segunda-feira, 24 de junho de 2013

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Detalhes complementares

Olá pessoal,

Deverei estar off line por alguns dias, motivo pelo qual considerei adequado postar textos complementares, os quais poderão ser úteis quando eu continuar a explicar os motivos que me levaram a ter a opinião que atualmente tenho a respeito do mundo e de suas coisas.

Para deixar bem definidos e facilmente consultáveis alguns dos detalhes aos quais foram e deverão ser feitas referências, estou postando estes complementos. De modo a não estourar a página de abertura do blog, as figuras ficarão como artigo e os textos como comentários.

Figura 1 - Buraco de Minhoca


Figura 2 - Átomo de Hidrogênio

Figura 3 – Estimativa do destino final da estrela Eta Carinae

Figura 4 – Supernova 1987A

Figura 5 – Ilustração do Universo Sustentável

Figura 6 – Orbitais atômicos

Figura 7 – Orbitais D

Figura 8 – Células de convecção da atmosfera terrestre

Figura 9 – Células de convecção lado a lado na latitude e na longitude

Figura 10 - Estrutura de um furacão

Figura 11 – Duplicação vertical da estrutura de um furacão mostrando como seria o funcionamento de uma célula bipolar de grandes dimensões

Figura 12 – Camadas do campo magnético terrestre

Estes artigos são apenas detalhamento adicional da conjectura já apresentada em 26.10.2011 (Conjectura simplificada sobre o funcionamento do Mundo) e do artigo Detalhando um pouco a conjectura, o que pode ser útil para algum leitor mais exigente.

Paz e Felicidade a todos.

Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Minha vida passada

O meu aniversário é na quarta. No dia 09 de novembro de 2011, estarei completando 53 anos. Agradeço a lembrança antecipada da Selma e da Srta Nihil, bem como agradeço ao Sr Vai Volta, Sr Adilson e Sr Robson pelos longos comentários que agregaram ao meu texto "Minha vida presente", acho que essa é a primeira vez que alcanço uma audiência de 100% numa só crônica, claro que faltou uma palavra do Sr Joseph, mesmo assim, gostei da festa que fizeram para mim. Mas, continuando com o problema epistemológico do Sr Robson, o de considerar as premissas de um jeito para chegar à conclusão lógica de que a Bíblia é uma prova textual de que a reencarnação existe, mas que a Igreja Católica conseguiu se esquivar dessa conclusão, a abordagem é bastante interessante. Eu admiro a Igreja Católica e admiro mais ainda os católicos, tanto aqueles que são devotos desse ou daquele santo, bem como os conservadores que defendem a tradição, a família e a propriedade, mas eu só conheço a rotina da Missa, que é basicamente a repetição do Evangelho. É tarefa do padre colocar os fiéis diante de Jesus, e escutar dele a clássica pergunta: "Tu me amas?", não uma, não duas, mas bem mais de três vezes. O que acontece nos bastidores, eu fico sabendo pelos jornais, televisão, no fórum do Religião UOL e Terra, mas isso são águas passadas, tudo o que me lembro é do Dr Esio pedindo para prender o atual Papa por ele ter participado do exército de Adolf Hitler, quando era jovem. Eu não tenho argumento para afirmar que a reencarnação é possível ou não, porque eu não tenho a minha definição de alma. A Igreja Católica tem lá o seu conceito de alma, mas eu não consegui captar a definição dela. As citações que foram invocadas na discussão da suposta encarnação do Elias entre Jesus e os seus discipulos parece acadêmico demais, isso parece coisa do Politburo de Jesus, e não me parece que vale para o resto do rebanho, essa é a interpretação que eu tenho desse folclórico debate. Ou seja, eu acredito que a reencarnação é possível, mas isso é uma exceção, e não uma regra. Enfim, eu não uso de lógica com relação à Bíblia, eu levo sempre para o lado pessoal. Através dele, vejo Deus questionando o meu caráter. Mas se Jesus aparecer por aqui e me pedir para amar o Adilson, aí certamente eu apelaria para a lógica: "Senhor, o castigo não deveria ser proporcional à gratificação?"

