Elas poderiam perguntar para alguém bem-informado. Mas acho que, se o dinheiro fosse enviado diretamente aos cientistas, sem passar pelas agências de financiamento, haveria menos desperdício, de qualquer maneira. A gente poderia decidir na cara ou coroa, em lugar de ter comitês intermináveis decidindo quem recebe o quê.
Sim, seu livro deixa claro que você não é fã da burocracia da ciência. Você diz que os administradores do Imperial College exploram seus cientistas. Será que você ainda terá emprego depois que o livro for publicado?
De acordo com os advogados da editora britânica do livro, sim. Mas eu disse o que precisava ser dito. Há multidões de problemas, não apenas no Imperial College, mas com o mundo acadêmico britânico de modo geral. As consultorias administrativas mandam na ciência. No Imperial College, com certeza, houve um aumento muito grande nos níveis administrativos. Não precisaria ser assim: o novo Instituto Perimeter, em Ontário, onde Lee Smolin trabalha, está tentando algo diferente, com o mínimo possível de administradores. Não sei se vai funcionar, mas fico feliz por alguém estar tentando.
O que você pretende fazer agora?
Uma das coisas que eu observo no livro 'Faster Than the Speed of Light' é que, após uma certa idade, você pára de fazer ciência de boa qualidade. Não sei o que vai acontecer quando eu ficar velho e parar de fazer ciência de qualidade. Eu não acharia ruim a idéia de virar escritor. Não quero dizer escritor de ciência popular -eu gostaria de escrever romances, ficção. É uma maluquice, uma aposta no escuro, mas uma coisa é certa: não vou virar burocrata da ciência. (Tradução de Clara Allain)
Serviço: 'Faster Than the Speed of Light', de João Magueijo. Perseus, 288 páginas, US$ 18,20.
(Folha de SP, Mais!, 23/2)
233.
{O Adilson me mandou esse texto por e-mail, pois segundo ele, não conseguiu postar diretamente no blog. >Selma}
Milton Bins no Facebook
Encontrei o Facebook do Sr Milton Bins,
mais conhecido como o Baita Atheu dos velhos tempos do UOL e Terra, e quem sabe
é quem assina como JF no Blog da Selma. O endereço é Facebook do Milton
Bins - fiz a minha solicitação de amizade, mas é bem provável que ele não
aceite. Há pouca informação no perfil dele, ou quase nenhuma, o que me faz
acreditar que o professor mudou, perdeu a fé no ateismo ou cansou de reclamar
que a impunidade estragou esse país, ou ele não tem a menor ideia de como usar o
facebook. Na verdade, eu também não sei como usar o facebook, por isso que a
minha página está tão vazia como o do Sr Milton Bins. De todo modo, aproveito
esse Blog bem como o meu facebook para tentar mandar um
forte abraço, se ele vai aceitar, aí o problema é só dele.
Frank K Hosaka
http://www.facebook.com/frankkhosaka
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Aurélio 100% crakeado no iPhoneMod Brasil
Frank K Hosaka
http://www.facebook.com/frankkhosaka
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Aurélio 100% crakeado no iPhoneMod Brasil
No tempo que eu tinha iPhone 3G, eu já havia licenciado o
Aurélio por 30 doláres pela App Store. Eu raramente uso esse programa, porque eu
ainda não sei ler, escrever e nem fazer contas. Uma vez ou outra, surge uma
dúvida, do tipo Atualizar, se é com z ou com s. Ou seja, baixei o programa só
para enfeitar o meu iPhone, agora na versão 4, onde o Aurélio é muito mais
rápido, ele já vai procurando a palavra na medida que você digita o verbete.
Esse negócio de baixar aplicativo crakeado, isso é bastante controvertido. O
certo era a Positivo Informática SA distribuir quatro edições diferentes:
Aurélio Free (com verbetes que só cobrem as palavras que começam com a letra A),
Aurélio iPhone, Aurélio HD e Aurélio Android, mas a Positivo só disponibilizou a
versão para o iPhone.
