sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Heitor e Andréa- as núpcias,
º
Todos gostam de finais felizes.
Um dia,eu me impressionei com um.
Se vcs gostam do amor,vejam "Heitor e Andréa".
Não há como não lhes desejar felicidades.
Fui ao casamento deles em 1.993.
Texto publicado pela primeira vez em junho,no "Filosofia Matemática"- pela segunda vez, no dia 30 de outubro,aqui no blog,e está sendo publicado pela terceira vez,aqui,hoje.
Existe uma similar a essa que eu escrevi,e é entitulada "Hektor e Andromaka"- casamento ocorrido como trama paralela na saga Tróia,de Homero, e esse romance em questão, mereceu alguns filmes no cinema.
Escrita por Safo de Lesbos,e será apresentada junto.
"Heitor e Andréa"
º
º
º
Na majestosa nave fria
a moça do buquê caminha
com seu vestido tão alvo
levada por parente alto.
lhe aguardam os padrinhos
sentados os convivas
e as crianças
levam as alianças,
toca a orquestra no anfiteatro
aparece Heitor
lhe dispara o coração
o clérigo esbanja boa educação
eles dizem sim,
as madames e as madrinhas
se mostram emotivas
-vai haver uma festa
as crianças querem o bolo
vai haver uma festa
o salão está florido
…mas os jovens de nada sabem
estão perdidos em felicidade
mas os jovens de nada sabem
só conhecem a sua realidade
Tudo começou lá no serviço
quando eles viram
eram mais que amigos
tudo dividiam
desde a cama com dossel
até aos livros
e foram vivendo assim
em lúdico carrossel
estavam doentes,diziam
ninguém naquela idade
a ninguém pertencia
mas eles juntos- faziam dos momentos
sua eternidade
unidos ficaram o tempo
de uma longa viagem
se estava dando certo
então era para uma vida
os sonhos a céu aberto
eram vistos e pensados de dia
se houvesse o futuro
se houvesse além do horizonte
lá estariam eles
sempre andando juntos
se houvesse algo a fazer
isso era para eles
somente
-um se via no espelho, mas chamava sua imagem
de você (o nome do seu amor)
e a festa corria barulhenta
as conversas se ouviam arrulhentas
os jovens não estavam nem aí
estavam em seu mundo
brilhavam tão intensamente
estavam a sorrir
cumprimentavam os parentes
mas não estavam nem aqui.
alguém cortaria
do bolo a primeira fatia
(enfim)
quão era doce o amor
eles, perdidos em pensamentos um no outro
estavam perdidos de amor,
Nos olhos mútuos moravam
brilhavam nos dedos as alianças
eles habitavam jardins celestiais de lindas esperanças
de muitos sorrisos e bonanças
na maionese viajavam
miravam-se sem parar
pousavam no coração um do outro
eram tão tolos
perdidos de amor…
…e o buquê foi para uma menina chamada Maria
que amava as novelas
que não sabia o que era o amor
e eles ignoravam paz e guerra
e habitavam as vielas
dos sentimentos um do outro
eram tão bobos tão tolos
perdidos de amor… "
§
§
§
§
§
§
Héktor e Andromaka,de Tróia
(essa poesia foi mais longa, e a única cópia que existe atualmente,é o fragmento que será visto.
Colchetes e pontos,em traduções,indicam em que partes o papiro em que foi escrito, foi desgastado.
Omiti parte desses colchetes e pontos.
Reparem como eu fui mais "sentimento" ao contar essa história.
Não que ela tenha usado mais a "razão".
Ela usou mais foi, ornamentos. )
“Kypro,
ei-lo o arauto
e estas palavras Ídaos,o mensageiro veloz
… … … … …e das amplidões da Ásia… … … …glória imortal
(esse início está fragmentado,e sem algumas frases,pois no original,elas estão apagadas)
Héktor e seus companheiros,a de olhos cintilantes
trazem de Thebas, a santa,e de Plakía(das fontes perenes):
Andromáka de muitas graças, em naves sobre as salsas ondas
do mar- e bordados de cores cambiantes,
quanto bracelete, vestes purpúreas com perfumes,
copas de prata, inumeráveis; e marfim.”
Assim falou. Vivamente ergueu-se o amado pai,
e Pháma, na cidade de amplas praças, ressoa entre os amigos.
Num ímpeto, os ilíadas atrelam os mulos
aos carros de boas rodas: para eles sobem concertos
de meninas e de mocinhas
à parte, as filhas de Príamo
os corcéis,os varões conduzem aos (carros de guerra)
… … …iguais aos deuses sagrados
reunidos todos( ) para Ilion;
a flauta docissonora e a cítara se mesclam
ao timbre dos crótalos; das virgens,nítida
a canção sagrada ressoa aos céus etéreos
por todos os caminhos
grandes vasos e copas
misturam-se incenso,mirra e cássia;
as anciãs lançam no ar um grito agudo de alegria
e os homens, num coro apaixonado, altíssono,
invocam Paion,o Arqueiro de boa lira,
celebrando Héktor e Andromákha, iguais aos deuses: "
º
º
º
º
1 comentários:
orquideia nihil disse...
Imaginem uma igreja cheia de flores,e depois, uma festa cujo fundo musical,é o conjunto de doces melodias do Kenny G, com um pagode bem animadinho no final.
Certos eventos nos marcam.
Eu admirei o entrosamento do "Heitor" e da "Andréa", que se apaixonaram um pelo outro,desde o primeiro dia.
Não os vi mais após 1.993,mas espero que sejam felizes.
Na poesia da jovem de Metilene,eles também seriam "Heitor e Andréa",se nomes pudessem ser traduzidos.
Na vida real, só ela se chamava Andréa.
Eu o conhecia por sobrenome.
Deixo presente minha homenagem a esse casal,e a essa família que um dia,se formou.
Talvez, o amor, seja mesmo o bem mais precioso que existe,pois nele começam todas as promessas de vida.
Todos gostam de finais felizes.
Um dia,eu me impressionei com um.
Se vcs gostam do amor,vejam "Heitor e Andréa".
Não há como não lhes desejar felicidades.
Fui ao casamento deles em 1.993.
Texto publicado pela primeira vez em junho,no "Filosofia Matemática"- pela segunda vez, no dia 30 de outubro,aqui no blog,e está sendo publicado pela terceira vez,aqui,hoje.
Existe uma similar a essa que eu escrevi,e é entitulada "Hektor e Andromaka"- casamento ocorrido como trama paralela na saga Tróia,de Homero, e esse romance em questão, mereceu alguns filmes no cinema.
Escrita por Safo de Lesbos,e será apresentada junto.