Contraponto

Hoje é aniversário (94 anos) da revolução bolchevique de 1917. Não deu certo (como todos movimentos milenaristas acabou transformando a sua ideologia em ópio do povo das regiões que dominou).

Mas um pequeno detalhe me chama a atenção.

Pois muitos e muitos teístas e assemelhados morreram em nome de sua fé, porém com a certeza de que seriam recompensados do outro lado da vida, com paraíso, vida eterna, virgens, nirvana, transformação em deidade e outras benesses.

Só que os ateus comunistas morreram também aos milhões com a certeza de que não receberiam nada, com a plena certeza de que estavam dando a única vida, a sua única e solitária existência, apenas pelos ideais que tinham, o de construir uma sociedade mais justa.

Por mais enganados que pudessem estar, este desprendimento é desmedidamente maior do que o de quem faz a mesma coisa com a certeza ou apenas considerando que será recompensado.

Estas pessoas, por mais enganadas que pudessem estar, se submeteram a humilhações, condenações, excomunhões, exílio, perseguições, prisões, tortura e atrocidades mil, lutaram e morreram apenas porque estavam com a intenção de propiciar um mundo melhor para os outros, pois eles mesmos se danaram de maneira irreparável, no conceito deles, pois nada mais há após a morte em seu ponto de vista.

Há até uma canção católica que diz que “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”.

Pois estes “comunistas ateus de uma figa”, como são chamados pelos seus adversários, fizeram exatamente isto com a certeza de não receberem nenhuma recompensa.

Por mais que estivessem enganados e por mais besteiras que tenham feito, um olhar imparcial pode verificar que é de admirar tal altruísmo e postura.

Paz e Felicidade a todos

Apenas a Verdade prevalecerá

Minha vida presente

Agora pouco, li o texto do Robson, comentando sobre textos que mencionam existência anterior, sendo o mais clássico o João Batista. Isso me lembra os bons tempos que o Dr Esio esfregava a Bíblia na cara do Adilson para afirmar biblicamente que a reencarnação já existia muitos antes de Kardec ter revelado ao mundo. Eu não sou capaz de refutar ou corroborar o que o Dr Esio e agora o Robson tenta defender nesse Blog, pois não sou capaz de ler além do segundo parágrafo da Bíblia. Até onde eu sei, o Adão só teve uma mulher e dois filhos, apesar de ter vivido setecentos anos. Somente na minha cabeça, a primeira mulher com quem a gente casa é a pessoa mais importante do mundo para o rapaz. Por isso, eu tenho muita dificuldade em entender as chamadas da Igreja Universal Reino de Deus, pela Record. Os testemunhos são muito semelhantes: o rapaz teve uma vida próspera, conseguiu casar, comprar carro e casa, e sem saber porque, perde tudo, e a mulher lho abandona. Alguém sente dó do pobre rapaz e lhe sugere procurar Deus lá na IURD, e aí a sua vida muda da água para o vinho, recupera a empresa, abre várias filias, tem vinte casas, casou novamente, e o seu problema de esterilidade some, passando a ser abençoado com uma criança linda e saudável. Eu sempre choro com esses testemunhos com final feliz, mas e a ex-mulher, para onde ela foi, essa é a pergunta que sempre aparece na minha cabeça. A verdade é que eu me acostumei com a ideologia católica, onde o núcleo de uma vida na familia acontece com o casamento. Se o rapaz abandona a moça ou se a moça abandona o rapaz, o que vejo aí é uma família destruida - não importa quanta prosperidade você vai ter lá na frente. Mas quem sou eu para julgar o segundo casamento e o que importa para o "novo casal" o que eu penso sobre o segundo, terceiro e o enésimo casamento? Tudo o que eu sei é que sou incapaz de ir além do segundo parágrafo, e por conta disso jamais vou saber se a reencarnação é possível, se Jesus considera válido o segundo casamento e nem sei como será a minha vida presente, quando somente a verdade prevalecer. Ah, como é chato ser ignorante!

