terça-feira, 8 de novembro de 2011
Detalhes complementares
Olá pessoal,
Deverei
estar off
line
por alguns dias, motivo pelo qual considerei adequado postar textos
complementares, os quais poderão ser úteis quando eu continuar a explicar os
motivos que me levaram a ter a opinião que atualmente tenho a respeito do mundo
e de suas coisas.
Para deixar bem definidos e facilmente consultáveis
alguns dos detalhes aos quais foram e deverão ser feitas referências, estou
postando estes complementos. De modo a não estourar a página de abertura do blog, as
figuras ficarão como artigo e os textos como comentários.
Figura 1 - Buraco de Minhoca

Figura
2 - Átomo de Hidrogênio

Figura
3 – Estimativa do destino final da estrela Eta Carinae

Figura 4 – Supernova 1987A

Figura 5 – Ilustração do Universo
Sustentável

Figura 6 – Orbitais atômicos

Figura 7 – Orbitais D

Figura 8 – Células de convecção da atmosfera
terrestre

Figura
9 – Células de convecção lado a lado na latitude e na
longitude

Figura 10 - Estrutura de um
furacão
Figura 11 – Duplicação vertical da estrutura de um
furacão mostrando como seria o funcionamento de uma célula bipolar de grandes
dimensões

Figura 12 – Camadas do campo magnético
terrestre
Estes artigos são apenas detalhamento adicional da
conjectura já apresentada em 26.10.2011 (Conjectura simplificada sobre o funcionamento do
Mundo) e do artigo Detalhando um pouco a conjectura, o que pode ser útil para algum leitor mais
exigente.
Paz e Felicidade a todos.
Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Minha vida passada
O meu aniversário é na quarta. No dia 09 de
novembro de 2011, estarei completando 53 anos. Agradeço a lembrança antecipada
da Selma e da Srta Nihil, bem como agradeço ao Sr Vai Volta, Sr Adilson e Sr
Robson pelos longos comentários que agregaram ao meu texto "Minha vida
presente", acho que essa é a primeira vez que alcanço uma audiência de 100% numa
só crônica, claro que faltou uma palavra do Sr Joseph, mesmo assim, gostei da
festa que fizeram para mim.
Mas, continuando com o problema epistemológico do Sr Robson, o de considerar
as premissas de um jeito para chegar à conclusão lógica de que a Bíblia é uma
prova textual de que a reencarnação existe, mas que a Igreja Católica conseguiu
se esquivar dessa conclusão, a abordagem é bastante interessante.
Eu admiro a Igreja Católica e admiro mais ainda os católicos, tanto aqueles
que são devotos desse ou daquele santo, bem como os conservadores que defendem a
tradição, a família e a propriedade, mas eu só conheço a rotina da Missa, que é
basicamente a repetição do Evangelho. É tarefa do padre colocar os fiéis diante
de Jesus, e escutar dele a clássica pergunta: "Tu me amas?", não uma, não duas,
mas bem mais de três vezes. O que acontece nos bastidores, eu fico sabendo pelos
jornais, televisão, no fórum do Religião UOL e Terra, mas isso são águas
passadas, tudo o que me lembro é do Dr Esio pedindo para prender o atual Papa
por ele ter participado do exército de Adolf Hitler, quando era jovem.
Eu não tenho argumento para afirmar que a reencarnação é possível ou não,
porque eu não tenho a minha definição de alma. A Igreja Católica tem lá o seu
conceito de alma, mas eu não consegui captar a definição dela. As citações que
foram invocadas na discussão da suposta encarnação do Elias entre Jesus e os
seus discipulos parece acadêmico demais, isso parece coisa do Politburo de
Jesus, e não me parece que vale para o resto do rebanho, essa é a interpretação
que eu tenho desse folclórico debate. Ou seja, eu acredito que a reencarnação é
possível, mas isso é uma exceção, e não uma regra.
Enfim, eu não uso de lógica com relação à Bíblia, eu levo sempre para o lado
pessoal. Através dele, vejo Deus questionando o meu caráter. Mas se Jesus
aparecer por aqui e me pedir para amar o Adilson, aí certamente eu apelaria para
a lógica: "Senhor, o castigo não deveria ser proporcional à gratificação?"