"Heitor e Andréa"
º
º
º
Na majestosa nave fria
a moça do buquê caminha
com seu vestido tão alvo
levada por parente alto.
lhe aguardam os padrinhos
sentados os convivas
e as crianças
levam as alianças,
toca a orquestra no anfiteatro
aparece Heitor
lhe dispara o coração
o clérigo esbanja boa educação
eles dizem sim,
as madames e as madrinhas
se mostram emotivas
-vai haver uma festa
as crianças querem o bolo
vai haver uma festa
o salão está florido
…mas os jovens de nada sabem
estão perdidos em felicidade
mas os jovens de nada sabem
só conhecem a sua realidade
Tudo começou lá no serviço
quando eles viram
eram mais que amigos
tudo dividiam
desde a cama com dossel
até aos livros
e foram vivendo assim
em lúdico carrossel
estavam doentes,diziam
ninguém naquela idade
a ninguém pertencia
mas eles juntos- faziam dos momentos
sua eternidade
unidos ficaram o tempo
de uma longa viagem
se estava dando certo
então era para uma vida
os sonhos a céu aberto
eram vistos e pensados de dia
se houvesse o futuro
se houvesse além do horizonte
lá estariam eles
sempre andando juntos
se houvesse algo a fazer
isso era para eles
somente
-um se via no espelho, mas chamava sua imagem
de você (o nome do seu amor)
e a festa corria barulhenta
as conversas se ouviam arrulhentas
os jovens não estavam nem aí
estavam em seu mundo
brilhavam tão intensamente
estavam a sorrir
cumprimentavam os parentes
mas não estavam nem aqui.
alguém cortaria
do bolo a primeira fatia
(enfim)
quão era doce o amor
eles, perdidos em pensamentos um no outro
estavam perdidos de amor,
Nos olhos mútuos moravam
brilhavam nos dedos as alianças
eles habitavam jardins celestiais de lindas esperanças
de muitos sorrisos e bonanças
na maionese viajavam
miravam-se sem parar
pousavam no coração um do outro
eram tão tolos
perdidos de amor…
…e o buquê foi para uma menina chamada Maria
que amava as novelas
que não sabia o que era o amor
e eles ignoravam paz e guerra
e habitavam as vielas
dos sentimentos um do outro
eram tão bobos tão tolos
perdidos de amor… "
§
§
§
§
§
§
Héktor e Andromaka,de Tróia
(essa poesia foi mais longa, e a única cópia que existe atualmente,é o fragmento que será visto.
Colchetes e pontos,em traduções,indicam em que partes o papiro em que foi escrito, foi desgastado.
Omiti parte desses colchetes e pontos.
Reparem como eu fui mais "sentimento" ao contar essa história.
Não que ela tenha usado mais a "razão".
Ela usou mais foi, ornamentos. )
“Kypro,
ei-lo o arauto
e estas palavras Ídaos,o mensageiro veloz
… … … … …e das amplidões da Ásia… … … …glória imortal
(esse início está fragmentado,e sem algumas frases,pois no original,elas estão apagadas)
Héktor e seus companheiros,a de olhos cintilantes
trazem de Thebas, a santa,e de Plakía(das fontes perenes):
Andromáka de muitas graças, em naves sobre as salsas ondas
do mar- e bordados de cores cambiantes,
quanto bracelete, vestes purpúreas com perfumes,
copas de prata, inumeráveis; e marfim.”
Assim falou. Vivamente ergueu-se o amado pai,
e Pháma, na cidade de amplas praças, ressoa entre os amigos.
Num ímpeto, os ilíadas atrelam os mulos
aos carros de boas rodas: para eles sobem concertos
de meninas e de mocinhas
à parte, as filhas de Príamo
os corcéis,os varões conduzem aos (carros de guerra)
… … …iguais aos deuses sagrados
reunidos todos( ) para Ilion;
a flauta docissonora e a cítara se mesclam
ao timbre dos crótalos; das virgens,nítida
a canção sagrada ressoa aos céus etéreos
por todos os caminhos
grandes vasos e copas
misturam-se incenso,mirra e cássia;
as anciãs lançam no ar um grito agudo de alegria
e os homens, num coro apaixonado, altíssono,
invocam Paion,o Arqueiro de boa lira,
celebrando Héktor e Andromákha, iguais aos deuses: "
º
º
º
º
1 comentários:
orquideia nihil disse...
Imaginem uma igreja cheia de flores,e depois, uma festa cujo fundo musical,é o conjunto de doces melodias do Kenny G, com um pagode bem animadinho no final.
Certos eventos nos marcam.
Eu admirei o entrosamento do "Heitor" e da "Andréa", que se apaixonaram um pelo outro,desde o primeiro dia.
Não os vi mais após 1.993,mas espero que sejam felizes.
Na poesia da jovem de Metilene,eles também seriam "Heitor e Andréa",se nomes pudessem ser traduzidos.
Na vida real, só ela se chamava Andréa.
Eu o conhecia por sobrenome.
Deixo presente minha homenagem a esse casal,e a essa família que um dia,se formou.
Talvez, o amor, seja mesmo o bem mais precioso que existe,pois nele começam todas as promessas de vida.
Penso, logo Deus existe!
Olá
pessoal,
[Tendo
em vista alguns acalorados debates que houve neste blog, eu havia preparado o
texto que se segue bem antes do final de outubro. Mas percebi que alguns
conceitos não poderiam ser apreendidos com facilidade sem a apresentação de um
quadro geral, o que foi feito com a postagem intitulada conjectura simplificada
sobre o funcionamento do mundo. Agora posto o texto anteriormente
preparado.]
Comecei
este texto várias vezes pois, para variar, ele estava ficando muito mais longo
ainda do que já ficou e abrangendo coisas demais. Recomecei para tentar
diminuí-lo, mas ainda assim ficou grandinho (acho que até cresceu), pelo que
peço desculpas.
Passei
a frequentar este espaço virtual nos últimos dias e, em vista de circunstâncias,
acabamos discutindo bastante sobre física e pouco sobre metafísica.
A
minha intenção, ao entrar neste blog, era conversar sobre outras coisas, já que
o Blog é de religião. Eu esperava que, se tivesse que ter discussões acaloradas,
seria com ateus que desrespeitassem a teístas e deístas usando de sua auto
proclamada superioridade científica, própria de adolescentes intelectuais que
são, com sua típica (desta fase pós fraldas) arrogância e presunção de
sabedoria. Que foi um pouco o que aconteceu com o 233fake.
Em
seguida, houve uma troca de mensagens com mais participantes, em relação à
maneira como cada um vê a física atualmente. Como ninguém é dono da verdade,
cada qual expôs o seu ponto de vista de modo que, devido a alguns desencontros e
à minha opinião pessoal não ser a mais aceita na comunidade científica (que é a
única divulgada na mídia), chegou a haver alguma animosidade no
debate.
Não
era esta a ideia. Em resumo, o modo como eu vejo as coisas é um tanto diferente
do que pôde parecer à primeira vista. Para começar considero que a única
esperança da humanidade está no conhecimento, no esclarecimento, na civilização,
no progresso, na luz, na Justiça, na igualdade, na fraternidade, na liberdade,
na educação, nos bons modos, na polidez, no caráter, nos princípios éticos e
outras coisas da mesma natureza, elevadas e nobres.
E,
portanto, as suas antíteses é que seriam os nossos verdadeiros inimigos, fonte
de todo o nosso sofrimento. Seriam a ignorância, o obscurantismo, a barbárie, o
retrocesso, as trevas, a injustiça, a iniquidade, o egoísmo, opressão, a
grosseria, a falta de educação, de modos e de princípios éticos, ou seja, as
coisas de natureza torpe e vil.
Este
tipo de coisas, torpes e vis, não é exclusividade de nenhuma nacionalidade,
grupo, etnia ou ideologia, religiosa ou não. E nem o comportamento nobre e
elevado. Há pessoas de todas as categorias, tendo ou não uma religião, que se
comportam bem e pessoas que se comportam mal.
Há
pessoas, de todos os grupos, extremamente polidos e honestos e também o
contrário. Na minha humilde opinião, um dos fatores que ajuda a produzir o
comportamento inadequado, que seria o que resulta em sofrimento e infelicidade,
é o que eu chamo de pensamento materialista, seja a pessoa crente ou não na
existência de um mundo espiritual.
Atualmente
sou deísta (como Voltaire), eclético e ecumênico, e a minha verdadeira religião
é a busca da Verdade e a tentativa de produzir uma sociedade fraternal. Mas nem
sempre foi assim. Nasci em família religiosa, em seguira tornei-me agnóstico,
depois ateu, materialista dialético e militante esquerdista (a fase adolescente
é complicada).