domingo, 6 de novembro de 2011

Sobre relatos de preexistência de alma em relação ao corpo e as múltiplas existências nos cânones das doutrinas abraâmicas

Deixando um pouco de lado a apresentação do que me levou a ter a posição que atualmente tenho, e que, em última instância me levou a concluir logicamente a inexistência de diferença entre os mundos atualmente considerados físico e metafísico, divisão esta que considero equivocada e apenas decorrente do nosso desconhecimento, vou entrar um pouco em uma questão que é assunto de discussões intermináveis entre tomistas (católicos), paulinistas (protestantes) e kardecistas, no que estes últimos, apesar de minoria entre os abraâmicos (judeus, cristãos e muçulmanos) são conceitualmente concordantes com os integrantes de virtualmente todas as demais crenças deste planeta, passando de esmagada minoria entre os cristãos a folgada maioria entre os seres humanos.

Vou tratar, por breve período, da questão da existência única ou das múltiplas existências para cada ser humano.

A maioria das ideologias que se tornaram dogmáticas e doutrinárias (religiões) coloca esta questão não apenas para seres humanos, algumas incluem os animais, outras todos os seres vivos e outras ainda para tudo o que existe, desde partículas constituintes dos átomos aos deuses.

Mas como a única corrente cristã que apregoa as múltiplas existências (kardecismo) afirma apenas as múltiplas existências para cada ser humano, vamos nos ater a este caso, ao menos por enquanto.

Sem ainda entrar nas questões lógicas, vou tentar verificar se os textos dos cânones destas religiões contém afirmações que nos possibilitem concluir logicamente pela existência ou não de múltiplas existências neles.

Não estou procurando evidências se as pessoas da época da redação destes textos acreditavam nas múltiplas existências, apenas se está textualmente declarado nos cânones judaicos e cristãos, ou seja, apenas evidências objetivas observando-se se está ou não está escrito algo que confirme ou negue as múltiplas existências nos referidos cânones.

Comecemos pelo Antigo Testamento, onde temos o Livro da Sabedoria (Salomão), não aceito apenas pelos protestantes (mas aceito pelos judeus, cristãos ortodoxos, católicos e kardecistas), em que há a passagem a seguir.

8:19 Eu era um menino vigoroso, dotado de uma alma excelente,
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;

Como, para que uma alma seja excelente e boa de modo que, em função disto, vá para um corpo intacto, é necessário que ela seja preexistente ao corpo, isto necessariamente implica na preexistência da alma em relação ao corpo.

Formalmente podemos escrever que,

Se,
- No livro da Sabedoria está escrito que,
8:19 Eu era um menino vigoroso, dotado de uma alma excelente,
8:20 ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto;

então,
- No Livro da Sabedoria está declarada textualmente a preexistência da alma em relação ao corpo.


Se,
- No Livro da Sabedoria está declarada textualmente a preexistência da alma em relação ao corpo.

e
- O Livro da Sabedoria é aceito como revelação da verdade divina por judeus, cristãos ortodoxos, católicos e kardecistas.

Então,
- No cânone de judeus, cristãos ortodoxos, católicos e kardecistas contém textualmente a preexistência do espírito ou alma em relação ao corpo.

Este caso não implica na existência de mais de uma existência para cada ser humano, mas é evidente que o Salomão afirma que ele já existia em espírito antes de vir para o corpo que ocupava à época.

Assim, a não ser que este livro não seja considerado um cânone, o que apenas os protestantes fazem, no cânone judaico cristão está textualmente afirmada a preexistência da alma (ou espírito, consciência, mente) em relação ao corpo de uma pessoa.