Contraponto
Hoje é
aniversário (94 anos) da revolução bolchevique de 1917. Não deu certo (como
todos movimentos milenaristas acabou transformando a sua ideologia em ópio do
povo das regiões que dominou).
Mas um pequeno
detalhe me chama a atenção.
Pois muitos e
muitos teístas e assemelhados morreram em nome de sua fé, porém com a certeza de
que seriam recompensados do outro lado da vida, com paraíso, vida eterna,
virgens, nirvana, transformação em deidade e outras benesses.
Só que os
ateus comunistas morreram também aos milhões com a certeza de que não receberiam
nada, com a plena certeza de que estavam dando a única vida, a sua única e
solitária existência, apenas pelos ideais que tinham, o de construir uma
sociedade mais justa.
Por mais
enganados que pudessem estar, este desprendimento é desmedidamente maior do que
o de quem faz a mesma coisa com a certeza ou apenas considerando que será
recompensado.
Estas pessoas,
por mais enganadas que pudessem estar, se submeteram a humilhações, condenações,
excomunhões, exílio, perseguições, prisões, tortura e atrocidades mil, lutaram e
morreram apenas porque estavam com a intenção de propiciar um mundo melhor para
os outros, pois eles mesmos se danaram de maneira irreparável, no conceito
deles, pois nada mais há após a morte em seu ponto de vista.
Há até uma
canção católica que diz que “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo
irmão”.
Pois estes
“comunistas ateus de uma figa”, como são chamados pelos seus
adversários, fizeram exatamente isto com a certeza de não receberem nenhuma
recompensa.
Por mais que
estivessem enganados e por mais besteiras que tenham feito, um olhar imparcial
pode verificar que é de admirar tal altruísmo e postura.
Paz e
Felicidade a todos
Apenas a
Verdade prevalecerá
Minha vida presente
Agora pouco, li o texto do Robson,
comentando sobre textos que mencionam existência anterior, sendo o mais clássico
o João Batista. Isso me lembra os bons tempos que o Dr Esio esfregava a Bíblia
na cara do Adilson para afirmar biblicamente que a reencarnação já existia
muitos antes de Kardec ter revelado ao mundo.
Eu não sou capaz de refutar ou corroborar o que o Dr Esio e agora o Robson
tenta defender nesse Blog, pois não sou capaz de ler além do segundo parágrafo
da Bíblia. Até onde eu sei, o Adão só teve uma mulher e dois filhos, apesar de
ter vivido setecentos anos. Somente na minha cabeça, a primeira mulher com quem
a gente casa é a pessoa mais importante do mundo para o rapaz.
Por isso, eu tenho muita dificuldade em entender as chamadas da Igreja
Universal Reino de Deus, pela Record. Os testemunhos são muito semelhantes: o
rapaz teve uma vida próspera, conseguiu casar, comprar carro e casa, e sem saber
porque, perde tudo, e a mulher lho abandona. Alguém sente dó do pobre rapaz e
lhe sugere procurar Deus lá na IURD, e aí a sua vida muda da água para o vinho,
recupera a empresa, abre várias filias, tem vinte casas, casou novamente, e o
seu problema de esterilidade some, passando a ser abençoado com uma criança
linda e saudável. Eu sempre choro com esses testemunhos com final feliz, mas e a
ex-mulher, para onde ela foi, essa é a pergunta que sempre aparece na minha
cabeça.
A verdade é que eu me acostumei com a ideologia católica, onde o núcleo de
uma vida na familia acontece com o casamento. Se o rapaz abandona a moça ou se a
moça abandona o rapaz, o que vejo aí é uma família destruida - não importa
quanta prosperidade você vai ter lá na frente. Mas quem sou eu para julgar o
segundo casamento e o que importa para o "novo casal" o que eu penso sobre o
segundo, terceiro e o enésimo casamento?