Pois
via muita injustiça no mundo, ninguém conseguia me explicar como um Deus justo
podia permitir injustiça e, coroando tudo, a nossa avançada Ciência tinha
explicações para o mundo sem necessitar de Deus.
A
respeito disto já postei neste espaço, há alguns dias atrás, como comentário, um
texto por mim postado nas salas de Filosofia e de Religião do UOL em 2003, o
qual repito abaixo.
“Não pretendo realmente
responder ou tentar responder a ninguém especificamente. A idéia seria tentar
colocar a questão da existência e da natureza de Deus de outra maneira que não
seja a fé ou crença, pois neste caso a discussão não teria fim. Tanto quem
acredita na existência de Deus quanto quem não acredita faz a mesma coisa: uns
têm fé na existência enquanto outros têm fé na não existência. Nenhum dos grupos
pode provar nada para o outro.
>
E também não poderíamos
levar a questão para o lado do que está escrito em nenhum livro sagrado ou não,
pois acreditar no que está escrito em qualquer lugar também é uma questão de
fé.
>
E nem seria uma questão de
quantas pessoas acreditam ou não em algo. Isto não vai tornar este algo
verdadeiro ou não. Em outras épocas praticamente a totalidade da humanidade
acreditava que o nosso planeta era o centro do Universo. E estavam todas
erradas.
>
Olhando a situação de outra
maneira, poderíamos afirmar que Deus poderia ser uma de duas coisas: ou ele
seria a explicação do inexplicável ou seria o inexplicável da explicação. Uma
das duas afirmações sempre será verdadeira.
>
Assim, na primeira
hipótese, em havendo algo realmente inexplicável no Universo, Deus seria a
explicação para este algo inexplicável e portanto haveria a necessidade de sua
existência.
>
Já na segunda hipótese,
como todas as coisas teriam explicação, apesar de ainda não a conhecermos em
certa quantidade de casos, não haveria a necessidade da existência de Deus. Eu
por muitos anos acreditei piamente que tínhamos explicações suficientes e
razoáveis para tudo o que existia no universo, ou logo teríamos, era apenas uma
questão de tempo. Logo, Deus não existe, c.q.d.
>
>Há algum tempo, no
entanto, tive um pequeno problema com esta hipótese que eu já havia transformado
em tese. Eu realmente acreditava ter as explicações ou as hipóteses altamente
prováveis para tudo o que existia no Universo.
>
Verificando um pouco mais
de perto (ou um pouco mais ao longe, ao se tratar de questões de Cosmologia)
várias questões se verificam inexplicáveis pela Física ou pela Matemática. E
como tanto esta última está limitada pelo princípio da incompletude matemática
de Gödel, quanto a Física está limitada pelo princípio da indeterminação de
Heisenberg e pelo comprimento de Planck para o estudo das partículas subatômicas
e pelo horizonte de Hawking para o estudo da astrofísica, parece que não teremos
explicação final e definitiva para praticamente nada contido no todo, que é a
soma de tudo o que existe neste Universo mais o que está fora dele.
>
Poderíamos considerar como
fora do Universo tudo o que está ou fora do horizonte de eventos que poderemos
investigar devido ao tempo que a luz levaria para nos atingir ser maior que a
idade deste Universo como alguns o fazem ou então a mais longínqua posição no
espaço onde exista matéria.
>
Devido a estas limitações
da ciência, sabemos até com boa precisão como as coisas se passam mas não
sabemos os porquês finais. Por exemplo, sabemos que matéria atrai matéria na
razão direta do produto das massas e na razão inversa do quadrado das
distâncias... mas não sabemos realmente o porquê deste comportamento. Há varias
teorias (como a dos grávitons) que no fim das contas são apenas
teorias.
>
Os físicos e matemáticos
têm um monte de teorias sobre a formação, a constituição, o futuro e o passado
do Universo, mas têm realmente poucas certezas. Não sabem realmente nem se
existe apenas um Universo ou um monte deles.
>
Assim, não havendo
explicações finais confiáveis para quase nada, ficou bastante comprometida a
minha “crença/fé” anterior de que havia explicação para tudo e portanto Deus não
era necessário enquanto explicação do inexplicável. Ou seja, não posso afirmar
categoricamente que Deus não exista.
>
Quanto à outra afirmação,
de que Deus seria a explicação do inexplicável, parece que seria a hipótese mais
correta, pois se não temos e nem teremos explicação final para uma série de
fenômenos, então, conceitualmente, seria necessária a existência de Deus.
Poder-se-ia dizer ainda que o fato de não termos as explicações não implica
necessariamente que as mesmas não existam.
>
Isto realmente é verdade
mas aparenta que certas explicações nós nunca teremos (por quanto a
singularidade inicial que gerou o Big-Bang existiu antes do inicio da expansão
que gerou este Universo? / houve antes um Big-Crunch? / o que haveria além dos
limites deste Universo, dentre outras).
>
E se aceitarmos que as
explicações existem e que nossa incapacidade em encontrá-las não tornaria as
coisas inexplicáveis então haveríamos de aceitar que se a nossa incapacidade de
encontrar Deus também não o tornaria não-existente.
>
Tenho feito algumas
pesquisas e até o momento em pelo menos um assunto há uma condição de
inexplicabilidade total pela ciência em qualquer época, o que não me deixaria
outra opção senão a existência de algo que se convencionou chamar de Deus em
nossa sociedade. Prefiro por enquanto me abster e estudar mais para não chegar a
conclusões precipitadas novamente.
>
O que coloco aqui são
questões a respeito da existência de Deus enquanto conceito e não do Deus
pessoal a que se referem as religiões ocidentais principalmente.”
Depois
disto, com a continuidade de minhas investigações, facilitada pela minha
formação (eletrônica) ser em uma disciplina que exige abstração e conhecimento
técnico, eu percebi que a ciência não pode realmente explicar nem o universo,
nem coisas corriqueiras com as quais eu trabalhava diariamente e nem outras que
fui pesquisando.
Na
verdade eu comecei a notar que este mundo só pode ser explicado pela física no
caso de uma única hipótese ser verdadeira, exatamente a que tornou-se com mais
aceitação pela comunidade científica e a única ao alcance de pessoas fora do
mundo científico.
Que
é um dos fatores que fazem deste mundo um mundo materialista, esta teoria faz de
muitos físicos efetivos ateus funcionais, acreditando ou não em Deus.
Mesmo
quando mostrados alguns dos absurdos que as teorias mais aceitas da física atual
produzem se as interpretarmos em última instância, as pessoas, mesmo as
espiritualizadas, continuam achando que as tais teorias absurdas estão corretas
(no que podem estar corretos admito, ninguém é dono da verdade), pois foram
cegados pela mídia que divulga apenas uma das inúmeras teorias.
Isto
mostra a força da Ciência atual, fundada na maior certeza que alguém tem
atualmente, a certeza matemática, esquecidos que uma equação pode estar certa,
mas as explicações para ela podem ser muitas.
As
pessoas em geral não fazem realmente ideia em que estão acreditando. E os
físicos são desde cedo transformados em disciplinados matemáticos, ou seja, para
eles, se a equação disser que ele está na esquina e não na sala dele calculando
a tal equação, então ele está na esquina e não se fala mais nisto.
Dificilmente
uma doutrina religiosa é tão poderosa quanto a matemática em produzir fé cega.