Passemos agora a um caso muito mais complexo, pelo menos à principio, mas não em princípio, o caso Elias-João Batista.

Para não nos perdermos mais uma vez nos tortuosos labirintos do achismo de nossas interpretações vamos considerar o está escrito nos cânones.

Se,
- No livro de Malaquias está escrito que
3:23 Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor,

e
- O livro de Malaquias é aceito como cânone por todos os que professam qualquer religião abraâmica;

então,
- No cânone de toda e qualquer religião abraâmica há uma clara evidência de retorno de alguém já considerado fora deste mundo (o que, no caso de Elias, seria o retorno de alguém que foi arrebatado e não exatamente morreu).

Os dois casos aqui relatados não indicam, no entanto, a existência de reencarnação, renascimento, transmigração de mente ou algo a isto equivalente, o que apenas ocorre se olharmos mais à frente, no caso de Elias-João Batista, como se pode observar a seguir.

Se,
- O Evangelho de (São Mateus) faz parte do cânone cristão;

e
- No Evangelho de (São Mateus) está escrito que
17:10 Em seguida, os discípulos o interrogaram: Por que dizem os escribas que Elias deve voltar primeiro?
17:11 Jesus respondeu-lhes: Elias, de fato, deve voltar e restabelecer todas as coisas.
17:12 Mas eu vos digo que Elias já veio, mas não o conheceram; antes, fizeram com ele quanto quiseram. Do mesmo modo farão sofrer o Filho do Homem.
17:13 Os discípulos compreenderam, então, que ele lhes falava de João Batista.

e que
11:12 Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam.
11:13 Porque os profetas e a lei tiveram a palavra até João.
11:14 E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.

Então,
- Está escrito em pelo menos dois trechos do cânone cristão que houve um episódio de múltipla existência.

Tomei a precaução de me referir à múltipla existência e não a reencarnação, renascimento, transmigração de mente ou ressurreição.  

Ou seja, a não ser que o Evangelho de São Mateus não seja considerado cânone pelos cristãos, há dois trechos com afirmação de múltipla existência no cânone cristão.

Alega-se que Elias foi levado direto aos céus, sem passar pela morte, o que impediria a reencarnação.

Mas, mesmo o Elias tendo sido levado aos céus sem passar pela morte, o João Batista não apareceu já adulto, ou seja, ele não desceu do céu já grandão e disse algo como “eu sou o João Batista”.

João Batista nasceu e cresceu, da mesma maneira que em geral se faz, teve pai e mãe conhecidos e nomeadamente explicitados na Bíblia (nem Jesus Cristo fez coisa diferente, ele nasceu e cresceu).

Se Jesus, o Cristo, disse que João Batista era o Elias que tinha voltado, e o João Batista nasceu e cresceu normalmente, passamos a ter duas opções.

- ou não se leva em conta o que está escrito em todas as Bíblias (pelo menos nas que eu conheço, vai que alguém tem justamente uma que é a única verdadeira e está diferente nela);

- ou houve pelo menos um caso de reencarnação confirmado na Bíblia, coincidentemente pelo próprio Jesus Cristo.

Não posso afirmar logicamente que há reencarnação para uma pessoa não usa a Bíblia como referência, mas posso dizer que em todas as Bíblias que eu tenho conhecimento pelo menos um caso está descrito, confirmando no Novo Testamento o que o Antigo Testamento prevê que ocorreria no Livro de Malaquias.

Paz e Felicidade a todos.