Diante do exposto, eu aplaudo a iniciativa de crakear o Aurélio, e quem está conseguindo mais produtividade em sua vida, graças ao aplicativo, recomendo licenciar o programa através do App Store. Quem não usa o Aurélio crakeado, aconselho a desinstalar. Pois o Dia do Julgamento está cada vez mais próximo, e vai ser chato São Pedro encontrar você com o iPhone e encontrar dentro dele um programa emprestado, sem a autorização por escrito do detentor dos direitos intelectuais do programa, o que é uma afronta ao sétimo mandamento que o Pai de Jesus passou a Moisés.
Mas o Aurélio não é de todo inútil. Sempre aparece alguém com um Galaxy S na minha frente, afirmando que o Android é melhor que o iPhone, e aí eu esfrego o Aurélio no nariz do Googleíota.
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Diante do exposto, eu aplaudo a iniciativa de crakear o Aurélio, e quem está conseguindo mais produtividade em sua vida, graças ao aplicativo, recomendo licenciar o programa através do App Store. Quem não usa o Aurélio crakeado, aconselho a desinstalar. Pois o Dia do Julgamento está cada vez mais próximo, e vai ser chato São Pedro encontrar você com o iPhone e encontrar dentro dele um programa emprestado, sem a autorização por escrito do detentor dos direitos intelectuais do programa, o que é uma afronta ao sétimo mandamento que o Pai de Jesus passou a Moisés.
Mas o Aurélio não é de todo inútil. Sempre aparece alguém com um Galaxy S na minha frente, afirmando que o Android é melhor que o iPhone, e aí eu esfrego o Aurélio no nariz do Googleíota.
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sábado, 24 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A vida secreta de um jardim- (texto poético)
(publicado pela primeira vez no Filosofia
Matemática em 07/04/.2.011)
No jardim, as plantas e as flores conversavam todas entre si,com frequência,porque nunca havia nada para fazer.
Não havia passeios - não havia como sair do chão.
Nada conheciam da vida, nem concebiam como eram as viagens, porque para se ter a idéia de como é uma coisa,é necessário ter os membros do corpo adequados àquela experiência.
E as conversas desses vegetais versavam só sobre o visto.
Sobre as sensações.
Os arranhões,as dores,a fome, as sensações cinestésicas.
Não tinham pai, não tinham mãe, não tinham afins, mas eram afins-quimica e mentalmente.
Solidarizavam-se no sol e na chuva.
A vida era eminentemente uma ode à sensualidade, uma canção cinestésica, um pacote explosivo de sensações pelos corpos, pelos poros.
Se pudéssemos ouvir as flores, elas estariam sempre aos gritos, aos berros, de alegria,ou de desespero.
As mais velhas aconselhavam as plantinhas que brotavam do chão- e as “mocinhas” que abriam os botões.
Não havia como dizer de que forma deveriam se proteger da tesoura das mulheres, dos predadores, da poluição incipiente das ruas- e nesse tempo, ainda haviam poucos carros.
O aconselhamento, era a devoção ao deus sol.
Talvez, a “verdade” estivesse com ele.
Uma margarida, num enorme canteiro de margaridas, abria-se em flor.
Ela se revoltava contra o seu destino cinestésico, e não gostava da idéia de só viver, se alimentar, fazer a fotossintese, e parir simplesmente o tempo inteiro.
Fez amizade com os beija flores.
Eles tentavam passar à mesma a idéia de como eram as viagens, e as andanças dos animais que tem pés.
Ela não percebia que enquanto os escutava, não só os alimentava, mas espalhava por muitos cantos, suas sementes.
Acabaria um dia alertada de que ia ter muitos filhos- ou filhas margaridas, cujos destinos ela nem jamais sonharia.
Já se rendia a essa altura, à sua sina cinestésica.
Gostava da sensação de ver suas sementes levadas embora, pelo vento e pelos pássaros.