Se ela nos fez crer nos atuais enunciados das teorias da relatividade e
quântica, ela é capaz de tudo. Pois ambas são contraditórias com a razão, com a
lógica, com o bom-senso. E todo mundo acha normal, porque considera que negar
isto seria negar a matemática, e não apenas a interpretação que damos a uma
fórmula.
Como
exemplo disto, tomemos a equação que mostra que a energia de uma partícula (o
fóton) é uma constante (a de Planck) multiplicada pela frequência da radiação
(E=h.f). O que ela mostra é indiscutível, ou seja, que a quantidade de energia
desta partícula é diretamente proporcional à sua frequência e varia em múltiplos
inteiros da constante de Planck.
Já
as conclusões, ou mais corretamente, as interpretações que cada um tira disto,
que produzem as diversas correntes de pensamento dentro da comunidade
científica, são outra coisa. Elas admitem diversas interpretações e elas é que
podem ser discutidas.
Se
pegarmos esta equação (E=h.f) e a compararmos com a famosa equação de Einstein
(E=mc2), veremos que ambas tratam de energia (E) de partículas.
Poderíamos em função disto imaginar que, se dizem coisas diferentes, uma delas
não pode estar certa. Mas ambas estão corretas, apenas referem-se a distintos
aspectos das partículas.
Se
as igualarmos, teremos que E=h.f=mc2 , de onde tiramos que
m=(c2/h).f, ou seja, a massa de uma partícula será proporcional à uma
constante (c2/h) multiplicada pela frequência. Isto ninguém pode
discutir.
Mas,
se eu disser que isto quer dizer que a massa de algo, como a consciência
extracorpórea de uma pessoa, pode ser alterada pela frequência das nossas ondas
cerebrais, que é o que os iogues fazem, e com isto afirmam que expandem a mente
produzindo clarividência, a interpretação será apenas minha (na verdade esta
teoria é de outra pessoa, à qual não citarei sem permissão).
Ninguém
vai contestar as equações. Mas a minha interpretação será questionada e
contestada sem a menor cerimônia, mesmo estando fundada em equações
indiscutíveis.
Da
mesma maneira eu questiono e contesto algumas das interpretações que se tira de
equações, sem colocar em questão as equações. Assim como a minha suposta tese a
respeito da consciência extracorpórea pode ser questionada sem arranhar as
equações.
Mas
o que tem isto a ver com religião, podem me perguntar? Na minha humilde opinião,
tudo. Pois o modelo de Universo que a moderna física está considerando como o
mais provável é um universo que é único e que começou em uma grande explosão,
surgido de “flutuações quânticas”. Dentro e fora do universo haveria o nada e
dentro dele as coisas ocorrem por puro acaso, de modo “quanticamente” caótico e
desordenado.
Ora,
este modelo nega a ordem, nega a ação e reação, nega a causalidade, considera
que milagres (algo surgir do nada e sem causador) são a coisa mais corriqueira
do mundo, nega a determinação, o planejamento, a providência, ou seja, nega a
Deus. Vamos ver como isto se passaria, na minha humilde opinião.
No
modelo cosmológico einsteiniano, este universo que habitamos é único, está em
expansão e, em vez de espaço, substâncias e radiação (fótons principalmente),
tem o tempo no meio do “balão” universal que se expande.
Este
modelo é impossível de ser desenhado e muito difícil até de ser imaginado (o
Marcelo Gleiser disse, no livro “A Dança do Universo” que tentar imaginar esta
estrutura faz mal à saúde). Como nada sequer longinquamente parecido jamais foi
observado, este modelo me causa muita estranheza.
Pois
pelo modelo einsteiniano, o conjunto de tudo o que existe seria algo
totalmente diferente de tudo o mais que existe, totalmente fora de qualquer
padrão, que é o que a ciência procura para tentar entender o mundo:
padrões.
Voltando
à teoria da relatividade, ela diz que a velocidade da luz no vácuo deve parecer
a mesma para todos os observadores, não importa qual a velocidade do
observador.
Assim,
se eu estiver parado, verei a luz passar por mim a 299792,458
Km/s.
E se eu estiver em uma nave a 299000 Km/s, verei a luz passar por mim à mesma
velocidade que passa se eu estiver parado, ou seja, a verei passar por mim com
os mesmos 299792,458 Km/s (o que já é estranho).
Mas
qual o problema disto, podem me perguntar. O problema é que isto faria com que
cada objeto tenha um tamanho (e uma duração) diferente, de acordo com a
diferença de velocidade entre ele e o seu observador, ou seja, um mesmo objeto
teria mais de um tamanho ao mesmo tempo. Seria como dizer que “a” é diferente de
“a”. Mas como, se todo mundo sabe que a=a?
Apesar
desta estranheza, este modelo soluciona de maneira eficiente o paradoxo a que se
chega quando pensamos nos limites do Universo e percebe-se que o que limitaria o
universo também teria de ser limitado por algo, e assim por diante, o que
levaria o Universo a ser infinito. Por sua vez isto levaria à necessidade de uma
quantidade infinita de pontos espaciais, o que seria conceitualmente
impossível.
No
modelo cosmológico que pessoalmente considero mais provável, este universo que
habitamos está em expansão e tem espaço, radiação e substâncias (partículas) em
quantidade cada vez maior no meio deste universo que se expande, o que
corresponde a todas as observações que já foram feitas de estruturas em
expansão. Além disto, ele não seria o único.
Aparentemente,
no entanto, como ambos os modelos representam universos em expansão, a diferença
seria pouca.
Só
que, neste caso, esta pequena diferença na explicação produziria uma grande
diferença nas consequências, como se poderá ver abaixo.
Pois
o modelo de Einstein, com o tempo no meio, torna este universo único e limitado
à região em que existem os campos gravitacionais que produziriam o tecido do
espaço-tempo, ou seja, no modelo atualmente aceito pela maioria da comunidade
científica, tanto o espaço quanto o tempo são produto de campos gravitacionais,
o que é expresso através da fórmula de espaço (ds2=gik.dxi.dxk),
onde os campos gravitacionais são representados por “gik”.
[A Teoria da Relatividade Especial e Geral, Albert Einstein, Contraponto
Editora, ISBN 85-85910-27-5, pg. 127]
Com
isto, nem espaço e nem tempo existiriam antes de existir massa, pois é dela que
emanariam os campos gravitacionais que os constituiriam, ou seja, no modelo
cosmológico einsteiniano, como os campos gravitacionais só podem existir se
houver massa, ou seja, matéria bariônica, o universo existe apenas na região de
influência destes campos gravitacionais, a qual passou milagrosamente a ter
massa no instante do Big-Bang.
É
esta concepção de universo que faz a maioria dos físicos atuais ateus
funcionais, mesmo que tenham crença religiosa, e a nossa sociedade uma sociedade
materialista.
Pois
ele torna-se único e autossuficiente, principalmente depois que os físicos
quânticos vieram com a (para mim absurda) ideia de que coisas podem passar a
existir a partir do nada.
O
universo teria se formado apenas a partir de leis naturais e de “flutuações
quânticas” (sic), oficializando milagres sem Deus para fazê-los (tsc, tsc, tsc).
Não é à toa que alguns dos mais renomados físicos do último século tiveram de
dizer que o bom senso deve ser abandonado, assim como a lógica, à qual passaram
a chamar de aristotélica para desmerecê-la em favor da sua falta de lógica, os
absurdos postulados pela teoria quântica.
Mesmo
assim, a fina sintonia entre as leis e constantes universais tem deixado alguns
pesquisadores espantados. Vejamos o que o físico britânico Roger Penrose disse a
respeito.
“Qual
a probabilidade de que, puramente por acaso, o Universo tivesse uma
singularidade inicial que se parecesse mesmo remotamente com o que é? A
probabilidade é de menos de uma parte em 1010123.
De onde vem esta estimativa. É derivada de uma fórmula de Jacob Bekenstein e de
Stephen Hawking acerca da entropia de buraco negro”. [O grande, o pequeno e a
mente humana, Roger Penrose, Fundação Editora da Unesp, 1998, grifos
meus]
Para
quem não conhece o Roger Penrose, ele é amigo pessoal e citado várias vezes por
Stephen Hawking no livro “O universo numa casa de noz”. Nem Hawking contestou o
cálculo do Roger Penrose feito com uma fórmula de autoria dele, mesmo tendo
escrito um capítulo do livro do Penrose, onde polemizou com o mesmo a respeito
de outros assuntos (mas neste ele nem tocou).
Para
quem não sabe o que quer dizer este número (10 elevado a 10 elevado a 123),
vamos tentar explicar o tamanho dele. Para ir se acostumando, comece a pensar em
um número absurdamente grande para os nossos padrões: pense na quantidade de
grãos de areia existentes no nosso planeta.
Depois
pense na quantidade de grãos de areia existentes em todos os planetas deste
universo. Depois pense na quantidade de estrelas existentes em nossa galáxia.
Depois pense em todos os átomos existentes em todas as galáxias deste universo.
Agora pense na soma de todos os elétrons, prótons e nêutrons (partículas
elementares) de TODO O NOSSO UNIVERSO: dá mais ou menos 10 elevado a 82
partículas “apenas” (ou, em notação científica, 1082).
Agora
vamos aumentar um pouquinho este número: se tivéssemos dois universos do tamanho
do nosso, nós teríamos apenas 2 x 1082. Já, se para cada partícula
elementar (prótons, elétrons ou nêutrons) existente no nosso universo atualmente
observável, houvesse outro universo igual a este que habitamos, teríamos
"apenas" 10164 partículas elementares em todos eles
juntos.
E
se para cada partícula de cada um destes universos todos, nós tivéssemos outro
universo igual ao nosso, teríamos "só" 10328 partículas. Se eu
repetisse este processo 400 (quatrocentas) vezes e a cada vez eu gerasse um
universo para cada partícula elementar da soma de todos os universos gerados até
então, eu ainda não chegaria a 10 elevado a 10 elevado a 123
(1010123)
partículas elementares em todos eles somados!!!
A
respeito disto também encontramos o seguinte texto em outro livro: “A aparente
coincidência de o Universo ter as propriedades especiais necessárias para
permitir a vida afigura-se muito menos milagrosa, de um momento para o outro, ao
adotarmos o ponto de vista de que o nosso Universo, a região do espaço-tempo a
que estamos ligados, é apenas um dentre inúmeros outros universos”. [Uma
biografia do Universo: do
Big-Bang
à desintegração final, Fred Adams, Greg Laughlin, Jorge Zahar,
2001]
Ou
seja, a situação APENAS fica MENOS milagrosa. Mas fica. Ainda assim, para tentar
fugir da irrefutabilidade da necessidade de um ser muito inteligente para gerar
esta situação surreal de vivermos em algo (este universo) indescritivelmente
improvável (na verdade, virtualmente impossível) passa-se a especular e
conjecturar infinitamente.
E
bota infinitamente nisto, pois especula-se a respeito da possibilidade de
existência de uma quantidade praticamente infinita de UNIVERSOS ... É, até o
presente momento a maior especulação que já vi em toda esta minha existência
(não que não possamos ter uma quantidade ilimitada de universos além deste.
Apenas é estranho que sisudos cientistas proíbam os outros de qualquer hipótese
sem evidências aceitas por eles, enquanto especulam sem nenhuma evidência e com
a maior desfaçatez quando lhes é interessante).
Mas
aí passamos a ter outro problema. Pois no modelo einsteiniano não há nada fora
deste universo. Se o nada (seja lá o que isto for, porque o nada é,
conceitualmente, o que não é e, não sendo, não pode existir) limita este
universo, o que haveria a nos separar dos demais infinitos universos infinitos?
Nada não pode separar algo de outro algo, caso contrário não haveria separação
(coisas com nada separando na verdade estão juntas).
Então
esta hipótese (a existência do nada limitando este universo, ou seja, o
espaço-tempo do nosso universo em expansão), que contornaria a questão do
paradoxo da infinitude do espaço e tornaria a existência de Deus supostamente
desnecessária, passa a ter também grandes problemas.
Pois
com o absurdo sincronismo observado (1010123)
passamos a ter necessidade de alguém muito inteligente (Deus) para projetar
isto. Ele só voltaria a ser desnecessário se houvesse uma quantidade
praticamente infinita de universos com características diferentes (de modo que o
sincronismo aqui observado seja apenas um caso entre zilhões). O que geraria a
necessidade de “algo” separando estes universos e se este “algo” consegue
separar universos é porque este “algo” é algo diferente de nada.
Parece
óbvio, mas é necessário dizer: “algo” não pode ser nada. E nada não pode ser
“algo”. Logo, se algo existe a ponto de separar uma quantidade (e infinita ainda
por cima) de universos, então o nada não pode ser o que limita este universo.
Teria de haver algo, uma espécie de espaço diferente, ao qual poderíamos chamar
de hiperespaço (que não sei se é o que os físicos chamam com este termo) ou
simplesmente espaço mesmo, a separá-los. E em quantidade infinita, com
capacidade de separar, conter e limitar infinitos universos
infinitos.
Mas
aí volta-se ao paradoxo inicial: é inconcebível a existência de algo, de uma
extensão espacial (ainda mais com várias dimensões), com uma quantidade infinita
de pontos eternamente a disposição para ser preenchida por matéria, energia,
radiação, etc.
Fora
outro probleminha básico: se já é difícil imaginar de onde veio tudo o que há
neste universo, o que diremos dos “tudos” que haveriam nos infinitos universos
imaginados para impedir a necessidade da existência do arquiteto do
universo?
Assim,
por mais que se esperneie, e por mais que eu tente, não consigo deixar de ter
clara a necessidade da existência de algo ou alguém que seja a explicação (e
causa, pois efeito sem causa é milagre, o que, novamente nos levaria à causa do
milagre, que, em tese, só poderia ser “causado” por Deus, de novo) para a
existência do Todo e de tudo o que nele há, ou seja, Deus.
Ou
seja, apesar do modelo einsteiniano de universo levar a comunidade científica e
a sociedade (ocidental, principalmente) a uma postura materialista, ele tem
características tão especiais e improváveis de surgirem por puro acaso
“quântico” que o levaram a ser considerado mais improvável por cientistas de
renome (como o Penrose) quanto alguém ganhar todos os dias da vida na loteria
(esta probabilidade é bem maior do que uma em 1010123).
E é tão bizarro que nem imaginá-lo podemos sem correr o risco de ficar doentes,
como o Marcelo Gleiser nos advertiu.
Além
disto, como se não fosse suficiente, quando se fala que este universo surgiu no
instante do Big-Bang apenas a partir de leis naturais, outro problema passa a
existir, e maior ainda.
Pois
isto implica inescapavelmente que este universo, que seria o único, seria efeito
de leis naturais. Esta parte não tem como ser discutida.
Pois
bem, atualmente considero que os modelos que utilizamos para explicar o mundo
têm tanta chance de se manterem como conhecimento científico por mais meio
século quanto o modelo geocêntrico de Ptolomeu.
São
modelos provisórios e, portanto, não há como se adotar conclusões sobre eles.
Ainda assim, qualquer que seja o modelo, a qualquer época, fica a
questão:
Como
é que vieram a existir as leis naturais?
Sendo
elas que determinaram todo o restante do mundo físico, são certamente a primeira
entidade "física" (natureza, em grego) a existir e, não podendo auto causar-se,
pediriam algo além da física como causa de si mesmas.
Por
lógica inescapável, na minha humilde opinião (argumentos contrários, com
embasamento em experimentos ou em lógica, e não em postulados e declarações de
convenções e crenças serão extremamente bem vindos e efusivamente
agradecidos).
Se
alguém puder responder como algo pode existir antes de existir de modo a
causar-se, então não haverá a necessidade da existência de algo além dele mesmo
para explicar-se.
Já
se não pudermos fornecer evidências, empíricas ou lógicas, de que algo pode auto
causar-se, haverá sempre a necessidade de algo que o anteceda e que seja a sua
causa.
Se
este algo existente for todo o mundo físico, ou as leis que o causaram, então a
sua causa, inevitavelmente, será além dele e além delas, metafísico portanto. Já
quanto aos atributos considerados e outros detalhes, é assunto para outro
texto.
Ou,
seja, mais uma vez o modelo adotado pela nossa orgulhosa (e pretensamente
sisuda, quando é do interesse dela) comunidade científica leva à necessidade de
algo que anteceda o físico para poder causá-lo. E como o que haveria antes do
físico inexoravelmente tem de ser metafísico, não há como ter existido o físico
sem o metafísico, o sobrenatural, Deus.
Aliás,
repito aqui o cordial desafio que já fiz em outros locais de discussão: se o
Universo é efeito de leis naturais, como é que estas leis naturais vieram a
existir sem que sejam causa e efeito de si mesmas, o que as obrigaria a existir
antes de existirem, de modo a se auto causarem? Como pode algo ser efeito de si
mesmo, existir antes de existir?
É-me
evidente que este mesmo questionamento não poderia ser aplicado a um ser
sobrenatural, pois ele estaria acima das leis naturais, como o próprio nome
indica, de modo que aquela típica resposta lenga-lenga que apenas faz a mesma
pergunta a respeito de seres sobrenaturais não teria sentido. Pois está-se
tratando de seres de diferentes naturezas, naturais, sujeitos às leis naturais,
e sobrenaturais, acima das mesmas leis.
A
partir destas considerações, pode-se verificar que uma análise mais cuidadosa do
modelo einsteiniano nos levaria a afirmar a necessidade de um ser sobrenatural
que tivesse produzido as leis naturais que por sua vez produziram o Universo
(depois de ter chego a esta conclusão descobri que Kant já a havia descrito no
livro “Teoria do Céu”, o que é muito bom, é bem melhor estar de acordo com Kant
do que com Dawkins, aquele adolescente escandaloso).
Mas
por que então, o modelo atual gera ateus? Porque os que assim consideram
trabalham com fé cega em equações, de modo que já não há questionamento,
contestação, apenas fé, oriunda de suas certezas matemáticas, o que já levou
muitos a afirmarem matematicamente no século XIX que trens não poderiam mover-se
a mais de 36 Km/h, pois os passageiros morreriam asfixiados. E que besouros
matematicamente não podem voar ainda hoje. E voam.
Já
no modelo de universo que considero ser mais provável, este universo não seria
necessariamente o único e sim um dos muitos possivelmente
existentes.
Como,
no modelo da minha preferência, (1) o espaço é apenas uma estrutura que nos
envolve e na qual existem os corpos, e (2) o tempo é apenas a duração do que
existe, o Universo, ou o conjunto de universos existentes, não estaria limitado
à região onde existissem os campos gravitacionais provenientes da matéria
milagrosamente surgida a partir de “flutuações quânticas” (sic) no instante do
Big-Bang.
O
Universo seria ilimitado, com o espaço sendo eternamente existente, assim como
pequenas partículas de matéria primordial (que seriam o que a ciência atual
chama de préons atualmente) espalhadas neste espaço, do mesmo modo que moléculas
de ar são espalhadas na atmosfera terrestre, co-eternas com o
espaço.
Neste
conjunto, este universo que habitamos ocuparia uma ínfima porção do Todo, e
seria a região em expansão em que existissem linhas de força de campos
elétricos, magnéticos e gravitacionais emanando de uma das regiões polares de um
imenso buraco negro ou uma rádio galáxia tipo FRII de tamanho descomunal (seria
exatamente o que o Gênesis afirma que ocorreu com o “faça-se a
luz”).
Esta
descrição do modelo de minha preferência muito se assemelha, apenas em relação a
este universo e não em relação ao Universo como um todo, ao que o modelo
einsteiniano prevê (se assim não fosse as equações não poderiam ser as mesmas e
delas é difícil abrir mão), se substituirmos as linhas de força dos campos
elétricos, magnético e gravitacional pelo campo gravitacional decorrente da
matéria bariônica.
Mas
há uma diferença fundamental: este modelo pode ser desenhado, imaginado,
visualizado e fotografado.
Além
disto, existem inúmeras estruturas exatamente como o modelo que prefiro prevê
para o Universo, em outras escalas de tamanho, que vão do interior dos átomos a
galáxias inteiras, o que faria dele apenas mais uma estrutura de um padrão
largamente observado, de facílima compreensão, como aliás imagino que seria de
se esperar da obra de alguém muito inteligente.
Pois
se um ser maximamente inteligente fizer algo, o que se espera, que ele faça da
maneira mais simples ou da mais complicada? A mim é evidente que é da maneira
mais simples possível, já que este ser é o mais inteligente possível. E jamais
da forma mais complicada.
E
alguém por acaso conhece algo mais complicado do que a soma da teoria quântica
com a da relatividade? Será que justamente o ser mais inteligente do Universo
faria as coisas da maneira mais complicada possível? Isto não seria nem ser
malicioso, seria cinismo, e isto Deus não pode fazer, pois deixaria de ser o
máximo, o que Ele inescapavelmente é (aliquid
quo nihil maius cogitari possit
ou, alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar, na definição de
Alselmo).
Voltando
ao meu modelo preferido de Universo, não podemos atualmente fotografá-lo de
fora, pois atualmente estamos dentro dele. Mas existe o lado de fora, assim como
existe o lado de dentro, o que não ocorre com o modelo einsteiniano, no qual
temos o passado dentro e o futuro fora, de modo que é impossível sair do
Universo porque não há lado de fora.
Só
que o meu modelo preferido de Universo tem um problema de difícil solução. Que
seria o problema do que limita o universo ser também limitado por algo, o que o
levaria a ser infinito.
Uma
estrutura desta é tratada desde a mais remota antiguidade como incognoscível,
inconcebível,
inimaginável, impensável, ininvestigável e inefável, ou seja, além da física,
metafísico portanto, além da natureza, sobrenatural portanto.
Uma
estrutura com estas características é além do que a física e a mente humana
podem conceber, o que me levaria a considerar a necessidade de algo além da
física e que no ocidente deste planeta se costuma chamar de Deus.
Muitos
dizem que o modelo cosmológico padrão, como é conhecido o modelo produzido pela
teoria do Big-Bang, é compatível com o descrito no Gênesis, com o “faça-se a
luz”, o que se repete com o meu modelo preferido, como acima
exposto.
Mas,
paradoxalmente, este modelo (o padrão da comunidade científica atual) nega
logicamente a existência de Deus, ou seja, as teorias conhecidas como modelo
cosmológico padrão (teoria do Big-Bang) e modelo padrão de partículas (teoria
quântica) são logicamente contraditórias com a existência de Deus, se
considerarmos a definição de (santo) Anselmo (aliquid
quo nihil maius cogitari possit).
Pois,
em última instância, o modelo padrão propõe que tudo é relativo, o que deixaria
Deus, o Absoluto, de fora. Além disto, é fundado na incerteza e na
indeterminação, o que deixaria o determinismo divino fora dos negócios do
Universo, como aliás reclamou pesadamente Einstein, ao dizer que Deus não joga
dados.
Não
podem ser concordantes. NÃO TEM COMO a tese e sua antítese serem simultaneamente
verdadeiras para o mesmo local, estrutura ou entidade.
Isto
nós podemos esquecer.
Há
alguns dias eu postei algo sobre o suicídio quântico, que seria uma das
consequências da teoria quântica, em que todos os seres conscientes seriam
imortais e em que existiriam universos aparecendo do nada a cada instante,
contrariando os princípios de conservação de massa, de energia e do mais ínfimo
senso crítico.
Como
os físicos constatam em experimentos em laboratório que partículas virtuais
aparecem e se aniquilam no alto vácuo em tempos extremamente curtos
(trilhonésimos de trilhonésimos de segundo), e que partículas aparecem onde não
poderiam através de tunelamento e de saltos quânticos, então eles dizem que as
coisas podem surgir do nada, inclusive universos inteiros que duram dezenas ou
centenas de bilhões de anos, ou mais, o que é mais do que absurdo, é uma
aberração lógica inimaginável.
A
estas sumidades, que só podem ter sido cegados pelas suas certezas matemáticas,
não passa pela cabeça que partículas massivas que são detectadas onde não
estavam, podem apenas ter vindo de outro lugar ou se formado a partir de
partículas de matéria primordial (préons), mais ou menos da mesma maneira como
um furacão se forma a partir de moléculas de ar e sem nenhum milagre ou violação
de princípios de conservação de massa, energia e juízo.
Ou
seja, e tentando finalmente concluir,
(1)
pelo modelo que considera que há um Universo que é único, limitado à uma pequena
região onde existem campos gravitacionais decorrentes da formação milagrosa de
matéria a partir de flutuações quânticas e de leis naturais preexistentes a ele,
estas leis, sendo preexistentes à primeira estrutura natural (o próprio
Universo), não podendo ser efeito de si mesmas (para tanto haveriam de existir
antes de existir de modo a serem produto de si próprias), têm de ter natureza
sobrenatural e metafísica, o que nos leva a necessidade da existência de Deus,
que seria, parafraseando Avicena, o existente necessário.
(2)
pelo modelo que considera que o universo não é apenas esta estrutura gerada da
milagrosa maneira descrita na teoria do Big-Bang, podendo ou não ter outros além
deste, mas que em última instância não seria limitado como o modelo padrão
prevê, no qual o tempo não estaria intrinsecamente ligado ao espaço formando o
incompreensível espaço-tempo (mesmo quem diz que o entende não consegue nem
imaginá-lo ou desenhá-lo, quanto mais explicá-lo) e que é compatível com a
imensa maioria dos modelos cosmogônicos descritos em todas as demais teorias
filosóficas, mitológicas e científicas (à exceção do modelo atualmente padrão),
o Universo seria ilimitado, o que, desde tempos imemoriais, é considerado
incognoscível e inexplicável, o que torna mais uma vez necessária a existência
de algo ou alguém com a condição de explicar o inexplicável (que não mais
poderia ser o inexplicável da explicação, pois um espaço tridimensional
ilimitado é eternamente inexplicável), o que mais uma vez torna esta explicação,
metafísica e sobrenatural, Deus, necessariamente existente, mais uma
vez.
É
evidente que estou a par da possibilidade (aventada pelo grande David Hume, a
quem o meu grande amigo Immanuel Kant agradeceu por tirá-lo do sono dogmático em
que se encontrava) de uma divindade ter gerado o mundo e já não mais
existir.
Se,
no entanto, seres de baixíssimo conhecimento tecnológico, como nós na
atualidade, já pensamos em gerar processos para transmitir a nossa mente para
outros corpos e assim nos tornarmos virtualmente imortais, o que se dirá de quem
teve a condição, inteligência e potência de produzir esta esplêndida obra, que
abrange simplesmente tudo o que há no todo.
Desta
maneira, tendo em vista tudo o que já investiguei a respeito da realidade que
percebemos de maneira solidária e convencional, tenho a necessidade de deixar,
da maneira mais clara a mim possível neste momento, a minha posição a respeito
disto e, parafraseando parcialmente o grande mestre René Descartes, afirmo
categoricamente que
penso,
logo Deus existe.
E,
na minha humilde porém fundada opinião, nisto não estou nada
enganado.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Apenas a Nihil prevalecerá
Apesar de eu e a Srta Nihil termos
experiências literárias diferentes, ela leu e ainda lê muitos livros, e eu só li
os dois primeiros parágrafos de Genêsis, o nosso conceito de realidade é
bastante limitado, mas bastante satisfatório. A realidade é tudo aquilo o que os
nossos olhos conseguem enxergar.
Por exemplo, aqui na frente do porão só tem uma parede. Lá no sotão da Srta
Nihil, a história é a mesma. E pela parede não dá para mensurar o peso e nem o
tamanho de um suposto colaborador desse Blog, o famoso Adilson 233. Para mim, a
parede é igual na segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo. Dalí
eu conclui que o Adilson e o professor eram a mesma pessoa. Já a Srta Nihil não
olha para as paredes e sim para o teto, onde na segunda voa uma abelha, na terça
voam duas abelhas, na quarta voam três abelhas, e assim a Srta Nihil concluiu
pelo mesmo método que o professor e o Adilson são pessoas diferentes, pois o
tamanho da orelha de um é bem maior que o do outro.
Ou seja, eu e a Srta Nihil olhamos coisas diferentes, mas chegamos sempre no
mesmo consenso: o Adilson é repetitivo, e o professor é bem abelhudo. Mas
enquanto vou sobrevivendo com as minhas pequenas crônicas, eis que a Srta Nihil
toma a dianteira, e enche o HD da Selma com um monte de poesias e orquídeas, e
como o espaço é pouco, continua escrevendo também no HD do William. O Robson que
me perdoe, mas nesse ritmo, a verdade que ele tanto procura ficará ofuscada pela
persistência e teimosia da Srta Nihil, e a verdade não é o resultado de um
método científico imparcial, mas sim a fantástica popularidade que a Srta Nihil
tenta impor nesse Blog.
Para a Nihil, a quantidade de palavras que ela escreve, a maneira de como ela
gosta de manusear os seus turbilhões, é que faz a nossa esperança de conhecer a
Sra Verdade apenas uma fumaça. E aqui eu apoio 100% a Srta Nihil, se você pode
complicar o máximo possível, não há nenhum motivo para simplificar. Buscar a
verdade é pura perda de tempo, quando você pode tentar ensinar a bloguistas
menos avisados a ler as suas poesias, na marra.
Tamagotchi no iPhone
Em busca da Verdade
Olá
pessoal,
Uma vez
esclarecidos alguns detalhes de filosofia natural (física) e que não estou com a
intenção de digladiar com ninguém que não seja ateu arrogante de sua suposta
superioridade intelectual (em geral, os ateus que eu conheço pessoalmente são
bem educados e orgulhosos de seus valores humanitários, e não de sua
superioridade intelectual), vou tentar tratar outros detalhes (alguns
metafísicos) de forma um pouco mais explícita, de modo a mostrar o que me levou
a ter a opinião que tenho em relação ao mundo.
Há algumas
décadas atrás, como eu não queria ficar prisioneiro do determinismo
geográfico/familiar (que nos leva a adotar a doutrina de nossos familiares ou do
grupo ao qual pertencemos, doutrina que pode ser até o ateísmo, também ele uma
doutrina como outra qualquer, o que nos faz paus mandados pelo restante de
nossas vidas sem mesmo desconfiarmos porque acreditamos no que acreditamos e nem
porque fazemos o que fazemos) eu comecei um longo processo
investigativo.
No começo
fiquei sem saber o que era confiável e percebi a necessidade de uma base ser
adotada e da qual não pudesse duvidar, pois se não fosse estabelecido algo mais
firme, a minha opinião não passaria de crença, o que estava tentando
evitar.
Isto me impediu
de usar de sentimento, intuição, emoção, fé, textos e autoridade de terceiros,
sejam eles quais forem. Tentei de me ater apenas o que pudesse ser considerada
realidade ou verdade objetiva, isenta e imparcial.
Isto retirava
mesmo a verdade científica do leque de opções, pois o que era verdade científica
há um século é hoje motivo de gargalhadas na academia (e o que hoje é
considerado verdade científica deverá levar até crianças a rirem-se muito de
nossa ingenuidade em algumas décadas).
A primeira
premissa que tentei estabelecer foi o que é a realidade, ou seja, o que é aquilo
do que não podemos duvidar.
A respeito
disto existe o paradoxo da verdade ou da realidade objetiva, que diz que será
verdadeiro ou real o que, uma vez mortos todos os seres humanos, continuaria a
ser verdadeiro ou real.
O paradoxo
produzido por tal definição seria que a morte de todos não deixaria ninguém para
saber o que é real.
Aparentemente
isto não seria problema conceitual pois, mesmo que não sobrasse ninguém, um
continente continuaria um continente, o conceito de país não teria mais nenhum
sentido e uma rosa seria uma rosa ainda que não tivesse nem mesmo nome e muito
menos observadores - o que nos dá uma pista do que efetivamente pode ser e do
que pode não ser objetivamente real, ou seja, a essência das
coisas.
Só que este
método seria muito drástico, doloroso e deselegante (além de suicida), de forma
que seria mais produtivo e civilizado arranjar outro critério. [Há poucos anos
eu usei uma variável inofensiva deste método para estabelecer algumas bases, mas
não é hora e nem lugar de tratar disto por enquanto]
Outra possível
resposta seria que eu poderia considerar realidade o que é visto (ou de
conhecimento) por quem tenha plena condição de observação do todo e das partes
de uma dada estrutura ou evento.
O problema
desta alternativa é que ela beiraria a onisciência e, como isto não nos seria
possível na atual condição que experimentamos, inviável a mim (e aos demais
pobres mortais deste blog).
Outra hipótese
seria considerar que a realidade seria aquilo que pode e é observado de maneira
convencional pelas pessoas em geral, sem necessitar de capacidades
especiais.
O problema é
que esta definição poderia deixar de fora do que seria considerado realidade
muitas coisas existentes. Afinal, quando os europeus não viam e não sabiam da
existência de pessoas na América, e vice-versa, ambas existiam.
Da mesma
maneira vírus e átomos muito recentemente tiveram a sua existência comprovada,
apesar existirem há um tempão.
A respeito
disto muitos físicos dizem que apenas o que pode ser medido existe. Isto pode
até soar bem, mas pode também nos levar a imaginar se eles pensaram para dizer
isto, pois pensamento não é mensurável e existe (não sei na cabeça
deles...).
Além do que,
conforme disse o Carl Sagan, com o qual estou de acordo neste detalhe, ausência
de evidências não é evidência de ausência, pois a falta de evidências da
existência de corpos celestes muito distantes da Terra não os tornou ou torna
inexistentes e irreais.
Como não
encontrava saída para este impasse de forma mais eficiente, considerei que esta
dificuldade poderia ser ao menos contornada da maneira que nos sugeriu Kant, ao
dizer que, apesar de não podermos saber como o mundo é, podemos saber como nos
parece.
Isto me levou a
retornar, para todos os efeitos práticos, à ideia de que a realidade pode ser
considerada como o que podemos em geral observar de maneira
convencional e solidária, ou seja, pelas pessoas em geral e nas mesmas
condições, auxiliados ou não por instrumentos e dispositivos desenvolvidos para
melhorar a nossa capacidade investigativa.
E lembrando que
a não observação de algo pela virtual totalidade das pessoas não é evidência de
sua não existência. Apenas de nossa incapacidade de observar aquilo (não vemos
campos elétricos, mas golfinhos veem, por exemplo).
Exceções e
casos especiais poderiam ser sujeitos a ajustes mas, via de regra, entendi que
podia assumir este critério como regra geral e tratar os casos diferenciados
como fosse a eles adequado.
Uma vez
definido o que poderia considerar real, pois saber o
que é real exigiria atributos que não temos, me faltava a definição do que
podemos considerar objetivamente verdadeiro.
Da mesma
maneira que em relação à realidade, para não me ater a sentimentos, crenças, fé,
textos, revelações, observações limitadas, sofismas e falácias, assumi que
apenas me restariam as conclusões
formalmente estabelecidas em função de evidências lógicas ou empíricas
indiscutíveis, ou seja, em silogismos e teoremas e, em, questões quantificáveis,
equações e fórmulas (que apenas são uma maneira dedicada de representação dos
mesmos silogismos e teoremas pelos matemáticos).
Com estas duas
premissas estabelecidas com alguma clareza, entendi que poderia estabelecer
critérios fiáveis, o que me permitiu chegar às conclusões a que cheguei, o que
me permite agora começar a explicar o motivo de eu ter a opinião que atualmente
tenho em relação a alguns assuntos metafísicos, pois também neles usei os mesmos
critérios, os quais se resumem à observação de fatos e à verificação da
consistência lógica das alternativas e opções.
Por enquanto é
isto.
Paz e
Felicidade a todos.
Robson Z.
Conti
Apenas a
Verdade prevalecerá
Turbilhão 839,Filosofia Clínica
Conheço "por cima" o tema.
O maior expoente brasileiro atual dessa terapia -é dr.Lúcio Packter- psicanalista- que tem um instituto,várias iniciativas em andamento,e um curso virtual de Filosofia.
Para melhorar minha (futura) formação em Psicanálise, posteriormente,vou conhecer na íntegra sua grande avó,que é a mesma Filosofia,mas não será necessário estudar a modalidade "clínica"- que não consigo entender bem.
Acho que ela funciona mais para pacientes que não são muito passionais.
Postarei o artigo da Wikipedia a respeito,porque não poderei agora procurar um texto mais simples.
Se conseguirem ler a metade,e entender a metade da metade,já estará bom.
Um tempo atrás,li na íntegra,e coloquei no Favoritos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_cl%C3%ADnica
O maior expoente brasileiro atual dessa terapia -é dr.Lúcio Packter- psicanalista- que tem um instituto,várias iniciativas em andamento,e um curso virtual de Filosofia.
Para melhorar minha (futura) formação em Psicanálise, posteriormente,vou conhecer na íntegra sua grande avó,que é a mesma Filosofia,mas não será necessário estudar a modalidade "clínica"- que não consigo entender bem.
Acho que ela funciona mais para pacientes que não são muito passionais.
Postarei o artigo da Wikipedia a respeito,porque não poderei agora procurar um texto mais simples.
Se conseguirem ler a metade,e entender a metade da metade,já estará bom.
Um tempo atrás,li na íntegra,e coloquei no Favoritos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_cl%C3%ADnica
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