Tudo o que eu sei é que sou incapaz de ir além do segundo parágrafo, e por
conta disso jamais vou saber se a reencarnação é possível, se Jesus considera
válido o segundo casamento e nem sei como será a minha vida presente, quando
somente a verdade prevalecer. Ah, como é chato ser ignorante!
domingo, 6 de novembro de 2011
Sobre relatos de preexistência de alma em relação ao corpo e as múltiplas existências nos cânones das doutrinas abraâmicas
Deixando
um pouco de lado a apresentação do que me levou a ter a posição que atualmente
tenho, e que, em última instância me levou a concluir logicamente a inexistência
de diferença entre os mundos atualmente considerados físico e metafísico,
divisão esta que considero equivocada e apenas decorrente do nosso
desconhecimento, vou entrar um pouco em uma questão que é assunto de discussões
intermináveis entre tomistas (católicos), paulinistas (protestantes) e
kardecistas, no que estes últimos, apesar de minoria entre os abraâmicos
(judeus, cristãos e muçulmanos) são conceitualmente concordantes com os
integrantes de virtualmente todas as demais crenças deste planeta, passando de
esmagada minoria entre os cristãos a folgada maioria entre os seres
humanos.
Vou
tratar, por breve período, da questão da existência única ou das múltiplas
existências para cada ser humano.
A
maioria das ideologias que se tornaram dogmáticas e doutrinárias (religiões)
coloca esta questão não apenas para seres humanos, algumas incluem os animais,
outras todos os seres vivos e outras ainda para tudo o que existe, desde
partículas constituintes dos átomos aos deuses.
Mas
como a única corrente cristã que apregoa as múltiplas existências (kardecismo)
afirma apenas as múltiplas existências para cada ser humano, vamos nos ater a
este caso, ao menos por enquanto.
Sem
ainda entrar nas questões lógicas, vou tentar verificar se os textos dos cânones
destas religiões contém afirmações que nos possibilitem concluir logicamente
pela existência ou não de múltiplas existências neles.
Não
estou procurando evidências se as pessoas da época da redação destes textos
acreditavam nas múltiplas existências, apenas se está textualmente declarado nos
cânones judaicos e cristãos, ou seja, apenas evidências objetivas observando-se
se está ou não está escrito algo que confirme ou negue as múltiplas existências
nos referidos cânones.
Comecemos
pelo Antigo Testamento, onde temos o Livro da Sabedoria (Salomão), não aceito
apenas pelos protestantes (mas aceito pelos judeus, cristãos ortodoxos,
católicos e kardecistas), em que há a passagem a seguir.
8:19 Eu era um
menino vigoroso, dotado de uma alma excelente,
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;
Como,
para que uma alma seja excelente e boa de modo que, em função disto, vá para um
corpo intacto, é necessário que ela seja preexistente ao corpo, isto
necessariamente implica na preexistência da alma em relação ao
corpo.
Formalmente
podemos escrever que,
Se,
-
No livro da Sabedoria está escrito que,
8:19 Eu era um
menino vigoroso, dotado de uma alma excelente,
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;
então,
-
No Livro da Sabedoria está declarada textualmente a preexistência da alma em
relação ao corpo.
Se,
-
No Livro da Sabedoria está declarada textualmente a preexistência da alma em
relação ao corpo.
e
-
O Livro da Sabedoria é aceito como revelação da verdade divina por judeus,
cristãos ortodoxos, católicos e kardecistas.
Então,
-
No cânone de judeus, cristãos ortodoxos, católicos e kardecistas contém
textualmente a preexistência do espírito ou alma em relação ao
corpo.
Este
caso não implica na existência de mais de uma existência para cada ser humano,
mas é evidente que o Salomão afirma que ele já existia em espírito antes de vir
para o corpo que ocupava à época.
Assim,
a não ser que este livro não seja considerado um cânone, o que apenas os
protestantes fazem, no cânone judaico cristão está textualmente afirmada a
preexistência da alma (ou espírito, consciência, mente) em relação ao corpo de
uma pessoa.
Passemos
agora a um caso muito mais complexo, pelo menos à principio, mas não em
princípio, o caso Elias-João Batista.