Apenas a Verdade prevalecerá

Capitalismo não é um sistema político e sim um meio de produção

O capitalismo não indica apenas dinheiro, sendo este fruto de atividade, ou seja, de trabalho, mérito de quem se esforçou para tanto e direito natural de quem o exerceu, inalienável portanto.
Indica também a prevalência do capital e de maneiras especulativas de consegui-lo através de manipulação e informações privilegiadas por parte de quem tenha vultuosa quantidade de recursos, muitas vezes conseguida por herança ou por outros meios em que não houve mérito, de forma que o pão de cada dia é obtido sem o suor do próprio rosto e sim com o de outros (atualmente a coisa está mais civilizada - à força, mas está - e apenas o suor tem sido retirado e não o sangue).
Dinheiro enquanto meio universalmente aceito como pagamento por bens e serviços é bom, muito bom.
A maneira de consegui-lo é que são elas, principalmente quando o dinheiro assim conseguido passa a interferir de forma muito acentuada na própria administração da sociedade, de forma que o poder político torna-se uma extensão muito mal disfarçada do poder econômico e, com isto, impede a fiscalização que deve impedir os abusos e distorções que provocam as calamitosas crises econômicas que rotineiramente abalam estas sociedades.
O dinheiro é bom e eu gosto tê-lo, pois me garante acesso a recursos de que necessito (o próprio Einstein disse que o simples fato de termos estômago nos obriga a correr atrás dele nas sociedades atuais).
O problema é mais embaixo, é mais de base. O que também atingiu os modelos alternativos.
Como a socialização dos bens de produção e de capital trouxe consigo poder desmedido aos ocupantes dos cargos administrativos nos países ditos socialistas, e com isto a corrupção e degeneração destas boas intenções subjetivas em péssimos hábitos objetivos, o que incluiu o desrespeito ao direito à liberdade em nome de uma suposta justiça social inexistente de fato, apesar de propagandeada e alardeada como paradisíaca, a melhor alternativa prática que atualmente temos é a de sociedades em que há liberdade de ação e uma fiscalização eficiente, em que o Estado foi tomado aos capitalistas selvagens, os quais, com menos poder, civilizaram-se de modo a continuarem cada vez mais ricos e os pobres também.
Antes os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, o que é insustentável no longo prazo e fatalmente produz, tanto na natureza quanto nas sociedades, a geração de tensões que resultam em eventos destinados a estabelecer um equilíbrio mínimo (tempestades e raios na natureza, revoluções e outras convulsões sociais nas sociedades humanas), o qual tende a ser tão mais violento quanto maiores forem as anistropias (desequilíbrio, desigualdade, iniquidade), chegando a levar os sistemas ao colapso.
Com a divisão do poder (que sempre corrompe e, se absoluto, corrompe absolutamente), temos melhores chances de progresso individual, social, nacional e planetário, pois o problema não está no sistema, está no ser humano, o qual, sendo o que é (que não é assunto para este texto) necessita ou de educação ou de controle.
Como não temos educação (considerados enquanto coletividade), nos resta o controle e a limitação de poderes, até que sejamos educados e minimamente civilizados, o que, convenhamos, está muito longe do que as nossas práticas fartamente demonstram (e neste caso, mesmo que algumas andorinhas existam, elas não estão em número suficiente para se sobreporem aos abutres e é melhor não deixar cabrito tomar conta de horta e fiscalizar os abutres).
Abraços a todos.
Apenas a Verdade prevalecerá
PS: originalmente postado no terapiadalogica como comentário.

Como tirar o dinheiro do otário?