De todas as flores do jardim, era a que mais se virava para o sol, fosse em qual direção ele estivesse.
Passou a desenvolver um complexo de onipotência.
Ela era um imenso “falo” parindo o tempo inteiro, toda a vida, em sensações explosivas de vinculação à vida material, e complementações por todos os lados.
Bem mais do que outras flores.
Um dia, exagerou em seu zelo, e quis ser o sol.
O sol, o qual- segundo diziam, se realizava dando a vida a plantas, animais, animais homens, insetos, vermes.
Deixando-se levar por uma grande tempestade, acabou saindo do chão, finalmente, e realizando sua fantasia de menina.
Caminhou para outro lugar, mesmo sem ter pés.
Voou, voou, voou.
Morreu para aquela vida de margarida.
Sua raiz foi enterrada no chão pela dona da outra casa.
Tempos depois, ela renascia, mas não era mais a mesma.
Havia se transformado em várias, com as mesmas inclinações.
Os campos agrícolas, as paragens rurais renasciam nas primaveras.
As flores, independentemente do que eram e do que pensavam, cobriam esses campos.
Assim elas eram, que nem nós.
Nossas vidas, muitas vezes, seguem à revelia, e vamos cumprindo nossos papéis, por causa ou apesar de tudo.
http://www.mundodeflores.com/rosas-fotos-margaridas.html
No jardim, as plantas e as flores conversavam todas entre si,com frequência,porque nunca havia nada para fazer.
Não havia passeios - não havia como sair do chão.
Nada conheciam da vida, nem concebiam como eram as viagens, porque para se ter a idéia de como é uma coisa,é necessário ter os membros do corpo adequados àquela experiência.
E as conversas desses vegetais versavam só sobre o visto.
Sobre as sensações.
Os arranhões,as dores,a fome, as sensações cinestésicas.
Não tinham pai, não tinham mãe, não tinham afins, mas eram afins-quimica e mentalmente.
Solidarizavam-se no sol e na chuva.
A vida era eminentemente uma ode à sensualidade, uma canção cinestésica, um pacote explosivo de sensações pelos corpos, pelos poros.
Se pudéssemos ouvir as flores, elas estariam sempre aos gritos, aos berros, de alegria,ou de desespero.
As mais velhas aconselhavam as plantinhas que brotavam do chão- e as “mocinhas” que abriam os botões.
Não havia como dizer de que forma deveriam se proteger da tesoura das mulheres, dos predadores, da poluição incipiente das ruas- e nesse tempo, ainda haviam poucos carros.
O aconselhamento, era a devoção ao deus sol.
Talvez, a “verdade” estivesse com ele.
Uma margarida, num enorme canteiro de margaridas, abria-se em flor.
Ela se revoltava contra o seu destino cinestésico, e não gostava da idéia de só viver, se alimentar, fazer a fotossintese, e parir simplesmente o tempo inteiro.
Fez amizade com os beija flores.
Eles tentavam passar à mesma a idéia de como eram as viagens, e as andanças dos animais que tem pés.
Ela não percebia que enquanto os escutava, não só os alimentava, mas espalhava por muitos cantos, suas sementes.
Acabaria um dia alertada de que ia ter muitos filhos- ou filhas margaridas, cujos destinos ela nem jamais sonharia.
Já se rendia a essa altura, à sua sina cinestésica.
Gostava da sensação de ver suas sementes levadas embora, pelo vento e pelos pássaros.
De todas as flores do jardim, era a que mais se virava para o sol, fosse em qual direção ele estivesse.
Passou a desenvolver um complexo de onipotência.
Ela era um imenso “falo” parindo o tempo inteiro, toda a vida, em sensações explosivas de vinculação à vida material, e complementações por todos os lados.
Bem mais do que outras flores.
Um dia, exagerou em seu zelo, e quis ser o sol.
O sol, o qual- segundo diziam, se realizava dando a vida a plantas, animais, animais homens, insetos, vermes.
Deixando-se levar por uma grande tempestade, acabou saindo do chão, finalmente, e realizando sua fantasia de menina.
Caminhou para outro lugar, mesmo sem ter pés.
Voou, voou, voou.
Morreu para aquela vida de margarida.
Sua raiz foi enterrada no chão pela dona da outra casa.
Tempos depois, ela renascia, mas não era mais a mesma.
Havia se transformado em várias, com as mesmas inclinações.
Os campos agrícolas, as paragens rurais renasciam nas primaveras.
As flores, independentemente do que eram e do que pensavam, cobriam esses campos.
Assim elas eram, que nem nós.
Nossas vidas, muitas vezes, seguem à revelia, e vamos cumprindo nossos papéis, por causa ou apesar de tudo.
http://www.mundodeflores.com/rosas-fotos-margaridas.html
A luz da vela
Aconteceu um incidente na rede elétrica e ficamos no escuro no começo da noite. Para obter um pouco de luz, utilizamos uma vela convencional, e a Raquel ficou admirando a chama que saia dela, focando na diferença de cores que compõe a sua luz.
Na escola, ela está aprendendo a categorizar a matéria como sólido, liquído e gasoso. Certamente que a vela entra no capítulo da energia, mas eu mesmo sei pouco sobre o assunto, não sei como medir a luz e nem o gás que sai dela e que fica persistente em nossas fossas nasais, mas sei que a matéria tem os seus truques para mudar de forma.
De acordo com o Adilson, o caso da materialização da Josefa entra no capítulo do teatro humano, na arte de ludibriar pessoas com muita eloquência e retórica para convencer os desprevenidos de que somos mais que um monte de pó. Na verdade, eu acredito que nós somos mais do que um monte de pó, somos sólidos por fora, somos líquidos por dentro, e podemos encher os nossos pulmôes com tanto ar que dá para apagar uma vela. Mas vestir-se de Josefa, isso é para poucos. E correr atrás de informações mais documentadas como fizeram os jornalistas de O Cruzeiro também não é fácil. Enfim, cada um de nós temos um brilho diferente, só não sei por que o Adilson tem essa mania de querer apagá-ló.
Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Irmã Josefa na Revista "O Cruzeiro"
Consegui para vocês uma cópia
digitalizada de algumas páginas da Revista "O Cruzeiro" de 22/02/1964, de
14/03/1964 e de 21/03/1964, onde há a reportagem da materialização da "Irmã
Josefa", assunto preferido do 233. Apenas algumas páginas estão digitalizadas,
mas pode-se ver claramente a fotografia tirada do espírito por ocasião de sua
materialização (observe na edição de
21/03/64).
Revista O Cruzeiro de 22/02/1964 (Pois é... É o que está escrito na revista, eu não tenho culpa.)
Revista O Cruzeiro de 14/03/1964 (Vida de Irmã Josefa)
Revista O Cruzeiro de 21/03/1964
Visitem o site indicado pelo VV: http://jefferson.freetzi.com/Materializ-Uberaba.html
Visitem o site indicado pelo Marciano Alado: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Ranieri/Nova%20pasta/Ranieri%20-%20Materializa%C3%A7%C3%B5es%20Luminosas.doc
Vamos ver qual site o 233 indica...
Os assuntos referentes à revista "O Cruzeiro" foram retirados dos sites:
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-21031964/
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-22021964/
http://pesquisasespiritas.blogspot.com/2010/08/otilia-diogo-estudo-de-caso.html
O objetivo principal é discutir o assunto e chegar a conclusão se realmente aconteceu ou não. A culpa não foi do Chico Xavier.
(Selma)
Revista O Cruzeiro de 22/02/1964 (Pois é... É o que está escrito na revista, eu não tenho culpa.)
Revista O Cruzeiro de 14/03/1964 (Vida de Irmã Josefa)
Revista O Cruzeiro de 21/03/1964
Visitem o site indicado pelo VV: http://jefferson.freetzi.com/Materializ-Uberaba.html
Visitem o site indicado pelo Marciano Alado: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Ranieri/Nova%20pasta/Ranieri%20-%20Materializa%C3%A7%C3%B5es%20Luminosas.doc
Vamos ver qual site o 233 indica...