Para
não nos perdermos mais uma vez nos tortuosos labirintos do achismo de nossas
interpretações vamos considerar o está escrito nos cânones.
Se,
- No livro de
Malaquias está escrito que
3:23 Vou
mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do
Senhor,
e
- O livro de
Malaquias é aceito como cânone por todos os que professam qualquer religião
abraâmica;
então,
-
No cânone de toda e qualquer religião abraâmica há uma clara evidência de
retorno de alguém já considerado fora deste mundo (o que, no caso de Elias,
seria o retorno de alguém que foi arrebatado e não exatamente
morreu).
Os
dois casos aqui relatados não indicam, no entanto, a existência de reencarnação,
renascimento, transmigração de mente ou algo a isto equivalente, o que apenas
ocorre se olharmos mais à frente, no caso de Elias-João Batista, como se pode
observar a seguir.
Se,
-
O Evangelho de (São Mateus) faz parte do cânone cristão;
e
-
No Evangelho de (São Mateus) está escrito que
17:10 Em
seguida, os discípulos o interrogaram: Por que dizem os escribas que Elias deve
voltar primeiro?
17:11 Jesus
respondeu-lhes: Elias, de fato, deve voltar e restabelecer todas as
coisas.
17:12 Mas eu
vos digo que Elias já veio, mas não o conheceram; antes, fizeram com ele quanto
quiseram. Do mesmo modo farão sofrer o Filho do Homem.
17:13 Os
discípulos compreenderam, então, que ele lhes falava de João
Batista.
e
que
11:12 Desde a
época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e
são os violentos que o conquistam.
11:13 Porque os profetas e a lei tiveram a palavra até João.
11:14 E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.
11:13 Porque os profetas e a lei tiveram a palavra até João.
11:14 E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.
Então,
-
Está escrito em pelo menos dois trechos do cânone cristão que houve um episódio
de múltipla existência.
Tomei
a precaução de me referir à múltipla existência e não a reencarnação,
renascimento, transmigração de mente ou ressurreição.
Ou seja, a não
ser que o Evangelho de São Mateus não seja considerado cânone pelos cristãos, há
dois trechos com afirmação de múltipla existência no cânone
cristão.
Alega-se que
Elias foi levado direto aos céus, sem passar pela morte, o que impediria a
reencarnação.
Mas, mesmo o
Elias tendo sido levado aos céus sem passar pela morte, o João Batista não
apareceu já adulto, ou seja, ele não desceu do céu já grandão e disse algo como
“eu sou o João Batista”.
João Batista
nasceu e cresceu, da mesma maneira que em geral se faz, teve pai e mãe
conhecidos e nomeadamente explicitados na Bíblia (nem Jesus Cristo fez coisa
diferente, ele nasceu e cresceu).
Se Jesus, o
Cristo, disse que João Batista era o Elias que tinha voltado, e o João Batista
nasceu e cresceu normalmente, passamos a ter duas opções.
- ou não se
leva em conta o que está escrito em todas as Bíblias (pelo menos nas que eu
conheço, vai que alguém tem justamente uma que é a única verdadeira e está
diferente nela);
- ou houve
pelo menos um caso de reencarnação confirmado na Bíblia, coincidentemente pelo
próprio Jesus Cristo.
Não posso
afirmar logicamente que há reencarnação para uma pessoa não usa a Bíblia como
referência, mas posso dizer que em todas as Bíblias que eu tenho conhecimento
pelo menos um caso está descrito, confirmando no Novo Testamento o que o Antigo
Testamento prevê que ocorreria no Livro de Malaquias.
Paz e
Felicidade a todos.
Apenas a
Verdade prevalecerá
Capitalismo não é um sistema político e sim um meio de produção
O capitalismo
não indica apenas dinheiro, sendo este fruto de atividade, ou seja, de trabalho,
mérito de quem se esforçou para tanto e direito natural de quem o exerceu,
inalienável portanto.
Indica também
a prevalência do capital e de maneiras especulativas de consegui-lo através de
manipulação e informações privilegiadas por parte de quem tenha vultuosa
quantidade de recursos, muitas vezes conseguida por herança ou por outros meios
em que não houve mérito, de forma que o pão de cada dia é obtido sem o suor do
próprio rosto e sim com o de outros (atualmente a coisa está mais civilizada - à
força, mas está - e apenas o suor tem sido retirado e não o
sangue).