Já faz mais de um mês que Steve Jobs foi sepultado, mesmo assim o seu espírito continua vivo na Apple. Agora eles estão vendendo o iPhone 4S com o programa Siri, que interage com o usuário de forma verbal. Eu duvido que isso vá funcionar no Brasil, pois já faz meio século que temos o Windows com o recurso de fala e que não funciona de jeito nenhum. O mesmo problema acontece no Android, onde há centenas de programas tentando fazer o comando de voz funcionar, ele é uma maravilha para quem sabe falar inglês, mas o resultado é um completo desastre e perda de tempo para quem mal sabe falar português. Mesmo assim, isso não é problema para Google, Apple e o padre, eles têm muita experiência para ludibriar o otário, eles vêm com aqueles argumentos cheios de idas e vindas, e que você acaba concluindo que Deus é uma necessidade lógica da nossa inexplicável existência e para torná-lo melhor não existe outra saída senão pagar o dizimo ao padre, ao Google e à Apple. Além de Deus, outro bom argumento que eles usam para fazer a gente gostar da missa, do iPhone ou do Android é o nosso medo doentio de morrer, com o clássico slogan compre isso agora, senão amanhã será tarde demais (para você). Enfim, eles não deixam nenhum espaço para você pensar. Não há como contestar. Se você invadir a casa paroquial ou a administração da Google, logo logo a polícia vem com uma ordem judicial para você sair de modo pacífico até segunda de tarde. Somos prisioneiros de um sistema, e, de acordo com Karl Marx, a única forma de conquistar a liberdade é unir todos os otários do mundo e dizer não ao padre, não à Google, e não à Apple. Mas hoje a contribuição sindical é obrigatória, e você vai para a cadeia senão pagar, mesmo sabendo que os pelegos estão fazendo a maior farra, muito mais que as ONGs que têm convênio com o Ministério dos Esportes. Falta muito pouco para a Apple, a Google e o Papa legalizar o dízimo deles, assim como fez a Força Sindical. Enfim, essa é a linha fundamental de nossa existência, nascemos otários, crescemos otários e vamos morrer otários. O maior problema é que Steve Jobs já está do outro lado, e tudo indica que passaremos toda a eternidade, pagando o dizimo por um equipamento que promete realizar as nossas vontades, e reduzindo toda a nossa vida a idolatrar aquele sorriso do Steve, que começa de uma orelha e vai até outra orelha, cheio de orgulho por descobrir como tirar o dinheiro de otário como eu, tanto na Terra como no Céu.

sábado, 5 de novembro de 2011

sr.Hosaka,

kd vc?

Resumo da ópera 1: penso, logo Deus existe

Após estabelecer uma base conceitual mínima, eu apresentei o artigo Penso, logo Deus existe!  na madrugada do dia 04.11.2011, no qual eu discorri sobre os motivos que me permitem afirmar categoricamente a necessidade da existência de um ser que tem as características e atributos que normalmente nos levam a chamá-lo de Deus no ocidente deste planeta.

Mas faltou algo, pois eu falei em me ater a fatos e em lógica e, apesar de ter-me referido ao que podemos considerar atualmente fatos (observações e medições da realidade, efetuadas e efetuáveis por qualquer pessoa em idênticas condições) a minha conclusão, mesmo bem fundada, não usou de um certo formalismo na sua apresentação, de modo que pode ficar mais uma vez entendida como uma opinião, bem fundada, mas uma opinião.

Pois uma afirmação categórica logicamente sustentada pede um rito mais bem apresentado, o que, a rigor, não foi feito por mim.

No caso da existência de Deus, para que se possa fazer a afirmação lógica e irrefutável da necessidade de sua existência, havemos de alinhar um conjunto de argumentos no qual as premissas sejam inegáveis e a conclusão delas decorrente implique na inegável necessidade da existência de Deus, e não apenas da mera possibilidade desta existência, a qual não pode ser jamais negada, visto negativas universais serem nulas de valor lógico.

O primeiro passo seria definir o que é Deus, ou seria impraticável qualquer tese a respeito d’Ele e de sua existência.

No texto foi usada principalmente a definição de (Santo) Anselmo, em que Deus seria “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”.

Esta definição, apesar de vir de alguém considerado santo pela ICAR, tem sido usada na filosofia através de quase um milênio, inclusive por Kant. No texto do artigo Penso, logo Deus existe! foram usadas também outras definições, a de que Deus poderia ser uma de duas alternativas,

(1) a explicação no inexplicável (em que Ele seria necessariamente existente, pois não existiria explicação para algo dentro das leis da natureza por toda a eternidade); e

(2) o inexplicável da explicação (em que Ele não seria necessariamente existente, apenas o nome que damos à parte da explicação que atualmente não temos, mas que um dia teremos, ou que simplesmente existe ou é minimamente plausível existir).