Os assuntos referentes à revista "O Cruzeiro" foram retirados dos sites:
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-21031964/
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-22021964/
http://pesquisasespiritas.blogspot.com/2010/08/otilia-diogo-estudo-de-caso.html
O objetivo principal é discutir o assunto e chegar a conclusão se realmente aconteceu ou não. A culpa não foi do Chico Xavier.
(Selma)
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Liraglutida
A liraglutida é fabricada no laboratório dinamarquês Novo
Nordisk, foi lançada na Europa e nos Estados Unidos em 2009 e 2010
respectivamente e está há três meses no Brasil, com o nome de Victoza. O
fabricante e as agências de saúde só indicam o medicamento para o tratamento de
diabetes do tipo 2. Ele, no entanto, também tem sido receitado para emagrecer –
prática na medicina conhecida como off-label, ou fora do rótulo, na tradução
literal. Programado para durar um mês, o
primeiro estoque de liraglutida que chegou ao país deve ser renovado em apenas
uma semana.
O remédio tem se mostrado tão eficaz na
perda de peso que o Novo Nordisk iniciou o processo para aprovação da
liraglutida também como emagrecedor. Os resultados das duas primeiras fases de
testes da substância em seres humanos já
foram publicados nas revistas científicas The Lancet e International Journal of
Obesity. O mais recente deles foi divulgado em Julho. Foram acompanhados 500 homens e mulheres, em
dezenove hospitais europeus. Em cinco meses de tratamento, 85% dos voluntários
perderam em média, 7 quilos.
Comparado à sibutramina, o anorexígeno mais
vendido no Brasil, o novo remédio promove uma redução de peso 50% maior maior em
5 meses. O estudo publicado recentemente
no International Journal of Obesity
mostrou que o novo remédio não só
não faz mal ao coração, como provoca uma baixa nos índices de pressão arterial..
“O medicamento não interfere na química cerebral, como os emagrecedores
tradicionais. Ele apenas imita uma substância que já existe no organismo”, diz o
endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do centro de pesquisas Clínicas de
São Paulo. Os efeitos colaterais da liraglutida são, portanto, menores. Nas duas
primeiras semanas os pacientes se queixaram de náuseas e dores de
cabeça.
![]() |
Caixa com 2 canetas de 6mg/ml custa por volta de R$393,44 (injetável) |
Nos próximos dias, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) deve anunciar o banimento de três dos quatro
anorexígenos disponíveis atualmente no mercado. Pelos sinais dados pela agência,
ficará apenas a sibutramina – e, ainda assim, sob regrais ainda mais rigorosas.
O novo remédio (liraglutida) imita a ação
do hormônio GLP-1, envolvido nos mecanismos de saciedade e na produção de
insulina pelo pâncreas (veja o quadro ao lado). Devido a tais características,
trata-se do primeiro antidiabético com atuação significativa na perda de peso. O
GLP-1 é sintetizado toda vez que o alimento chega à porção final do intestino
delgado. Nesse momento, o hormônio ativa as células cerebrais da saciedade e
reduz os movimentos intestinais de contração, prolongando a satisfação
alimentar. Como a liraglutida não depende da chegada de comida ao intestino, ela
atinge uma concentração na corrente sanguínea até oito vezes maior que a do
hormônio natural. Mas ela só estimula o pâncreas a produzir insulina quando os
níveis de açúcar no sangue estão acima do normal. Por isso, segundo os
especialistas, não há risco de sobrecarga do órgão entre as pessoas saudáveis,
sem diabetes do tipo 2. O remédio é administrado sob a forma de injeções
diárias. O próprio paciente faz a aplicação, por meio de uma agulha de 6
milímetros de comprimento e menos de 1 milímetro de diâmetro acoplada a uma
cânula de 16 centímetros de comprimento e da largura de uma caneta.