Dinheiro
enquanto meio universalmente aceito como pagamento por bens e serviços é bom,
muito bom.
A maneira de
consegui-lo é que são elas, principalmente quando o dinheiro assim conseguido
passa a interferir de forma muito acentuada na própria administração da
sociedade, de forma que o poder político torna-se uma extensão muito mal
disfarçada do poder econômico e, com isto, impede a fiscalização que deve
impedir os abusos e distorções que provocam as calamitosas crises econômicas que
rotineiramente abalam estas sociedades.
O dinheiro é
bom e eu gosto tê-lo, pois me garante acesso a recursos de que necessito (o
próprio Einstein disse que o simples fato de termos estômago nos obriga a correr
atrás dele nas sociedades atuais).
O problema é
mais embaixo, é mais de base. O que também atingiu os modelos
alternativos.
Como a
socialização dos bens de produção e de capital trouxe consigo poder desmedido
aos ocupantes dos cargos administrativos nos países ditos socialistas, e com
isto a corrupção e degeneração destas boas intenções subjetivas em péssimos
hábitos objetivos, o que incluiu o desrespeito ao direito à liberdade em nome de
uma suposta justiça social inexistente de fato, apesar de propagandeada e
alardeada como paradisíaca, a melhor alternativa prática que atualmente temos é
a de sociedades em que há liberdade de ação e uma fiscalização eficiente, em que
o Estado foi tomado aos capitalistas selvagens, os quais, com menos poder,
civilizaram-se de modo a continuarem cada vez mais ricos e os pobres
também.
Antes os ricos
ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, o que é
insustentável no longo prazo e fatalmente produz, tanto na natureza quanto nas
sociedades, a geração de tensões que resultam em eventos destinados a
estabelecer um equilíbrio mínimo (tempestades e raios na natureza, revoluções e
outras convulsões sociais nas sociedades humanas), o qual tende a ser tão mais
violento quanto maiores forem as anistropias (desequilíbrio, desigualdade,
iniquidade), chegando a levar os sistemas ao colapso.
Com a divisão
do poder (que sempre corrompe e, se absoluto, corrompe absolutamente), temos
melhores chances de progresso individual, social, nacional e planetário, pois o
problema não está no sistema, está no ser humano, o qual, sendo o que é (que não
é assunto para este texto) necessita ou de educação ou de controle.
Como não temos
educação (considerados enquanto coletividade), nos resta o controle e a
limitação de poderes, até que sejamos educados e minimamente civilizados, o que,
convenhamos, está muito longe do que as nossas práticas fartamente demonstram (e
neste caso, mesmo que algumas andorinhas existam, elas não estão em número
suficiente para se sobreporem aos abutres e é melhor não deixar cabrito tomar
conta de horta e fiscalizar os abutres).
Abraços a
todos.
Apenas a
Verdade prevalecerá
PS:
originalmente postado no terapiadalogica como comentário.
Como tirar o dinheiro do otário?
Já faz mais de um mês que Steve Jobs foi
sepultado, mesmo assim o seu espírito continua vivo na Apple. Agora eles estão
vendendo o iPhone 4S com o programa Siri, que interage com o usuário de forma
verbal. Eu duvido que isso vá funcionar no Brasil, pois já faz meio século que
temos o Windows com o recurso de fala e que não funciona de jeito nenhum. O
mesmo problema acontece no Android, onde há centenas de programas tentando fazer
o comando de voz funcionar, ele é uma maravilha para quem sabe falar inglês, mas
o resultado é um completo desastre e perda de tempo para quem mal sabe falar
português. Mesmo assim, isso não é problema para Google, Apple e o padre, eles
têm muita experiência para ludibriar o otário, eles vêm com aqueles argumentos
cheios de idas e vindas, e que você acaba concluindo que Deus é uma necessidade
lógica da nossa inexplicável existência e para torná-lo melhor não existe outra
saída senão pagar o dizimo ao padre, ao Google e à Apple.