Além destas há outra, ainda não citada neste blog, que O considera como o princípio supremo de explicação da existência, da ordem e da razão universais, à qual encontrei no Aurélio em 2003 e considero suficiente e adequada, pois isenta e imparcial.

Como todas são conceituais (ou seja, filosóficas) e não doutrinárias (ou religiosas) considero que podemos usar de qualquer uma delas para tentar provar logicamente a necessidade ou não da existência de Deus.

A primeira definição não nos seria útil para analisar a necessidade da existência de Deus, a não ser que seja repetido o argumento ontológico, do próprio Anselmo e testado desde o século XI por pensadores do nível de Schelling, Leibniz, Kant e mesmo Kurt Gödel, já no século XX, o qual é considerado o maior de todos os matemáticos (que o analisou de proferiu a sentença, com atributo de verdade lógica e matemática: se é possível haver um Deus, então há - eu não tenho notícia de alguém que tenha contestado uma conclusão lógica emitida por Gödel).

Ou seja, por mais modestos que sejam os meus recursos, considero bem melhor estar de acordo com Gödel do que estar contra ele, principalmente porque a área em que ele tornou-se imbatível é a lógica, filha da Razão, outro e melhor nome de Deus.

Isto já me permitiria encerrar o assunto pois, se um teorema já é considerado algo indiscutível, um teorema de Gödel [1] fica bem mais difícil de ser  contestado.

Só que, como nem mesmo eu o usei para formar a minha atual posição a respeito deste assunto, não poderia considerar razoável apresentá-lo como evidência de minhas conclusões.

Além da definição de Anselmo, entendo que as demais podem igualmente descrever adequadamente o ser cuja necessidade de existência estou me propondo a analisar de forma mais rigorosa.

Vou tentar então analisar esta questão pela definição que encontrei no Aurélio, ou seja, Deus sendo considerado como o princípio supremo de explicação da existência, da ordem e da razão universais.

À primeira vista, está definição pouco pode nos ajudar mas, se olharmos o que consideramos realidade, pode ser que ela possa ser mais útil do que talvez pudéssemos desconfiar.

Apesar de não podermos saber o que é realidade, passamos a considerar que ela é o que nos parece ser e, neste caso, observando a existência de algo, concluímos que este algo, por existir, necessita de causa e explicação para tanto.

Sendo um pouco mais abrangente, mesmo que não consideremos que a realidade é o que se observa e sim muito diversa disto, como se fôssemos por exemplo um cérebro em uma vasilha (o Descartes  previu esta possibilidade), ou estivéssemos em uma Matrix, atrás do véu de Isis ou Maia (esotéricos), na memória de um computador universal (Turing) e fôssemos parte de uma realidade simulada, e estas coisas todas, ainda assim o fato de pensarmos garante que existimos, em qualquer condição que seja.

Como esta existência não se explica por si, ela necessitaria de algo externo a ela que explicasse e proporcionasse esta existência, a qual teria também necessidade de causa, origem, explicação.

Como as hipóteses aventadas da constituição do Universo acabariam resumidas a duas delas (universo finito autocontido ou um universo infinito) e nenhuma deles consegue explicar-se por si mesmo ou às leis da natureza responsáveis supostamente responsáveis únicas pela formação e funcionamento deste algo que existe, teríamos o seguinte quadro.

Se,

penso,

então,

existo!


Se,

existo,

e

não posso existir no nada e a partir do nada,

então,

algo além de mim existe.


Se,

- algo além de mim existe;

- tudo o que existe tem de ter causa e explicação;

- não há explicação conhecida e eficaz para a existência do que existe dentro das leis naturais;

e

- o que existe não pode ser causa de si próprio,

então,

há que existir uma explicação para a existência deste algo que existe fora das leis naturais.


Se,

há que existir uma explicação para a existência deste algo que existe fora das leis naturais,

e

a primeira coisa natural a ter existido e fonte de todas as outras foram as leis naturais,

então,

a causa das leis naturais tem de ser necessariamente sobrenatural.


Se,

Deus, sendo sobrenatural e o princípio supremo de explicação da existência, da ordem e da razão universais,

e

as leis naturais são responsáveis pela existência, ordem e razão universal,

então,

Deus é necessariamente existente como causa sobrenatural da primeira coisa natural e anterior a ela, ou não poderia ser sua causa.


Se,

Deus é a causa de algo, qualquer que seja este algo,

então,

Deus existe.


Resumindo,

Penso,

então,

Deus existe.

Ou,

penso, logo Deus existe.

c.q.d.

Caso haja discordância em relação a qualquer uma das afirmações a conclusão estará logicamente prejudicada.[2]

Pessoalmente não consegui duvidar de nenhuma das afirmações que serviram de sustentação, mas evidentemente, como todo aprendiz, estou aberto à contribuição séria e honesta de quem quer que seja.

Paz e Felicidade a todos

Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá

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[1] Podem alguns estranhar que eu esteja citando um desconhecido (para quem não tem intimidade com esta área) matemático chamado Kurt Gödel e confrontando um famosíssimo Einstein, além de Bohr, Heisenberg e companhia belamente adornada com dezenas de prêmios Nobel.

Pelo que percebi, no entanto, eu invariavelmente acabo discordando das teses de quem nos pede que desconsideremos a lógica e o bom senso, filhos da Razão, e concordando com os que privilegiam a razão crítica, mesmo que tenha alguma discordância secundária com suas posições, o que me leva a definir-me como pitagórico, socrático, cartesiano, humeano e kantiano (além de newtoniano).

[2] Esta sequência lógica pode ser muito mais bem explicada caso necessário. Isto não foi feito aqui e desta vez, mas pode ser feita sem nenhum problema e a qualquer hora.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Convenções

Como ser humano estou cansado do que meus irmãos de humanidade falam de mim, que eu desmato, destruo, que sou o grande mal do mundo.
William Robson
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Em tempos outros eu aceitava a convenção de que existe o ser humano, de que existe o Brasil, de que existe a mulher, o homem e outros arquétipos.

Apesar de podermos ser divididos por categoria, aristotelicamente, estes arquétipos nos desindividualizam e nos tornam coletivamente corresponsáveis por tudo o que há de bom e de ruim neste em outros mundos, o que é um gritante absurdo.

Todos nascemos e morremos sós. Apesar da dependabilidade de nossas existências, eu apenas sou responsável pelo que eu faço (e também pelo que deixo de fazer quando necessário, possível e seguro, ou seja, pelas minhas omissões).

Não venham me culpar pelo que os chineses estão fazendo no Tibete e nem pelo que os tibetanos estão fazendo na China, eu não tenho nada com isto.

O fato de eu ser brasileiro não me torna responsável pelo que soldados brasileiros fizeram no Paraguai há mais de um século. E nem pelo que o meu vizinho faz ou deixa de fazer neste momento. E vice-versa.

Há seres humanos e seres humanos, hoje e em qualquer época. Há milhares de anos houve homens com nível intelectual mais elevado do que a da imensa maioria da população terrestre de hoje, mesmo sem nenhuma tecnologia.

E houve também trogloditas que fariam de nazistas, stalinistas, atiradores de bombas atômicas em cidades inteiras & similares SC Ltda. de nossos dias parecerem anjinhos.

Assim como hoje há pessoas de todo tipo, também no passado e em várias sociedades houve exemplos da mais elevada postura ética e da mais vil torpeza.

Não sou um Buda, não sou um Sócrates. Mas também não sou um Gengis Khan. Se não me veneram pelo que não sou de nobre (o que é certíssimo), não me espanquem pelo que não sou de vil (o que seria injustíssimo).

[]

Robson Z. Conti
Apenas a Verdade prevalecerá

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