A liraglutida é fruto dos avanços de uma
área relativamente recente da medicina, a que se propõe a esmiuçar a relação
entre excesso de peso e o diabetes do tipo 2. Há 300 milhões de diabéticos no
mundo, dos quais 14 milhões no Brasil. Deles, 80% pesam mais do que deveriam. No
início dos anos 2000, o médico Steven Shoelson, professor da Universidade
Harvard, revelou como as células de gordura aumentam a resistência do organismo
à ação da insulina. Quando engordamos, as células de gordura inflam ou
proliferam. Assim como as cancerosas, para garantir o aporte de nutrientes, elas
criam uma rede de vasos sanguíneos a seu redor. O detalhamento desse mecanismo é
a prova de que o ser humano não foi programado para carregar um amontoado de
células de gordura. É antinatural, herança dos piores hábitos da vida moderna.
Com a liraglutida, finalmente, a medicina livra-nos desse fardo. Ao aumentar a
sensação de saciedade, sem causar danos, ela pode ser considerada a bala de
prata contra o excesso de peso.
Há um outro medicamento chamado topiramato
(Topamax, Amato e Toptil) , que no passado foi indicado para crises convulsivas
e hoje é indicado para tratamento de crises de enxaqueca. Tem também um efeito
colateral interessante, produz anorexia e consequente perda de peso. Também na
bula há uma alerta, dizendo o medicamento provocar confusão mental.
Confesso que nunca senti nada disso, tomo o
topiramato já há algum tempo, e meu raciocínio continua ótimo como sempre, sem
problemas de concentração ou atenção, sendo que só sinto problemas quando tenho
as dores de cabeça. Como não as tive mais, está tudo normal.
Sofri muitos anos com enxaqueca, dessas de
ficar trancada no quarto, no escuro, com náuseas e vômitos. Tomando o topiramato
já estou sem crises de enxaqueca há tempos, e o que é bom, mantendo o peso. Mas
eu nunca fui obesa. Antes eu tomava muitos analgésicos, o que acabou causando
uma lesão no meu estômago e que a duras penas estou reparando, à custa de
alimentação controlada e assistência médica.
Não recomendo nem a liraglutida e nem o
topiramato para quem somente precisa perder peso. O melhor mesmo é procurar um
endocrinologista e seguir uma dieta equilibrada e exercícios.
Jesus falou que o problema não era o que entrava pela boca e sim o que saía. Naquele tempo penso que não existiam pessoas obesas. Hoje o problema é tanto o que entra pela boca quanto o que sai pela boca.
Talvez o melhor mesmo seja jejum e oração...
Baseado no artigo da Veja , edição 2233 de
07/09/2011, na reportagem de Adriana Dias Lopes.
Selma
A Bíblia é importante?
De acordo com Paulo, Jesus tira o véu de
nossos olhos e revela Deus, e de lá chegamos à conclusão de que todos viemos de
Deus e o nosso destino é Deus, e para vivér na Luz, basta lembrar de Jesus e
seguir o seu caminho, que foi literalmente transcrito na Biblia.
Nesse caso, podemos comparar Jesus com o Adilson e o Sr Joseph. Jesus foi num casamento e transformou água em vinho, já o Adilson sempre faz a festa aqui, transformando o Blog da Selma em vinagre. Jesus foi no alto de uma montanha e múltiplicou um cesto de pão num banquete para um multidão, já o Sr Joseph consegue com um só pedra atingir todo mundo que participa desse Blog.
Enfim, a Biblia é importante sim. É com ele que podemos concluir que Deus nos ama, enviando o Adilson e o Sr Joseph para fortalecer a nossa paciência e pêrseverança e com ele ressuscitar a nossa vontade de viver em cada momento de nossas vidas. Deus é bom, Ele só quer que sejamos mais fortes que esses espinhos que aparecem em nosso caminho.
Frank K Hosaka
fhosaka@Uol.com.Br (11)8199-7091 Diadema-SP
Nesse caso, podemos comparar Jesus com o Adilson e o Sr Joseph. Jesus foi num casamento e transformou água em vinho, já o Adilson sempre faz a festa aqui, transformando o Blog da Selma em vinagre. Jesus foi no alto de uma montanha e múltiplicou um cesto de pão num banquete para um multidão, já o Sr Joseph consegue com um só pedra atingir todo mundo que participa desse Blog.
Enfim, a Biblia é importante sim. É com ele que podemos concluir que Deus nos ama, enviando o Adilson e o Sr Joseph para fortalecer a nossa paciência e pêrseverança e com ele ressuscitar a nossa vontade de viver em cada momento de nossas vidas. Deus é bom, Ele só quer que sejamos mais fortes que esses espinhos que aparecem em nosso caminho.
Frank K Hosaka
fhosaka@Uol.com.Br (11)8199-7091 Diadema-SP
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
EQM
Sexta feira passada, dia 16 de setembro o
Globo Repórter apresentou uma matéria interessante sobre Experiência de Quase Morte (EQM). Relatou vários casos e a
maioria deles afirmou ter visto uma luz maravilhosa e que a morte aparentemente
parece ser uma paz muito grande.
Interessante foi também ter relatado o caso
de uma mulher que ao ter uma parada cardíaca diz ter ido a um lugar sujo e feio,
cheio de sombras, ou seja, há possibilidade da morte ser também uma coisa
horrorosa, nem sempre um paraíso, podendo ser algumas vezes algo parecido com um
lixão.
O
texto a seguir foi retirado do portal G1:
A criança que se acidentou em uma piscina comunitária ficou 18 minutos sem batimentos cardíacos. Todo o processo de salvamento durou quatro horas. Um mês depois, médico e paciente se reencontraram. Ela imediatamente o reconheceu.
O médico relata: “’Eu não gosto dele’, disse a menina. ‘Ele colocou um tubo no meu nariz! Eu vi o senhor indo até o telefone para chamar alguém e o senhor perguntou: o que eu devo fazer agora? O senhor me colocou em uma grande máquina que parecia um círculo’, em uma clara referência ao tomógrafo - e ela disse também com muita segurança: ‘eu não estava morta, eu estava viva.’"
A partir deste episódio, o médico pesquisou experiências de quase morte ao longo de 15 anos. Aprendeu, por exemplo, que nem todas as pessoas socorridas em uma emergência passam pela mesma experiência.
"As EQMs são relatadas principalmente pelos pacientes que tinham uma chance mínima de sobrevivência, e talvez isso tenha a ver com a possibilidade de uma vida em um nível superior. De qualquer forma, essa consciência fora do corpo físico é um evento totalmente subjetivo, algo que a ciência não pode explicar", diz o Dr. Morse, voltando ao exemplo da menina ressuscitada.
O desenho que ela fez para ilustrar o que aconteceu tem o céu representado por um campo florido, onde alguém que ela imaginou ser Jesus disse a ela para voltar porque sua família precisava de ajuda.
A menina também explicou ao médico que viu a mãe segurando um bebê no colo - era o seu irmãozinho, que foi desenhado com um enorme coração e que depois, coincidência ou não, nasceu com um problema cardíaco congênito.
O que acontece com a mente no estágio da morte? O que é possível estudar sobre isso? O médico intensivista americano Sam Parnia também se especializou em EQMs. Ele trabalha como pesquisador e professor no centro médico Stone Brook, em Nova York.
Usando tecnologia de ponta, os médicos conseguem medir até a oxigenação do cérebro quando ele para de funcionar. Mas é um detalhe de criatividade o que chama a atenção:
"Nós colocamos acima dos leitos da UTI imagens que só podem se identificadas do alto. São objetos que não combinam com esse ambiente. Não botamos um desfibrilador, que seria óbvio aqui, mas algo como a gravura de um cachorro cor de rosa, por exemplo", explica Sam. “Depois, se um paciente acordar contando que saiu do corpo e viu a gravura lá em cima, esse é o tipo de relato que obriga os médicos a no mínimo parar para pensar.”
Este é o objetivo do estudo que ele iniciou e está em andamento em 30 centros de pesquisa, em sete países. O Brasil já participa deste estudo, o mais amplo até agora sobre Experiências de Quase Morte. Os trabalhos se concentram na Zona da Mata Mineira, onde professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aplicam a pesquisa em pacientes que conseguem vencer a luta contra a morte. A meta é estudar todos os pacientes que passarem pela emergência de cinco hospitais, nos próximos dois anos.
“Se há funcionamento mental na ausência de funcionamento cerebral, então essas teorias que afirmam que o cérebro produz a mente, que a mente ou a consciência é apenas um produto do cérebro, essas teorias não se sustentam", avalia o filósofo Saulo Araújo, da UFJF.
O coordenador da pesquisa sobre EQMs, o cirurgião cardiovascular Leonardo Miana, concordou em montar um exemplo do tipo de gravura que ficará nas bandeijinhas. São imagens que podem ser reconhecidas facilmente por qualquer pessoa, não importando sexo, a idade ou classe social.
"Se um paciente relatar que viu uma, duas ou mais figuras que estão colocadas no teto, isso não é uma produção pré-formada no cérebro dele. São imagens aleatórias, então provavelmente esse paciente terá tido uma experiência fora do corpo”, explica Leonardo.
"Nós vamos tentar investigar se realmente o cérebro não estava funcionando, nós vamos ter dados para investigar se o coração não estava funcionando, e a partir disso identificar se durante esse período que o cérebro não funcionava a pessoa foi capaz de ter percepções verídicas, que a gente pode comprovar que aquilo realmente aconteceu", reforça o professor de Psiquiatria da UFJF, Alexander de Almeida.
Na Santa Casa de Juiz de Fora, os leitos da UTI já estão preparados. Todos os sobreviventes de paradas cardiorrespiratórias serão entrevistados. Os relatos serão avaliados com base nas respostas de um questionário-padrão.
"Não se conhece quase nada sobre a mente, mas também se conhece muito pouco do cérebro. Essa pesquisa, de certa maneira, vai ajudar inclusive a evoluir o conhecimento sobre o próprio cérebro", aponta o fisiologista Carlos Alberto Mourão Jr., da UFJF.
A pesquisa também vai servir para não desperdiçar histórias como a da psiquiatra aposentada Sandra do Nascimento. Diabética, cardíaca e com problemas renais, ela esteve à beira da morte mais de uma vez. Quando teve uma EQM, viu toda a correria dos médicos para salvá-la. Foi o que ela contou para sua cardiologista, insistentemente.
"Via os movimentos, descreveu até a movimentação da enfermagem, a movimentação do próprio Dr. Leonardo e do outro plantonista que estava junto. O que nós achamos interessante é que vários dias depois ela ficou falando, falando, falando, e sempre descrevendo tudo direitinho. Ela reconheceu o Dr. Leonardo sem nunca ter visto ele antes”, destaca a cardiologista Fernanda Lanzoni.
“Três dias depois, eu fui ver como a Sandra estava e ela me reconheceu de pronto. E falou: ‘eu lembro que você inclusive me abriu’”, relata o Dr. Leonardo.
Seis meses depois, a Dra. Sandra esqueceu quase tudo. Permanece apenas a forte presença de uma luz, que dá a ela até hoje uma enorme sensação de paz e bem estar, apesar das limitações do corpo muito doente.
“Essa luz era amarela. Amarelo intenso, muito intenso e luminoso. Ela aproximava e afastava, aproximava e afastava, e na medida em que ela ia e vinha, ela diminuía”, descreve Sandra. “É uma coisa que eu tenho como que inexplicável. Eu atribuo a uma coisa do alto, uma coisa de Deus. Só pode.”
(Selma)
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