Além de Deus, outro bom argumento que eles usam para fazer a gente gostar da
missa, do iPhone ou do Android é o nosso medo doentio de morrer, com o clássico
slogan compre isso agora, senão amanhã será tarde demais (para você).
Enfim, eles não deixam nenhum espaço para você pensar. Não há como contestar.
Se você invadir a casa paroquial ou a administração da Google, logo logo a
polícia vem com uma ordem judicial para você sair de modo pacífico até segunda
de tarde. Somos prisioneiros de um sistema, e, de acordo com Karl Marx, a única
forma de conquistar a liberdade é unir todos os otários do mundo e dizer não ao
padre, não à Google, e não à Apple. Mas hoje a contribuição sindical é
obrigatória, e você vai para a cadeia senão pagar, mesmo sabendo que os pelegos
estão fazendo a maior farra, muito mais que as ONGs que têm convênio com o
Ministério dos Esportes. Falta muito pouco para a Apple, a Google e o Papa
legalizar o dízimo deles, assim como fez a Força Sindical.
Enfim, essa é a linha fundamental de nossa existência, nascemos otários,
crescemos otários e vamos morrer otários. O maior problema é que Steve Jobs já
está do outro lado, e tudo indica que passaremos toda a eternidade, pagando o
dizimo por um equipamento que promete realizar as nossas vontades, e reduzindo
toda a nossa vida a idolatrar aquele sorriso do Steve, que começa de uma orelha
e vai até outra orelha, cheio de orgulho por descobrir como tirar o dinheiro de
otário como eu, tanto na Terra como no Céu.
sábado, 5 de novembro de 2011
Resumo da ópera 1: penso, logo Deus existe
Após
estabelecer uma base conceitual mínima, eu apresentei o artigo Penso, logo Deus existe! na madrugada do dia 04.11.2011, no qual eu
discorri sobre os motivos que me permitem afirmar categoricamente a
necessidade da existência de um ser que tem as características e
atributos que normalmente nos levam a chamá-lo de Deus no ocidente deste
planeta.
Mas
faltou algo, pois eu falei em me ater a fatos e em lógica e, apesar de ter-me
referido ao que podemos considerar atualmente fatos (observações e medições da
realidade, efetuadas e efetuáveis por qualquer pessoa em idênticas condições) a
minha conclusão, mesmo bem fundada, não usou de um certo formalismo na sua
apresentação, de modo que pode ficar mais uma vez entendida como uma opinião,
bem fundada, mas uma opinião.
Pois
uma afirmação categórica logicamente sustentada pede um rito mais bem
apresentado, o que, a rigor, não foi feito por mim.
No
caso da existência de Deus, para que se possa fazer a afirmação lógica e
irrefutável da necessidade de sua existência, havemos de alinhar
um conjunto de argumentos no qual as premissas sejam inegáveis e a conclusão
delas decorrente implique na inegável necessidade da existência de Deus, e não
apenas da mera possibilidade desta existência, a qual não pode ser jamais
negada, visto negativas universais serem nulas de valor lógico.
O
primeiro passo seria definir o que é Deus, ou seria impraticável qualquer tese a
respeito d’Ele e de sua existência.
No
texto foi usada principalmente a definição de (Santo) Anselmo, em que Deus seria
“alguma coisa maior do que a qual nada se pode
pensar”.
Esta
definição, apesar de vir de alguém considerado santo pela ICAR, tem sido usada
na filosofia através de quase um milênio, inclusive por Kant. No texto do artigo
Penso,
logo Deus existe!
foram usadas também outras definições, a de que Deus poderia ser uma de duas
alternativas,
(1)
a explicação no inexplicável (em que Ele seria necessariamente
existente, pois não existiria explicação para algo dentro das leis da natureza
por toda a eternidade); e
(2)
o inexplicável da explicação (em que Ele não seria necessariamente
existente, apenas o nome que damos à parte da explicação que atualmente não
temos, mas que um dia teremos, ou que simplesmente existe ou é minimamente
plausível existir).
Além
destas há outra, ainda não citada neste blog, que O considera como o
princípio supremo de explicação da existência, da ordem e da razão
universais, à qual encontrei no Aurélio em 2003 e considero suficiente e
adequada, pois isenta e imparcial.
Como
todas são conceituais (ou seja, filosóficas) e não doutrinárias (ou religiosas)
considero que podemos usar de qualquer uma delas para tentar provar logicamente
a necessidade ou não da existência de Deus.
A
primeira definição não nos seria útil para analisar a necessidade da existência
de Deus, a não ser que seja repetido o argumento ontológico, do
próprio Anselmo e testado desde o século XI por pensadores do nível de
Schelling, Leibniz, Kant e mesmo Kurt Gödel, já no século XX, o qual é
considerado o maior de todos os matemáticos (que o analisou de proferiu a
sentença, com atributo de verdade lógica e matemática: se é possível haver
um Deus, então há - eu não tenho notícia de alguém que tenha contestado
uma conclusão lógica emitida por Gödel).
Ou
seja, por mais modestos que sejam os meus recursos, considero bem melhor estar
de acordo com Gödel do que estar contra ele, principalmente porque a área em que
ele tornou-se imbatível é a lógica, filha da Razão, outro e melhor nome de
Deus.
Isto
já me permitiria encerrar o assunto pois, se um teorema já é considerado algo
indiscutível, um teorema de Gödel [1] fica bem mais difícil de
ser contestado.
Só
que, como nem mesmo eu o usei para formar a minha atual posição a respeito deste
assunto, não poderia considerar razoável apresentá-lo como evidência de minhas
conclusões.
Além
da definição de Anselmo, entendo que as demais podem igualmente descrever
adequadamente o ser cuja necessidade de existência estou me
propondo a analisar de forma mais rigorosa.
Vou
tentar então analisar esta questão pela definição que encontrei no Aurélio, ou
seja, Deus sendo considerado como o princípio supremo de explicação da
existência, da ordem e da razão universais.
À
primeira vista, está definição pouco pode nos ajudar mas, se olharmos o que
consideramos realidade, pode ser que ela possa ser mais útil do que talvez
pudéssemos desconfiar.
Apesar
de não podermos saber o que é realidade, passamos a considerar que ela é o que
nos parece ser e, neste caso, observando a existência de algo, concluímos que
este algo, por existir, necessita de causa e explicação para tanto.
Sendo
um pouco mais abrangente, mesmo que não consideremos que a realidade é o que se
observa e sim muito diversa disto, como se fôssemos por exemplo um cérebro em
uma vasilha (o Descartes previu esta
possibilidade), ou estivéssemos em uma Matrix, atrás do véu de Isis ou Maia
(esotéricos), na memória de um computador universal (Turing) e fôssemos parte de
uma realidade simulada, e estas coisas todas, ainda assim o fato de pensarmos
garante que existimos, em qualquer condição que seja.
Como
esta existência não se explica por si, ela necessitaria de algo externo a ela
que explicasse e proporcionasse esta existência, a qual teria também necessidade
de causa, origem, explicação.
Como
as hipóteses aventadas da constituição do Universo acabariam resumidas a duas
delas (universo finito autocontido ou um universo infinito) e nenhuma deles
consegue explicar-se por si mesmo ou às leis da natureza responsáveis
supostamente responsáveis únicas pela formação e funcionamento deste algo que
existe, teríamos o seguinte quadro.
Se,
penso,
então,
existo!
Se,
existo,
e
não
posso existir no nada e a partir do nada,
então,
algo
além de mim existe.
Se,
-
algo além de mim existe;
-
tudo o que existe tem de ter causa e explicação;
-
não há explicação conhecida e eficaz para a existência do que existe dentro das
leis naturais;
e
-
o que existe não pode ser causa de si próprio,
então,
há
que existir uma explicação para a existência deste algo que existe fora das leis
naturais.
Se,
há
que existir uma explicação para a existência deste algo que existe fora das leis
naturais,
e
a
primeira coisa natural a ter existido e fonte de todas as outras foram as leis
naturais,
então,
a
causa das leis naturais tem de ser necessariamente sobrenatural.
Se,
Deus,
sendo sobrenatural e o princípio supremo de explicação da existência, da
ordem e da razão universais,
e
as
leis naturais são responsáveis pela existência, ordem e razão
universal,
então,
Deus
é necessariamente existente como causa sobrenatural da primeira coisa natural e
anterior a ela, ou não poderia ser sua causa.
Se,
Deus
é a causa de algo, qualquer que seja este algo,
então,
Deus
existe.
Resumindo,
Penso,
então,
Deus
existe.
Ou,
penso,
logo Deus existe.
c.q.d.
Caso
haja discordância em relação a qualquer uma das afirmações a conclusão estará
logicamente prejudicada.[2]
Pessoalmente
não consegui duvidar de nenhuma das afirmações que serviram de sustentação, mas
evidentemente, como todo aprendiz, estou aberto à contribuição séria e honesta
de quem quer que seja.
Paz
e Felicidade a todos
Um
aprendiz
Apenas
a Verdade prevalecerá
[2]
Esta sequência lógica pode ser muito mais bem explicada caso necessário. Isto
não foi feito aqui e desta vez, mas pode ser feita sem nenhum problema e a
qualquer hora.
==================
[1]
Podem alguns estranhar que eu esteja citando um desconhecido (para quem não tem
intimidade com esta área) matemático chamado Kurt Gödel e confrontando um
famosíssimo Einstein, além de Bohr, Heisenberg e companhia belamente adornada
com dezenas de prêmios Nobel.
Pelo
que percebi, no entanto, eu invariavelmente acabo discordando das teses de quem
nos pede que desconsideremos a lógica e o bom senso, filhos da Razão, e
concordando com os que privilegiam a razão crítica, mesmo que tenha alguma
discordância secundária com suas posições, o que me leva a definir-me como
pitagórico,
socrático, cartesiano, humeano e kantiano (além de newtoniano).
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Convenções
Como ser humano estou cansado do
que meus irmãos de humanidade falam de mim, que eu desmato, destruo, que sou o
grande mal do mundo.
William Robson
--------------------------------------------------------------------------------------------------
William Robson
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Em tempos
outros eu aceitava a convenção de que existe o ser humano, de que existe o
Brasil, de que existe a mulher, o homem e outros arquétipos.
Apesar de
podermos ser divididos por categoria, aristotelicamente, estes arquétipos nos
desindividualizam e nos tornam coletivamente corresponsáveis por tudo o que há
de bom e de ruim neste em outros mundos, o que é um gritante
absurdo.
Todos nascemos
e morremos sós. Apesar da dependabilidade de nossas existências, eu apenas sou
responsável pelo que eu faço (e também pelo que deixo de fazer quando
necessário, possível e seguro, ou seja, pelas minhas omissões).
Não venham me
culpar pelo que os chineses estão fazendo no Tibete e nem pelo que os tibetanos
estão fazendo na China, eu não tenho nada com isto.
O fato de eu
ser brasileiro não me torna responsável pelo que soldados brasileiros fizeram no
Paraguai há mais de um século. E nem pelo que o meu vizinho faz ou deixa de
fazer neste momento. E vice-versa.
Há seres
humanos e seres humanos, hoje e em qualquer época. Há milhares de anos houve
homens com nível intelectual mais elevado do que a da imensa maioria da
população terrestre de hoje, mesmo sem nenhuma tecnologia.
E houve também
trogloditas que fariam de nazistas, stalinistas, atiradores de bombas atômicas
em cidades inteiras & similares SC Ltda. de nossos dias parecerem
anjinhos.
Assim como
hoje há pessoas de todo tipo, também no passado e em várias sociedades houve
exemplos da mais elevada postura ética e da mais vil torpeza.
Não sou um
Buda, não sou um Sócrates. Mas também não sou um Gengis Khan. Se não me veneram
pelo que não sou de nobre (o que é certíssimo), não me espanquem pelo que não
sou de vil (o que seria injustíssimo).
[]
Robson Z.
Conti
Apenas
a Verdade prevalecerá
Assinar: Postagens (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário