quinta-feira, 20 de junho de 2013

blog da Selma 6



Este Blog
A web
Este Blog
 
 
 
 
A web
 
 
 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Outono


O Outono começou dia 20 de março, domingo...
                  


"Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."



Pablo Neruda



(Selma)

PRÊMIO "STELLA AWARDS"

O Stella Awards é um prêmio conferido anualmente aos casos mais bizarros de processos judiciais nos Estados Unidos. O prêmio tem este nome em homenagem a Stella Liebeck, que derrubou café quente no colo e processou, com sucesso, o McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indenização.

Desde então, o Stella Awards existe como uma instituição independente, publicando - e "premiando" - os casos de maior abuso do já folclórico sistema legal norte-americano.

Este ano, os vencedores foram:

5º. Lugar (empatado): Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu 780.000,00 US$ de indenização de uma loja de móveis, por ter tropeçado numa criancinha que corria solta pela loja e quebrado o tornozelo. Até aí, quase compreensível, se a criança descontrolada em questão não fosse o próprio filho da sra. Robertson.

5o. lugar (empatado): Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania, estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar. Ele não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com defeito. Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já tinha fechado por dentro. A família estava de férias e o sr. Dickinson ficou trancado na garagem por oito dias, comendo ração de cachorro e bebendo pepsi de um engradado que encontrou por ali. Ele processou o proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu 500.000, 00 US$.


4º. Lugar: Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indenizado com 14.500,00 US$, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido na bunda pelo beagle do vizinho O cachorro estava na coleira, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o Sr. Williams pulou a cerca e atirou repetidamente contra ele com uma espingardinha de chumbo.

3º. Lugar: Um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar 13.500,00 US$ de indenização a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, após ela ter escorregado e quebrado o cóccix. O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson havia atirado um copo de refrigerante no seu namorado, durante uma discussão.

2º. Lugar: Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário de uma casa noturna da cidade vizinha, por ter caído da janela do banheiro e quebrado os dois dentes da frente. Ela estava tentando escapar do bar sem ter que pagar o couvert (de 3,50 US$). Recebeu 12.000,00 US$, mais despesas dentárias.

1o. lugar: o grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma Cty, Oklahoma. O Sr. Grazinski havia recém comprado um Motorhome Winnebago Automático e estava voltando sozinho de um jogo de futebol, realizado em outra cidade. Na estrada, ele marcou o piloto automático do carro para 100 km/h , abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café. Quase como era de se esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou. O sr. Grazinski processou a Winnebago por não explicar no manual que o piloto automático não permitia que o motorista abandonasse a direção. O júri concedeu a indenização de 1.750.000,00 US$, mais um novo Motorhome Winnebago. A companhia mudou todos os manuais de proprietário a partir deste processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar seus carros.






(Selma)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Presidente ou presidenta?


Confesso que sempre achei a palavra “presidenta” uma agressão à língua portuguesa, mas o que me preocupava não era exatamente a gramática da palavra, e sim quem iria governar o Brasil nos próximos quatro anos.

O fato de ser uma mulher não me causava espanto. Afinal,  mulher ou homem, todos são seres humanos, com cérebro e poder de decisão o que – com certeza – não iria mudar muita coisa na presidência. Além do mais, o Brasil só havia sido governado por homens até então, e foram eles que fizeram as maiores bobagens na história política.

Outro comentário infundado é admirar o Obama, por ser o “primeiro presidente negro na história dos EUA”. E a cor da pele altera o cérebro? Nada. Gente é gente. E se tiver que fazer bobagem, fará independente da cor da pele e do sexo.

Penso que para o povo brasileiro não faz muita diferença se o termo certo é “a presidente” ou “a presidenta”, pois (desculpem a sinceridade), muitos gostam de votar em candidatos semi-analfabetos...  Prefiro não citar nomes de candidatos que se encaixam nessa categoria.

Vejamos no texto abaixo, retirado do Blog do Prof.  Pasquale Cipro Neto, o que tem ele a dizer sobre presidentes e presidentas:

O que  há em comum entre palavras como "pedinte", "agente", "fluente", "gerente", "caminhante", "dirigente" etc.? Não é difícil, é? O ponto em comum é a terminação "-nte", de origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos portugueses, italianos, espanhóis...

Termos como "presidente", "dirigente", "gerente", entre inúmeros outros, são iguaizinhos nas três línguas, que, é sempre bom lembrar, nasceram do mesmo ventre. E que noção indica a terminação "-nte"? A de "agente": gerente é quem gere, presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante.


Normalmente essas palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, em que o "e" final dá lugar a um "a". Um desses casos é o de "parenta", forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer "minha parente" ou "minha parenta", por exemplo). Outro desses casos é justamente o de "presidenta": pode-se dizer "a presidente" ou "a presidenta".



Como vocês puderam ver segundo o Prof Pasquale que é uma grande autoridade em língua portuguesa, podemos usar a palavra “presidenta” para a nossa presidente. Resolvido o problema gramatical, espero sinceramente que a presidenta seja acima de tudo, muito sensata nos seus anos de governo que ainda estão por vir. Ponto final.



 (Selma)

Quem é quem

A seguir, um excelente comentário sobre a atitude da nossa presidente Dilma perante a visita do Mr. Obama em o Estado de São Paulo

iFrank

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aos que desejarem participar do blog

Por acaso, através desse blog, vi o texto que a Nihil deixou para o Andros no Jornal de Debates: "Teacher, que saudadona de você".

Não sei se aqui é mais fácil ou mais difícil de escrever que no Bolg do William. Se por acaso é mais difícil é por culpa da tecnologia do Blogger.

Não é vedada a participação de ninguém, nem os comentários são censurados.


Portanto, Andros, fique à vontade! Ficaremos muito felizes com a sua presença. Caso queira a senha do Blog, é só me mandar um e-mail:   selma12612001@yahoo.com.br



"Entre o que é rosa e  o lodo necessário,
passa um rio sem foz nem começo."


Abraço, Teacher!

domingo, 20 de março de 2011

Caneta de pobre no iPad

O iPad é mais uma idéia da Apple para ganhar muito dinheiro com produtos que ninguém sabe para que serve, dentro do mercado existem muitos consumidores que se endividam com carros de melhor desempenho, com telas gigantescas de tevê para ver o lixo eletrônico em alta definição e outros com pequenos dispositivos eletrônicos de utilidade bem duvidosa, eu faço parte desse último grupo.

O iPad não é um computador e muito menos um celular (exceção ao iPad 2 que traz novas funcionalidade). Na minha opinião o iPad é a forma mais inteligente que a Apple encontrou para vender o iWork, o Office da Apple, a única maneira que existe para transformar um tablet num PC de mão, onde o modelo básico traz auto-falante, monitor, teclado embutido e adaptador WiFi num espaço de dez polegada, perto do Notebook mas sem o teclado físico. O iWork não faz a metade do que o Office da Microsoft faz, mas em compensação, incentiva o usuário a organizar as suas anotações, sem mencionar que agora é possível usar todos os dez dedos na hora de digitar um texto.

Mas na era moderna, pouca gente sabe como datilografar um texto, aos poucos a nossa forma convencional de escrever está dando espaço para ecomotions e outros símbolos de comunicação que estão mandando às favas a velha estrutura do sujeito, verbo e predicado, eu mesmo não entendo nada do que está escrito no Orkut e no Twitter.

Para piorar a situação, hoje encontrei a caneta de pobre para iPad no Youtube, vale a pena ver o vídeo, o link é esse daqui: fórum do iPad

Uma boa semana a todos, iFrank

sábado, 19 de março de 2011

Mercado Livre

Há cerca de um mês, tentei comprar uma bateria para o meu celular. Paguei antecipado para agilizar a entrega, o que aconteceu uma semana depois. Só que a bateria estava em péssima condição, já usada, era da marca Samsung, mas não o que havia pedido. Tentei localizar o telefone do fornecedor na NF, mas não havia nenhum telefone. Entrei no Portal da Nota Fiscal Eletrônica, e fui informado que o número da chave é inválido. Eu me senti um completo otário. Entrei no Mercado Livre e negativei a minha opinião quanto ao atendimento.

Isso é coisa que não deveria publicar aqui, pois a burrada foi só minha. Mas hoje recebi 78 mensagens, todas com o mesmo texto, assim:

Olá FRANKHOSAKA!

Sua contraparte SHOPLUSAFE 10 e 49 solicita que você reveja a qualificação que atribuiu.
Detalhes da qualificação:
    Produto: Bateria AB653850CU p/ celular samsung Omnia I900 I908 i7500 - L199pi Data da oferta:25/02/2011 Qualificação:Negativa Comentário: O produto veio em desacordo com a NF, joguei fora, essa foi a primeira e última compra que faço no Mercado Livre
    .
Dados de contato de SHOPLUSAFE:
Você tem 5 dias para confirmar a sua decisão. Se não confirmá-la, poderemos inativar a sua qualificação.

Modificar qualificação Recusar a solicitação

Se você não tem certeza de como proceder, reveja a qualificação da sua contraparte e entre em contato com ela para tirar todas as dúvidas. MercadoLivre

Dá para levar o Mercado Livre á sério?

Frank K Hosaka

A Caixa Economica Federal e o iPad

O navegador padrão do iPad é o Safari, e por meio dele é possível navegar no banco Santander, Bradesco e Itaú. Já o Banco do Brasil exige que você baixe um aplicativo exclusivo para acessar a sua conta, ele é gratuito, e você pode baixá-lo pelo App Store.

Já a Caixa Econômica Federal é um caso à parte. Você pode acessá-lo pelo Safari, desde que você assine o termo de adesão de Acesso via computador de mão. Ou seja, primeiro você entra na sua conta corrente através de um PC, e procura na coluna Serviços Bancários a opção Serviços > Acesso via computador de mão. São três páginas que você tem que ler com muita calma. Tudo dá a entender que o esquema só funciona com o Palm, mas quando você chegar na terceira página e confirmar a adesão com a senha do seu cartão, você estará habilitando o seu iPad, o seu iPhone ou qualquer smarthphone a acessar a sua conta na Caixa Econômica, desde que entre com o nome do usuário e senha corretamente.

Coisa curiosa é o extrato da Caixa Econômica, ele é o único que você pode usar a tela de multitoques para ampliar a imagem, coisa que não dá para fazer na janela dos outros bancos que eu citei, bem como o Hotmail. Apesar da tela do iPad ser generoso e ter dez polegadas, a verdade é que os bancos usam fontes pequenas para exibir os extratos, mas instrui ao Safari não permitir o serviço de ampliar a imagem. Para contornar esse problema, eu uso o botão Ligar + Início, e capturo a tela do extrato bancário. Lá no aplicativo Fotos, eu amplio a imagem para ler melhor o extrato, e jogo fora a foto depois de mostrar para o gerente a minha indignação com o tamanho da fonte bem como o tamanho da tarifa bancária, eles deveriam ser proporcionais...


Frank K Hosaka

Publicado originalmente em http://www.forumipad.com.br/viewtopic.php?f=14&t=225

sexta-feira, 18 de março de 2011

Idolatria

Hoje recebi a mensagem do pastor Luiz Alberto, falando sobre a tradição católica de adorar o Deus de gesso, é um enfoque diferente do Sr Adilson, mas bastante comentado no meio evangélico. Na minha opinião, não há muita diferença entre carregar um Deus de papel no sovaco ou a imagem de Santa Tereza de Teresa na carteira, na esperança que ela conserte o micro.

A Santa Teresa já consertou o meu micro várias vezes sem cobrar nada ao contrário dos outros técnicos da área que já me arrancaram R$ 100,00 para o micro funcionar por apenas uma semana, e assim fui aprendendo a idolatrar mais a Santa Teresa do que qualquer técnico de computadores. A forma habitual de agradecer à Santa é acendendo uma vela, mas se isso agrada à Santa, isso eu não sei, mas dedico um bom tempo agradecendo, de joelho, de pé, cheio de alegria no coração diante da imagem dela, e muitas vezes chego até beijá-la.

Essa forma de idolatrar imagens deixa muitos evangélicos aborrecidos, pois distancia a criatura do seu verdadeiro e único Criador, o que eu concordo, por outro lado quem começou toda essa confusão foi o próprio Pai que delegou ao seu único Filho o poder de salvar almas, mas Jesus passou o trabalho aos doze apóstolos, e depois disso surgiram os padres, os bispos, o Papa, e hoje temos uma infinidade de pastores também, mas encontrar um que saiba consertar o micro, eu só encontrei a Santa Teresa de Avila. Para o Adilson, ela não passa de um cadáver, mas como eu acredito na ressurreição de Jesus, acredito que Deus também ressuscitou alguns colaboradores no meio do caminho, principalmente para ajudar rapazes que não têm dinheiro para pagar o que a assistência técnica cobra.

Frank K Hosaka

é verdade...

...hoje é aniversário do sr.Historiador...

que acho que ganhou na megasena, e que não fala mais com os pobres...(hahahahaha...)


Nihil

Quem é o Diabo?

Ele aparece no dicionário Aurélio com 119 sinônimos. No Houaiss, há 136. O escritor Guimarães Rosa tinha sua coleção particular: Azarape, Arrenegado, Cramulhão, Indivíduo, Galhardo, Não-Sei-que-Diga, O-que-Nunca-se-Ri, Sem-Gracejos. São 29 passagens sobre ele nos Evangelhos, 25 delas citado pelo próprio Jesus. E o filósofo Jean-Paul Sartre dizia que "o inferno são os outros". Mas, venhamos e convenhamos: afinal de contas, quem é o Diabo? Onde ele habita? Estará em franca falência ou flamejante coroação?



A discussão sobre a topografia da Besta e de sua morada perpassa milhares de anos. Freqüentam vulgatas que vão da ciência à religião, passando por comportamento, psicanálise e mesmo arte. Questionando a Bíblia como ninguém, o fílósofo Bertrand Russell gostava de dizer que o homem criou Deus à sua imagem e semelhança. Num lugar, fez um senhor de barbas, noutro, fez dele o Sol. Se assim pensarmos, o Diabo vai pelo mesmo caminho: num mundo com tantas informações disponíveis, cada um constrói seu Satanás. É o Diabo à la carte. No mundo dito pós-moderno, a ordem é: faça você mesmo o seu Satã.
E não terá sido essa a eterna escolha dos escritores? Talvez sim. O pai do romance gótico, E.T.A. Hoffman, pôs o Tinhoso em suas obras, ora num doutor milagreiro, chamado Dapertutto, ora no sinistro Coppelius, que sonhava em arrancar os olhos das criancinhas. Robert Louis Stevenson achava que cada um tinha o diabo escondido dentro de si, e o dele era o Mr. Hyde (trocadilho com "hide", esconder em inglês), que volta e meia engolia o pacato Dr. Jekyll.

Hermann Melville via o Satã na baleia branca Moby Dick, e Edgar Allan Poe também achava que o Senhor das Trevas não estava no escuro, mas na alvura da luz. O psicanalista Jacques Lacan notava que muitas vezes a figura do "estrangeiro", portanto, do desconhecido, pode nos servir como imagem do Demo.


Nosso Machado de Assis talvez tenha sido mais profundo que os anteriores. Em seu conto "A Igreja do Diabo", Satã desce à Terra e descobre que as maldades ensinadas em seu templo estão sendo desrespeitadas. Os homens estão praticando virtudes às escondidas. "Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro vezes por ano, justamente em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias", escreve Machado. No final, o Diabo volta aos céus. E Deus lhe consola: "Que queres tu? É a eterna contradição humana".


E hoje, qual o papel do "príncipe deste mundo" (João 12.31) e "pai da mentira" (João 8.44)?
 Desde o Iluminismo, ele deixou de ser uma entidade e passou a ser interpretado como o lado obscuro de cada um. Mas, para o teólogo e pastor batista Fernando Fernandes, ele continua atuante. "Em termos práticos, o Diabo é o fomentador de desordens morais, sociais e espirituais, influenciando as pessoas para a corrupção, para os vícios, para as orgias sexuais, para a exploração social e toda a sorte de atrocidade que atenta contra a integridade do ser humano e contra a espiritualidade sadia e benfazeja que o homem carece experimentar", diz o pastor.

E há também a Bíblia Satânica. Essa eclética coleção de ensaios, comentários e rituais básicos do satanismo é best seller desde que foi lançada em 1969 pelo malucão americano Anton Szandor LaVey (nascido Howard Stanton Levey). Tinha tudo a ver com a época, quando rebeldia, contestação e crenças misteriosas estavam em alta no mundo todo. As primeiras edições do livro, em capa dura, chegam a valer 1000 dólares no site de vendas eBay. Mas, apesar de inspirar centenas de hinos do metal, festas de faculdade, tatuagens e até a Igreja de Satã, com sede em San Francisco, na Califórnia, o livro não é levado a sério. Os teólogos a consideram uma brincadeira do mal (ou mau gosto).

O Diabo nas religiões
Judaísmo
No judaísmo, Satã não é exatamente o Coisa-Ruim. A ele cabe pegar no pé da humanidade, apontando nossas falhas. No livro de Jó, ele age como promotor da divina corte, angariando provas de que o homem não merece o amor do Criador. Ele também dá uma mão na construção do bezerro de ouro que os israelitas adoram enquanto Moisés está no Monte Sinai. De qualquer forma, a Torá afirma várias vezes que foi Deus quem criou o bem e o mal.

Catolicismo
Até o início do século 18, a oração de Pai-Nosso dizia "livrai-nos do Demônio". Hoje os católicos pedem simplesmente que Deus os livre "do mal", mas isso não quer dizer que a existência do Diabo tenha sido totalmente abolida das encíclicas papais. Já a presença de Lúcifer no Inferno, torturando almas de pecadores, é uma criação da literatura cristã medieval, pois a Bíblia diz que o Diabo anda solto pelo mundo.

Espiritismo
Os Espíritas não acreditam em um ser do mal, tão poderoso quanto Deus. Acreditam em espíritos obsessores que influenciam os atos dos humanos para o mal.

Islamismo
No Islã, Shaitan não tem poderes, apenas fornece más idéias para quem lhe der ouvidos - e todo o mal que fazemos é por nossa escolha. Ele foi expulso do paraíso por não louvar Adão, desobedecendo Alá. No Corão, Satã é inimigo da humanidade, já que Alá é supremo. O "jihad", banalizado pelos terroristas, é a luta contra os desmandos de Shaitan.


Budismo
No budismo não existe Diabo, mas há um sujeito diabólico: Mara. Ele tentou Gautama Buddha, oferecendo-lhe lindas mulheres (em algumas versões, suas próprias filhas). Ele tira a atenção dos homens da vida espiritual, fazendo as coisas mundanas atraentes e procurando transformar o negativo em positivo. Outra interpretação é de que Mara representa os desejos em nossa mente que nos impedem de ver a verdade, uma parte ruim nossa que deve ser derrotada

Hinduismo
Em contraste com as tradições judaico-cristã e islâmica, o hinduísmo não especifica nenhuma força maléfica central, mas reconhece que as pessoas podem realizar atos de maldade quando dominadas temporariamente por entidades conhecidas como asuras. Rahu teria uma característica mais próxima do Diabo dos cristãos, se bem que Vishnu encarna para destruir o mal quando ele se torna muito forte.

Religiões Afro
Na religião iorubá original, Olodumaré é a fonte suprema de tudo, inclusive do bem e do mal. O Diabo, portanto, como força contrária a esse equivalente do Deus monoteísta, não tem lugar. Exu, mesmo identificado com atitudes classificadas de "más" pela moral cristã, é um orixá, ou seja, foi criado por Olodumaré, então nunca atuaria contra os seus princípios.


O filósofo Michel Foucault foi o primeiro a teorizar sobre a divisão social entre "loucos e sãos" (ou "possessos e limpos"). Com o fim da lepra na Europa, os leprosários estavam condenados à extinção. Para manter instalações e empregos, nada mais prático do que arrumar novos inquilinos. Nasce a casta dos loucos, volta e meia ampliada com as "vítimas de possessão demoníaca".
Essa interpretação chegou aos tribunais brasileiros. Guido Arturo Palomba, mais famoso psiquiatra forense do Brasil, afirma que epilepsias psicóticas "sempre entravam nos processos como possessões". Basta examinar a origem da palavra: epilepsia é "ep" (acima) mais "lepsis" (abater). "Os antigos acreditavam que era alguma força que vinha por cima e abatia o indivíduo", diz Palomba.


O psiquiatra relata um caso exemplar. Uma mulher foi com uma amiga a uma loja de umbanda. Conheceu um homem. As duas, mais ele, vão para uma casa. Fazem um ritual de macumba. Uma das mulheres entra em transe e incorpora a entidade Pombagira. Pega uma faca e desfere um golpe contra o homem. Sai do transe e tenta acudi-lo. Ele morre. A assassina diz que nada lembra e não tem culpa: quem matou foi a Pombagira. Apesar de todas as alegações de possessão demoníaca, a prova final foi dada com eletroencefalograma. A assassina era epilética, dona de disritmia em estado crespuscular, em que padecia de atos semi-automáticos, sempre com amnésia. A ciência também exorciza.




(Revista Galileu - Edição 197 - Dez de 2007)
Bibliografia: • "Satã: uma Biografia", Henry Ansgar Kelly. Ed. Globo. 2007
                    • "A História do Diabo", Vilem Flusser. Annablume. 2005



(Selma)

terça-feira, 15 de março de 2011

A Ira de Deus

O maior terremoto e a maior tsunami ocorridos na história – e documentados pelas testemunhas da tragédia – não aconteceram no Haiti, no Chile ou na Indonésia. Não aconteceram nem mesmo na década passada. Mas em Portugal, na Lisboa de 1755, metade do século XVIII.

O terremoto – presume-se que tenha ultrapassado 9 na escala Richter – e o maremoto, com ondas de mais de 10 metros de acordo com as testemunhas, foram sentidos em locais extremamente distantes como a Escandinávia, a Suíça, regiões ao sul África e até no Caribe, aqui do outro lado do Atlântico.

As conseqüências não foram apenas físicas. Por causa do terremoto, da tsunami e do incêndio, que vitimaram milhares de lisboetas, especialistas de vários países europeus da época passaram a investigar os fenômenos naturais, o que levou ao desenvolvimento de novas áreas de pesquisa como a sismologia.

Voltaire e Russeau usaram o caso para discutir e questionar as raízes das crenças religiosas católicas e o próprio entendimento do que seria o “castigo divino”, já que a tragédia não poupou ninguém: da nobreza ao clero.
E ainda: por causa da tragédia o rei D. José concedeu ainda mais poderes ao marquês de Pombal. Para garantir a rápida reconstrução de Lisboa, um dos decretos exigiu maior arrecadação de impostos e aumento na produção de ouro e diamantes no Brasil, principalmente na província de Minas Gerais. Por causa da insatisfação popular e da elite comercial de Vila Rica/Ouro Preto surgiram vários movimentos pró-independência do Brasil, entre eles a famosa Inconfidência Mineira.

O historiador britânico Edward Paice, compilou tudo o que se publicou sobre o terremoto de Lisboa, do século XVIII para cá, e publicou no livro “A Ira de Deus”, lançado há pouco no Brasil.



Livro “A Ira de Deus”





(Selma)

Chico Xavier é o verdadeiro "Filho do Brasil"

O filme “Lula, o Filho do Brasil” levou pouca gente  ao cinema.

O filme que deveria arrebatar multidões, que Elio Gaspari anteviu que faria correr rios de lágrimas, provocando o o ódio das oposições, foi visto por pouco mais de 800 mil pessoas. E com a propaganda que teve! Nem mesmo o eleitorado que sempre vota no PT compareceu. Como se nota, a maioria dos brasileiros pode até aprovar o fato de Lula se comportar de modo razoável no poder, mas não o quer como santo, guia, líder, demiurgo, Cristo folgazão de uma nova religião.

Como muito menos apelo publicitário e menos dinheiro — e com apenas 10 dias em cartaz — o filme Chico Xavier, de Daniel Filho,  levou 1,3 milhão de pessoas ao cinema. Sim, para os padrões brasileiros, é filme de gente grande também: custou R$ 12 milhões  (mas o Lula de Fábio Barreto custo R$ 17 milhões) e estreou em 377 salas — o filme de Lula, em mais de 500.

Não vi nem um nem outro. Não sei se os verei. O que sei é que, no que diz respeito ao público que vai ou que se dispõe a ir a cinemas, o político transformado em herói foi rejeitado por amplas maiorias. Podem até gostar de Lula. Mas sabem que ele é só um político. Chico Xavier, tenha-se ou não simpatia por suas práticas e crenças, sempre esteve associado a ações que buscaram o bem comum, sem qualquer sombra de arrogância. Procurou manter, por exemplo, uma relação harmoniosa com um país majoritariamente cristão, evitando confrontos. A história de um líder que recebia mensagens dos mortos é sempre atraente. Se isso é narrado com profissionalismo, competência, o que costuma ser o caso de Daniel Filho, a chance de sucesso é grande.

Mas Lula também reunia, aparentemente ao menos, os ingredientes para um sucesso estrondoso. É um presidente popular, exercitou o mito do operário sofrido e triunfante a mais não poder, e a produção, consta, é profissional. Então, o que deu errado? Talvez seja a suspeita de que Lula começou a exigir dos brasileiros mais do que estes lhe acham devido: o respeito ao político, não a um mensageiro do além — no seu caso, o “além” da história.


Os únicos a acreditar nisso são os submarxistas do complexo PUCUSP  —  e podem botar nesse grupo alguns vermelhos e rosados adiposos que agora ocupam a FGV aqui em São Paulo. O povo não é ignorante o bastante para dar trela a essa baboseira. Essa é uma ignorância típica de subintelectuais.


(Do Blog de Reinaldo Azevedo)




Selma

segunda-feira, 14 de março de 2011

"Benzedor Espírita"

Tenho uma amiga que gosta muito de gastar. Gasta bem mais do que ganha. Está no cheque especial faz tempo. Deve uma série de coisas: roupas, jóias, sapatos, o carro...

Vive se lamentando pelos apertos que passa. Outro dia me confidenciou que foi até um famoso benzedor “espírita”. Desses que trazem a pessoa amada de volta em 3 dias, jogam búzios, tarô... rsrs!

“Olhe, o benzedor é espírita, é do bem... Não faz macumba não! Pediu para que eu tomasse banho com arruda, guiné, alecrim e sal grosso, pois isso irá afastar as pessoas que têm inveja de mim.”
“Ele me disse que estou  vivendo esses apuros da vida porque há muitas pessoas que têm inveja de mim.”

Tenho pena dela. Não tive coragem ainda de dizer, mas terei que um dia esclarecer essa pessoa sobre o verdadeiro Espiritismo.
Não existe “benzedor espírita”. Kardec é muito claro no livro dos Espíritos sobre cartomantes, videntes e coisas parecidas.
O Espiritismo é uma Doutrina religiosa, sem dogmas propriamente ditos, sem liturgia, sem símbolos, sem sacerdócio organizado, ao contrário de quase todas as demais religiões, não adota em suas reuniões e em suas práticas:

a) paramentos, ou quaisquer vestes especiais;

b) vinho ou qualquer bebida alcoólica;

c) incenso, mirra, fumo ou substâncias outras que produzam fumaça;

d) altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do público;

e) hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas, só os admitindo, na língua do país, exclusivamente em reuniões festivas realizadas pela infância e pela juventude e em sessões ditas de efeitos físicos;

f) danças, procissões e atos análogos;

g) atender a interesses materiais terra-a-terra, rasteiros ou mundanos;

h) pagamento por toda e qualquer graça conseguida para o próximo;

i) talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou quaisquer objetos e coisas semelhantes;

j) administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos;

k) confeccionar horóscopos, exercer a cartomancia, a quiromancia, a astromancia e outras .mancias.;

l) rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;

m) termos exóticos ou heteróclitos para a designação de seres e coisas;

n) fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.





Minha amiga está então a tomar banhos com sal grosso e outras ervas por 3 sextas feitas. E a andar com galhos de arruda dentro de sua bolsa para evitar “olho gordo”. Se ainda não expliquei nada a ela, é porque vejo que fazendo essas coisas ela parece ter mais confiança no seu dia a dia.

Mas a grande verdade é que ela gasta demais, e o mais simples seria fazer as contas em um papel  e ver porque seu dinheiro não dá para nada. Ou arrumar outro emprego com um salário maior...Mas como fazer essa criatura entender isso?


 (Selma)

Quais os planos de Deus?

Tempos atrás escrevi aqui um texto sobre as vítimas da região serrana do Rio de Janeiro e o sofrimento pelo qual passaram ao perder família, casa, paz e dignidade. O nome do texto era: “Onde estava Deus”.


Tsunami após terremoto no Japão

O 233 que é calvinista determinista disse que Deus não tem culpa se as pessoas construíram casas em áreas de risco.


Aconteceu semana passada o terremoto seguido de tsunami no Japão. Muitas mortes, muitas perdas.
Eu tinha uma grande amiga de sobrenome Myioshi que morreu em 1995 no terremoto de Kobe, no Japão. Sempre que vinha para o Brasil ela me visitava e trazia presentes, que tenho guardados até hoje. Era uma pessoa muito querida. Tenho ainda muitos conhecidos lá, mas perdi contato com a maioria deles, de modo que não sei o que aconteceu. Estou profundamente aborrecida e quando tento me colocar no lugar deles, fico mais aborrecida ainda. Que Deus os ilumine e os ajude a suportar e superar
tamanho sofrimento.

Faço outra pergunta: Quais os planos de Deus?


Com certeza o 233 dirá que Deus nada tem com isso, que a culpa é dos japoneses por  morarem no  Anel de Fogo do Pacífico...




(Selma)

Eletrodos no Cérebro para tratar Depressão

Implante de eletrodos no cérebro é testado no tratamento de depressão e consegue reverter  ou atenuar os sintomas da doença em quase metade dos pacientes



Como funciona?
A estimulação profunda do cérebro contra a depressão consiste na implantação de dois eletrodos em áreas cerebrais associadas ao controle das emoções. Até agora, três regiões foram estudadas, todas elas localizaas na parte da frente do cérebro. Os índices de eficácias refrem-se a um ano depois do início do tratamento.


A depressão é um sofrimento inimaginável  par aquém  nunca teve que enfrentá-lo, diz o escritor americano Andrew Solomon, autor de um dos mais belos e contundentes  relatos autobiográficos sobre o distúrbio, o livro O Demônio do Meio Dia.  Em maior ou menor grau, ela acomete 10% da população adulta mundial – o que, o Brasil equivale a 13 milhões de homens e mulheres.

Apesar dos progressos no campo da farmacologia, uma parcela considerável dos doentes (5%, nas estimativas mais otimistas; 20% nas mais pessimistas) não apresenta nenhuma melhora com os medicamentos disponíveis hoje no mercado. Para eles, tarefas banais (e essenciais),  como alimentar-se ou vestir-se exigem um esforço sobre humano. Sem energia para nada, é difícil conectar-se à realidade objetiva. “O oposto  da depressão não é felicidade, e sim vitalidade”, escreve Solomon.  O caminho para que tais pacientes a recuperem pode estar na mesa de cirurgia.

 Três dos principais centros de estudos em psiquiatria e neurologia  do mundo, as Universidades  Harvard, nos Estados Unidos, de Toronto, no Canadá e de Colônia, na Alemanha, vêm testando com sucesso uma cirurgia no cérebro dos deprimidos graves que não respondem à intervenção química dos medicamentos. No Brasil, as universidades de São Paulo (USP) e Federal de São Paulo (Unifesp) darão, em breve, início à mesma linha de pesquisa.

Na estimulação cerebral profunda, nome técnico do procedimento, o cirurgião, por meio de um orifício de 8 mm de diâmetro no topo do crânio, implanta eletrodos em uma das  áreas cerebrais associadas ao controle das emoções. Os dispositivos emitem, em média, 100 impulsos elétricos por segundo e, com isso, restabelecem o equilíbrio elétrico na região onde foram fixados. Dessa forma, os mensageiros químicos das emoções (os neurotransmissores serotonina e dopamina, entre outros) entram em sintonia. Nos casos até agora estudados, até 40% dos pacientes  ficaram livres dos sintomas de depressão e 52% conseguiram retomar a vida, ainda que alguns traços do distúrbio. “As pesquisas estão no começo, mas já representam uma grande esperança para quem até agora não tem como ser ajudado”, diz o neurocirurgião Erich Fonoff, do Hospital das Clínicas de São Paulo.


Não é a primeira vez que se propõe a intervenção cirúrgica para o tratamento de doentes psiquiátricos. Em 1935, o médico português Antonio Egas Moniz descobriu que, lesionando determinadas áreas do cérebro, ele conseguia controlar, principalmente sintomas paranóicos e ansiedade. A lobotomia, como foi batizada a cirurgia, lhe rendeu o prêmio Nobel de Medizina de 1949. Considerando o risco de sequelas graves e indeléveis, Moniz só indicava a operação em casos extremos.

Entusiasmado com os resultados do médico português, o cirurgião Walter Freeman disseminou a técnica entre os americanos. Entre 1939 e 1951, foram realizadas de 20 000 lobotomias nos Estados Unidos, inclusive em pacientes com depressão. A maioria delas, no entanto, foi feita sem nenhum critério. Quando a partir dos anos 50, os primeiros antidepressivos chegaram ao mercado, a lobotomia foi deixada de lado.

A estimulação profunda do cérebro para o tratamento de depressão segue o mesmo princípio da lobotomia proposta por Moniz: diminuir a atividade neural em determinada área do cérebro. As operações atuais agem no giro do cíngulo, na cápsula anterior ou na área sub calosa. O local onde os eletrodos são implantados é escolhido milimetricamente.  Tal precisão só foi possível com o aperfeiçoamento dos exames de imagem, que mapearam a anatomia e o funcionamento químico-elétrico do cérebro. A estimulação cerebral profunda é reversível. Basta ligar a bateria implantada no colo do paciente  (abaixo da clavícula) e os impulsos elétricos cessam. O método começa a ser estudado  também para os portadores de transtorno obsessivo compulsivo e distúrbios alimentares. A cirurgia não é a bala mágica contra a depressão. Como acontece no tratamento medicamentoso, o ideal é que ela esteja associada à psicoterapia. Diz o psiquiatra Marco Marcolin, na Universidade de São Paulo: “Quando o paciente sai do quadro da depressão profunda, ele tem que se readaptar ao cotidiano. Para isso, o auxílio de um psicoterapeuta é vital”.






Revista Veja, 2207, 9 de março de 2011, pg 87





(Selma)

domingo, 13 de março de 2011

Ipad

Estou montando o meu primeiro texto no IPad. Não é fácil datilografar nele, pois não há como sentir a posição das teclas F e J, mas de todos os teclados na base do toque na tela, sem dúvida, esse é o melhor, aqui você pode usar todos os dedos. No teclado convencional, você precisa combinar teclas para obter os caracteres acentuados, ou seja, você precisa de dois dedos, mas o IPad só permite usar apenas um dedo: para acentuar a letra "a" você segura a tecla e com o mesmo dedo arrasta para as variantes acentuadas dessa letra, não pode usar outro dedo, e isso atrapalha a digitação, pois você é obrigado a olhar o teclado. Por outro lado, você ganha tempo com o recurso de auto completar e correção ortográfica.

A princípio, imaginei que o iPad fosse apenas um leitor digital, mas ele oferece a mesma funcionalidade do iPhone, mas, no meu caso, não tenho o GPS, acesso à rede 3G e muito menos serviço de telefone, eu comprei o modelo mais barato, ele só tem Wi-Fi e 16 giga bytes de memória. Também comprei uma capa para ele, e no total deu R$ 1.580,00, o que dá para comprar um netbook da Accer, que tem muito mais funcionalidade que o iPad. A única vantagem do iPad sobre o netbook é que a leitura é bem mais agradável, principalmente nas páginas da Web.

Quanto aos demais aplicativos, o tempo de resposta é bastante satisfatório. No futuro próximo, espero que surja um tablet que ofereça a possibilidade de hospedar o sistema Windows com a sua tradicional facilidade de montar uma rede local bem como o famoso Microsot Office, se bem que fiquei impressionado com o Pages, um programa que encontrei no iTunes Store, e que permite mudar a fonte do texto em vários estilos como o Courier, o que Me ajuda bastante na hora de receber orçamentos na forma de texto.

Frank K Hosaka

sexta-feira, 11 de março de 2011

AVISO IMPORTANTE

Pessoas, acabei de entrar no blog do sr.William, e vi essa mensagem que colocarei em destaque agora.
Peço - em nome dele- atenção do sr.Hosaka, e dos demais leitores que entendem de informática.
Ele está com um problema para mandar textos para os e-mails dos leitores dele, e deseja resolver esse problema.(suponho que então ele vai demorar mais para enviar textos para o meu- ainda que ultimamente eu não ande entrando ali, novamente)

Considero sr.William, meu "brother intelectual".
Por isso, tomo essa liberdade "com ele".

Agradecere(mos) pela ajuda.
E o blog dele, também.

mala nihil


http://filosofiamatematica.blog.terra.com.br/2011/03/11/aviso-importante?#respond

boa tarde

Quero agradecer ao Poli, por ter me orientado a baixar o Google Chrome, e ao sr.Hosaka, por ter me falado como definir o mesmo como navegador padrão.

Ter feito isso, atenuou o problema da tela "daquele jeito".
Agora, se antes ela leva uns quarenta minutos para ficar "assim", como eu já falei, o que por enquanto, anda me impedindo de estar aqui.
Semana que vêm vou baixar outro programa, e ver se resolve mais.

Um abraço.


mala nihil

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ela precisa de oração

Durante o culto, irmã Josefina desabafou com irmã Lucrécia:

- Ore pela libertação de minha filha Adriana. Hoje, ela veio à igreja, mas está fraca na fé. Coisa de adolescente que está prestes a ceder aos clamores mundanos. Ela anda com amigos que não são da congregação. Escuta músicas estranhas. Toma bebida alcoólica. E está saindo com um homem mais velho.

Mais tarde, irmã Lucrécia, a caminho do banheiro, encontrou irmã Rufina e recomendou-lhe:

- Ore pela irmãzinha Adriana. Ela se desviou da fé. Está saindo com um homem comprometido. Vive na companhia de amigos metaleiros. E está fumando cigarro.

Minutos depois, enquanto caminhava em direção ao ofertório, irmã Lucrécia pediu ao irmão Jurandir:

- Ore pela irmãzinha Adriana. Ela virou uma transviada e pervertida. Está namorando homem casado. Anda saindo com uma turma de góticos – desses que dormem no cemitério. E agora – pasme, irmão! – virou alcoólatra.

No final do culto (depois de computar o dinheiro das ofertas), o pastor se aproximou de Adriana e disse-lhe:

- Minha jovem. Isso é coisa que se faça? Fiquei sabendo que você deu veneno para o cachorro. Está fazendo parte de uma gangue. Bateu na sua mãe. Foi responsável pelo fim de um casamento. Escuta Lady Gaga. Não usa sutiã. Praticou um aborto. E está viciada em drogas pesadas. Irmãzinha, você precisa de libertação. Ajoelhe-se, eu vou orar por você.
 
 
(Valdeir Almeida - Veja.com)
 
 
 
 
Selma

A culpa é do Diabo

Deixou a porta de casa aberta, foi assaltado. Deu desfalque na empresa, foi demitido. Transou sem camisinha, contraiu doença venérea. Avançou o sinal vermelho, foi multado e acumulou pontos na carteira. Caluniou o amigo, perdeu uma grande amizade e será processado por difamação.

À noite – como faz diariamente – foi à igreja. Ajoelhou-se. Durante a oração, disse que o ladrão, o patrão, a mulher desconhecida, o guarda de trânsito e o amigo querido foram usados pelo Diabo. Por isso, perdeu dinheiro, emprego, saúde e amizade.

Um pouco mais aliviado, levantou-se. Sentou no banco. Assistiu ao culto. Depois, voltou para casa. Dormiu tranquilamente, afinal precisava descansar para enfrentar as hostes malignas do dia seguinte.
 
 
(Valdeir Almeida - Veja.com)
 
 
 
 
 
Selma

domingo, 6 de março de 2011

Google Chrome

Essa é uma sugestão do Sr Anônimo que gostou do navegador da Google, e aproveitei o carnaval para estudá-lo. A primeira coisa que testei foi o YouTube, um vídeo de um minuto demora meia hora para descarregar no Internet Explorer, meia hora no Firefox e também leva meia hora no Chrome. Ou seja, não melhora em nada a velocidade de conexão com a Telefônica.

O Firefox tem uma extensão chamada iMacro, que facilita o serviço de consulta do extrato bancário, ele memoriza e digita a agência, aquele número enorme da conta, ele também pode digitar para você a senha, mas eu não aconselho a fazer isso. Já o Chrome tem duas extensões com o nome de iMacro, só que nenhum dos dois funciona!

No portal da Prefeitura de Diadema, tem um serviço no tópico do ISS que você pode escriturar pela Internet. Só que não funciona no Firefox, e muito menos no Chrome. O único que consegue escriturar o livro do ISS na prefeitura de Diadema é o Internet Explorer, notório pela sua mania de travar a toda hora.

A Caixa Econômica Federal é outro bom teste. Se você pegar um micro novo, a Caixa pergunta se você quer cadastrar aquele micro para acessar a sua conta. Caso afirmativo, você entra na rotina do cadastramento do micro, isso no Internet Explorer. O Firefox dispara centenas de avisos, afirmando que aquele site é prejudicial à sua saúde. Hoje testei o Chrome, e a Caixa Econômica Federal pediu para telefonar para a Central de Atendimento. Se é possível acessar a conta corrente no CEF pelo Chrome, isso eu não sei, pois não cheguei a telefonar para lá.

Concluindo: o que o Sr Anônimo deve ter gostado do Chrome é a sua interface gráfica que não tem Menu como acontece nos clássicos navegadores. Para definir uma página como favorito, basta clicar na estrelinha. Para acessar um favorito, você pode defini-lo como uma barra fixa abaixo da barra de endereço, ao invés da tradicional lista, os favoritos aparecem lado a lado. Ou seja, o Chrome é bonitinho. Mas tão ordinário quanto os outros dois.

@frankhosaka

Essa crônica continua no Portal do Android

quinta-feira, 3 de março de 2011

olá,

como diria o Tim Maia, "aquele abraço" em vcs todos, pois acho que ficarei fora vários dias, por causa do feriado da semana que vêm.

Festejem com juízo, é o que desejamos eu e o Contravocê.(hohó!)

Mantenham-se com boa saúde e sempre em segurança.

Obrigada pela atenção que deram aos meus apelos nesses dias, (sobre informática)

Até logo.


Mala Nihil

Ginecologista do século XIX

Ser médico ginecologista no século XIX (no Brasil), não era fácil. Um dos mais sérios obstáculos à realização de um exame completo em pacientes era o acesso ao corpo das mulheres, protegido pelas normas de pudor, religião e decência implantadas crescentemente pela sociedade.

O corpo da mulher era  até então pouco explorado pelos homens, já que cabia às parteiras os prognósticos às cegas no período do pré-natal e o parto. Mais havia situações complicadíssimas onde era necessária a intervenção profissional ou a paciente viria a óbito. A introdução do médico no cuidado à saúde feminina representou, entre outras coisas, a presença de um homem, diferente dos familiares com atribuições de tocar o corpo das mulheres, especialmente as partes consideradas íntimas.

Diante do risco de vida, o marido da enferma acionava o ginecologista que ao chegar à residência e adentrar no quarto do casal, já despertava de maneira disfarçada um ciúme muçulmano, com maneiras gentis. Entretanto, era o marido que fazia o toque nas partes íntimas da esposa por baixo da roupa sob a orientação constrangida do clínico, caso a enferma acusasse dor, ele balançava a cabeça para o desconfiado marido e em seguida receitava o medicamento.

Nos consultórios ginecológicos, as esposas iam sempre acompanhados dos maridos que ficavam na antessala ou entravam juntamente com elas. Até que se instalasse a cumplicidade entre o médico e a mulher, foram usados vários artifícios, como o manequim ou a boneca, nos quais as pacientes apontavam o local da dor ou do incômodo, para evitar apalpações consideradas desnecessárias.

 A mais antiga referência do uso da boneca como intermediária de consulta surge na antiguidade chinesa, cerca de 2.500 anos antes de Cristo, quando uma estatueta de marfim para diagnóstico era levada pelas mulheres ao médico.

Os manuais de medicina do século XIX, orientavam sobre as posições dos clínicos e das pacientes durante uma consulta.



Enquanto a mulher ficava de pé, e olhando para o lado, o clínico se ajoelhava e examinava a paciente introduzindo- lhe a mão por debaixo da saia. A apalpação era feita às cegas, pois o ginecologista não podia observar o local examinado. Para o parto feito por parteiro, foi muito disseminado a “posição inglesa”, com a paciente deitada de lado e o médico às suas costas. Levantava-se a perna da mulher e retirava-se a criança, de modo que parteiro e parturiente não se olhassem. Olhar nos olhos da paciente significava grande intimidade, o que não era recomendado.

Com tantas dificuldades de aproximação, para os problemas femininos mais frequentes existiam as parteiras, os chás e demais remédios caseiros, as rezas e benzeduras, o apelo aos santos, o repouso, os banhos e as dietas especiais.

O curioso de tudo que no início do século XX, com surgimento das ginecologistas femininas, muitas pacientes traziam relatórios escritos em papel almaço para os consultórios. A médica, a sós com sua paciente, funcionava como uma psicóloga cuidando não apenas do corpo, mas também ouvindo seus problemas pessoais, as pacientes esqueciam do horário da consulta passando até horas e causando insatisfação de pacientes que aguardavam lá fora.




(Revista Nossa História nº6/2004)

A porta estreita

Muitas vezes, ao sair do trabalho, tenho o hábito de andar pela cidade pensando no que ainda tenho para fazer.  Sou, dessa forma, uma pessoa distraída. Foi dessa  maneira que uma senhora interceptou meu trajeto e me ofereceu um panfleto onde se lia sobre a porta estreita, a porta larga, os perigos que o carnaval oferece e o endereço de sua Igreja Evangélica e também o horário do culto (seria naquele mesmo dia, às 19 horas). Na longa fila do banco, li todo o texto.  E é sobre ele que reflito abaixo.




Há mais de 2000 anos, quando Jesus esteve presente entre nós,  Jerusalém era cercada por 5 km de muralha para proteção contra os ataques inimigos. Entrava-se em Jerusalém por uma “porta larga” chamada de porta áurea que fechava todo dia ao pôr-do-sol por motivo de segurança. Os retardatários viam-se obrigados a entrar por um buraco existente na muralha que tinha o formato do fundo de uma agulha e por isso era chamada de “porta estreita”.

Provavelmente Jesus criou a parábola da Porta Estreita desses fatos, pois Ele usava os acontecimentos e costumes daquela época para ilustrar suas histórias para que melhor pudéssemos compreendê-lo.

Pela fresta da muralha era preciso que entrasse de um em um e com muita dificuldade, não era possível passar por ela sem antes se despojar da carga e dos pertences que carregavam consigo.

Jesus, presenciando esta cena, dizia que aquele que desejar alcançar a verdadeira felicidade e conquistar o Reino dos Céus terá que se despojar da pesada carga de inferioridade como o egoísmo, a inveja, a desonestidade, a vaidade, a sensualidade, a ambição e tantas outras imperfeições comuns aos seres humanos.


Muitos dizem ser a porta estreita, a que leva ao Reino dos Céus, a verdadeira felicidade. Um caminho de sacrifícios e dificuldades, mas se analisarmos as lições de Jesus veremos que esse caminho pode ser de felicidade, de harmonia e de tranqüilidade, desde que procuremos seguir o maior ensinamento de Jesus “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Esse é o caminho que conduz a redenção espiritual, é estreita porque aquele que deseja transpô-la deve se esforçar a fim de vencer suas más inclinações e poucos são os que se resignam a isso.

Por isso Jesus disse: “muitos são os chamados e poucos os escolhidos”, porque poucos se dispõem a seguir seus ensinamentos, poucos deram ouvidos a Ele.

Muitas portas são abertas para nós nas diversas existências terrenas, umas dão passagem para a vida fácil, atiçando nosso orgulho, nossa vaidade, nossa ambição, etc... Outras dão acesso à verdadeira felicidade através da ajuda ao próximo, desejando a ele o que desejaríamos para nós mesmos, e nós temos o livre arbítrio para escolher entre uma e outra, Deus nos dá a liberdade para passarmos por uma ou outra preparando nossa caminhada.

Não sei o que acontece com o ser humano. Liga-se a TV e as notícias são de filhos matando pais, de crianças sendo assassinadas por motivos fúteis, drogas e outras coisas.  Isso me entristece.

Se o mundo acabar em 2012, realmente será uma boa.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Encantadora 7

O Contravocê (hohó!) me disse que só vai aparecer por aqui para continuar a série artistica dele, entitulada Clássicos, onde ele mostra pinturas do classicismo, da renascença, e onde ele pretende mostrar os pré-modernistas-     me disse que só irá voltar aqui após o carnaval,porque o computador dele entrou em pane, devido a um raio que caiu na casa dele.(eu já falei para ele instalar um pára raios, mas ele nunca me escuta em certas coisas, e sempre insiste em deixar tudo nas mãos "da santinha")

Por enquanto, vou suprir a falta que ele está fazendo,mandando um portfolio antológico a vcs.
As imagens não aumentam, para que cada pintor seja visitado,não é necessário trabalho nenhum além de mover o cursor para cima ou para baixo.
Essa coleção tem só os nomes básicos da arte de todos os tempos, é fácil de ver,e para os muito interessados, a visita deverá demorar umas três horas, se for ao museu inteiro.
Ou uns três meses,para quem ver só um pintor por dia.

Tirem o maior proveito, se encantem muito aqui.       Uma boa tarde a todos.
°
°
Mala Nihil    (o museu está logo abaixo)

http://www.ricci-arte.biz/

Turbilhão 601

Boa tarde, dra Selma.

Mais tarde, ou amanhã- eu tentarei dizer algo sobre o luto.(seu artigo de hoje)

Sempre tive bloqueios pessoais para falar em eventos que fazem sofrer- e há histórias que normalmente, eu preciso "digerir" por meses, para depois conseguir dizer algo a respeito.

Vou comentar sobre a reportagem da Burrice,que eu já li umas três vezes na revista Planeta.

O autor mostrou preconceito contra os elementos sem muita saúde mental.
Mas ninguém pode ser culpado de um Q.I apenas normal.
O Q.I é pouco suscetível a mudanças.
Parte do que ele chama de burrice, é principalmente nossa impossiblidade de pensarmos em várias coisas simultaneamente -enquanto nos ocupamos de uma tarefa.
Se isso fôsse possível acontecer,nossa vida não seria viável.
E em geral,quem é menos inteligente reconhece sim, seu limite, convive mal com isso, adoece por causa do fato, e adoece de tanta ansiedade -  por medo de cometer erros.
A autoconsciência dos pouco espertos e dos pouco competentes, sempre é dolorosa, tanto que muitos desenvolvem transtorno obsessivo compulsivo.

A epidemia de depressão que varre o mundo atual, vêm de uma sensação crescente de inadequação das pessoas.

O fato de alguém fazer algo que não poderia fazer- que não sabe fazer, etc e tal, não quer dizer que essa pessoa realmente se acredita tão capaz assim. Isso significa somente que existe  falsidade no procedimento comum dos cidadãos, que podem se atribuir capacidades exageradas, para a garantia de um emprego.
E uma vez que se ganha um salário,é necessário trabalhar, não importa o quanto a ocupação seja dificil.

Ninguém se lamuria na frente dos outros - se autodifamando,pois isso passa um atestado de fraqueza de caráter.
Mas a verdade,é que muitos dos que fazem coisas que estão além das suas capacidades, entendem que estão fazendo isso,mas não podem evitar a rotina.

Discordo da "posição" do autor do artigo, mas ele foi um relato didático que eu usei num texto aqui nesse blog onde eu contei que os estrangeiros, tem preconceito contra elementos de inteligência mediana- e que mais do que nós brasileiros, são intolerantes contra pessoas limitadas,mesmo que eles saibam que esse limite é fonte de sofrimento para os portadores desse limite.

Ele serviu de "base" para eu discorrer longamente sobre os "caminhos para se aumentar o quociente de inteligência de uma população"- e sobre a necessidade de bons hábitos alimentares e de exercicios fisicos na infância e na adolescência,bem como na necessidade de muitas horas na escola, quando se tem menos de vinte e dois anos.
Esse artigo foi lido mesmo, por gente lá do JD.

Em resumo, se eu encontrasse o autor desse texto pela frente, eu não mais molharia ele com um jato d'água- como eu pensei que faria.(sou mesmo brava)
Eu agradeceria a ele, formalmente, pelas idéias- mas continuaria de cara feia.
E diria para ele que "anta", é a senhora dele.
Talvez, ele me ouviria dizer "santa" e ainda agradeceria de volta.(kkk...)

Enfim, vamos conversando o que podemos sobre a formação  , a necessidade e a manutenção da inteligência.


Mala Nihil

Mais uma pergunta sobre informática aos bons leitores...

...em primeiro lugar,boa tarde a vocês.

Não tenho muita urgência para ser atendida-
mas eu queria perguntar como algum (ou todos) vcs fazem para resolver um problema de tela tremida, e reduzida à metade, na tela do computador.
Pergunto isso, para tentar usar alguma alternativa ao chamamento do técnico,pois estou receando que ele vai dizer que meu monitor tem que ser trocado, algo que sempre envolve despesas.

Eu já resolvi aquele problema da gravação de um link à revelia no cachê da internet- acho que - por fazer a limpeza do disco.

Também, aquela pergunta que fiz ao sr.Hosaka na semana retrasada, sobre como evitar a recuperação de informações apagadas recentemente- eu fiz no google também, e já achei uma resposta.
Precisava dela, porque onde as pessoas jogam "paciência" no orkut, sempre tem o recurso de "restauração da última sessão de navegação".

Agora, desejo arrumar esse problema de tela, pois vcs tem visto- eu quase não estou aparecendo mais.

É difícil ler ou enxergar o que se escreve, com a tela toda tremida.
Antes, esse problema, demorava umas duas horas para começar,mas agora, depois que eu baixei os programas de serviço desse mês, isso está levando uns quinze minutos.
E fica assim todo o tempo.
Andei pesquisando na web, e alguns sites de informática dizem que esse é um problema por que se tem um navegador que não está aguentando mais os programas, e que a I.e 6, por ex, tem que ser trocada pela Ie.7, mas eu também gostaria de ouvir vocês, e - especialmente ao sr.Hosaka, se ele ver esse texto.
Daqui a pouco mesmo, eu vou instalar o I.E 7, naquele pc- claro que não é aquele que estou usando, nesse momento.

Se baixar esse programa resolver, avisarei todo mundo.

É, eu entendo que estou precisando de fazer umas manutenções extras nos meus equipamentos em uso.

Como sempre, já vou agradecendo com antecipação, as orientações que aparecerem-esperando que sirvam para os outros também.

°
º
º
Mala Nihil

Você é burro?


"Duas coisas são infinitas: o universo e a burrice humana. Mas a respeito do universo ainda tenho dúvidas", disse Albert Einstein. Componente inalienável da natureza humana, a burrice é, provavelmente, a força mais perigosa do cosmos.





O que significa ser burro?
 O conceito não tem uma definição teórica indiscutível. Não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras.
Uma definição convincente foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano a outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.”


A burrice tem a peculiar vocação de se traduzir em ações, e por isso mesmo se torna perigosa. Segundo Cipolla, que identificou cinco “leis fundamentais da burrice” até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos inerentes à burrice. E ela é mais perigosa que a crueldade: esta, tendo uma lógica compreensível, pode pelo menos ser prevista e enfrentada. Para começar, pensemos naqueles que, em tempos de Aids, mantêm relações sexuais sem proteção ou nos que não usam um antivírus no próprio computador, expondo a si mesmos e aos outros ao contágio de vírus reais ou virtuais.




A burrice sempre ofereceu cenas e personagens cômicos, como no conto de Andersen A roupa nova do imperador, no qual dois alfaiates mal-intencionados convencem o rei a vestir uma roupa maravilhosa, invisível para as pessoas burras. Era uma armadilha: ninguém queria admitir a própria burrice nem contradizer o soberano afirmando não ver a roupa (que de fato não existia). Só um menino teve a coragem de dizer que o rei estava nu, revelando a trapaça. Mas, atenção: rir da burrice pode deixá-la “simpática” e, portanto, desvalorizada. Se na ficção o estúpido é facilmente reconhecido, na vida real as coisas são diferentes.


A burrice tem três características fundamentais:
1) Ela é inconsciente e recidiva: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem para dar mais força e eficácia à ação devastadora da burrice. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica fossilizada em suas convicções particulares e não sabe mudar. Por isso, como diz o psicólogo italiano Luigi Anolli, “no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável”. O estúpido é levado a repetir os mesmos comportamentos porque não é capaz de entender o estrago que faz e, portanto, não consegue se corrigir.

2) A burrice é contagiosa. As multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as compõem. Isso explica por que populações inteiras (como aconteceu na Alemanha nazista ou na Itália fascista) podem ser facilmente condicionadas a perseguir objetivos insanos, um fenômeno bastante conhecido na psicologia. “O contágio emotivo próprio do grupo diminui a capacidade crítica”, explica Anolli. “Percebe-se a polarização da tomada de decisão: escolhe-se a solução mais simples, que na maioria das vezes é a menos inteligente.”

3) Além da coletividade, há um outro fator que amplifica a burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Por quê? Quando estão no poder, as pessoas muitas vezes são induzidas a pensar que, justamente por ocuparem aquele posto, são melhores, mais capazes, mais inteligentes e mais sábias que o resto da humanidade. Além disso, estão cercadas de aduladores, seguidores e aproveitadores que reforçam o tempo todo essa ilusão. Dessa forma, quem está no governo chega a cometer as mais graves faltas com a aprovação geral.



O PODER – SEJA ELE político, econômico ou burocrático – aumenta o potencial nocivo de uma pessoa burra. Um exemplo extremo é dado no filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick. Nele, um grupo de estúpidos de grau máximo pensa em detonar uma carga explosiva nuclear que levará ao fim do mundo, por uma simples frivolidade.

Por seu lado, o rei Luís 16, no dia 14 de julho de 1789 (a data da Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa), escreveu em seu diário: “Hoje, nada de novo.”
O mesmo obtuso e burro senso de invencibilidade fez o general George Custer supervalorizar suas forças e atacar os índios em Montana (EUA), em 1876. Resultado: centenas de soldados do Exército norte-americano foram massacrados pelos índios sioux e cheyennes no riacho Little Big Horn.

Ou, ainda, levou Napoleão a atacar a Rússia em pleno inverno de 1812: o Exército francês foi dizimado pelo frio e pela exaustão. Sem contar as previsíveis tragédias das guerras do Vietnã e do Iraque de hoje.
Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do que imaginamos. Isso não é, necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada.

A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto-chave para anular a burrice está em reconhecer os próprios erros e se corrigir. Como dizia o escritor francês Paul Valéry: “Há um estúpido dentro de mim. Devo tirar partido de seus erros.”
Como? Um estudo da Universidade de Exeter (Grã-Bretanha), publicado no Journal of Cognitive Neuroscience, identificou uma área do cérebro – no córtex temporal – que é ativada quando está para se repetir um erro já cometido: um sinal de alarme nos impede de recair na mesma situação.
Se na base da burrice existisse uma anomalia localizada, talvez um dia pudéssemos corrigi-la com uma cirurgia. Desde que não caíssemos nas mãos de um cirurgião idiota.

TODOS NÓS ESTAMOS prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais. Fuçando na literatura científica, é possível descobrir que somos um pouco burros, cada qual de um jeito diferente; mas o cérebro funciona de forma a nos esconder essa realidade. E mais: podemos descobrir que, apesar de tudo, é melhor assim.

As estatísticas indicam que 50% dos motoristas não sabem dirigir: um tem dificuldade para estacionar, outro circula a 20 km/h, um terceiro ocupa duas faixas como se a rua fosse dele. Mas quem não sabe dirigir não tem consciência disso, ou desistiria, preferindo o transporte público e aumentando, assim, as próprias (e as alheias) possibilidades de sobrevivência.
 O mesmo exemplo pode ser aplicado às pistas de esqui, ao universo de trabalho, ao campo de futebol e assim por diante.

Quem é suficientemente inteligente para reconhecer que não sabe guiar direito? Se formos a um hospital e entrevistarmos os recém retirados das ferragens de um carro, descobremos que ninguém admite integrar a categoria dos incapazes.
Pesquisas mostram que 80% das pessoas internadas por acidente de carro acreditam pertencer à elite dos motoristas com habilidades superiores à média. E a responsabilidade do acidente? A maioria atribui seus erros à falta de sorte ou a algum idiota que cruzou seu caminho.
E TEM MAIS. Imagine-se agora como um verdadeiro fracassado em um determinado setor – por exemplo, na pintura, na natação, em estatística. E tente imaginar ser suficientemente inteligente para admiti- lo. Não se iluda: também aqui seu lado burro será revelado. “Seu cérebro encontrará um obstáculo, atenuando a importância daquele setor”, explica Cordelia Fine, pesquisadora no Centro de Filosofia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne (Austrália).

“Aquela carência não o incomodará mais”, prossegue ela, “pois seu cérebro tenderá a considerar o desenho, a natação e a estatística como atividades supérfluas”. Assim, é melhor nos contentarmos em admitir que nossas fraquezas são comuns o bastante para fazer parte da falibilidade humana, enquanto nossos pontos fortes são raros e especiais.

Há uma explicação para esse comportamento? “A falência é a principal inimiga do nosso ego e da nossa auto-estima. É por isso que o cérebro, um grande vaidoso, faz o máximo para bloquear o caminho a essa hóspede indesejada”, acrescenta a pesquisadora.

Isso não é uma grande novidade, visto que no frontão do templo de Delfos, na Grécia, estava escrito: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” Mas o autoconhecimento não é tão fácil: a idéia de quem somos varia de acordo com as necessidades.
Em 1989, Rasyid Sanitioso e Ziva Kunda, na época psicólogos na Universidade de Princeton (EUA), mostraram a alguns jovens pesquisadores falsos estudos que documentavam um maior sucesso das pessoas extrovertidas. A outros deram pesquisas que premiavam os introvertidos. Pois bem: os estudantes se identificavam com qualquer dos traços de personalidade apresentados como passaporte para o sucesso...

VÁRIAS ESCOLHAS absurdas são feitas de maneira  burra, sem uma avaliação dos prós e contras, dados e estatísticas reais.
Casar-se, por exemplo, é uma decisão que implica um vínculo para toda a vida. Quem, cruzando as portas da igreja ou do cartório, tem a perfeita consciência de que, segundo as estatísticas, o casamento tem 50% de chance de dar errado?
No momento do “sim”, só sabem disso os pais dos noivos, os avós, os amigos, parentes e até mesmo o padre e o juiz. Os interessados diretos demonstram uma obstinação cega, perfeitamente convencidos de que sua união será uma exceção a todas as regras. Até porque, se não estivessem seguros, a continuidade da raça humana dependeria da péssima eficácia dos contraceptivos e o Homo Sapiens poderia já estar extinto.

E a capacidade de admitir nossos erros de avaliação? Quase inexistente: estamos atados a nossas convicções como se elas fossem coletes salva-vidas. O que pedimos ao mundo não são novos desafios a nossas ideologias políticas e sociais. Preferimos amigos, livros e jornais que compartilham e confirmam nossos iluminados valores. Mas, cercando-nos de pessoas oportunistas, reduzimos a chance de que nossas opiniões sejam questionadas.

Também nos vários setores da pesquisa, a burrice se apresenta pontualmente: os envolvidos tendem a considerar um estudo sério e convincente quando os resultados coincidem com seu ponto de vista; ou julgamno ultrapassado e cheio de defeitos quando vão de encontro a suas expectativas. Esse fator explica por que muitas vezes é inútil tentar demover um obstinado de manter idéias claramente erradas.

Todas as vezes que nosso cérebro pensa no futuro, tende a produzir previsões otimistas. Por exemplo: estamos sempre certos de que nosso time do coração vai ganhar o jogo, embora haja outra possibilidade. As previsões “autocelebrativas” também acontecem nas bancas de apostas, nos cassinos e nas loterias, nas quais as pessoas desperdiçam dinheiro porque a capacidade de julgamento fica dominada pelo desejo de vencer. Qual é a razão desse estúpido otimismo do cérebro? Ele nos protege contra as verdades

desconfortáveis.
HÁ PESSOAS QUE chegam incrivelmente perto da verdade sobre si mesmas e a respeito do mundo. Elas têm uma percepção equilibrada, são imparciais quando se trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro. Testemunhas vivas do quanto é arriscado conhecer a si mesmas, elas são, para muitos psicólogos, pessoas clinicamente depressivas. Martin Seligman, docente de psicologia na Universidade da Pensilvânia (EUA), demonstrou que o chamado “estilo explicativo” pessimista é comum entre os deprimidos: quando fracassam, assumem toda a culpa, consideram-se burros, péssimos em tudo e se convencem de que essa situação vai durar para sempre.

E quais são os resultados de tanta (às vezes excessiva) honestidade intelectual? Deborah Danner, pesquisadora da Universidade de Kentucky (EUA), examinou os efeitos da longevidade em 180 noviças norte-americanas, otimistas e pessimistas. Quanto mais otimistas se mostravam as religiosas, mais tempo viviam. As mais joviais viveram em média uma década além das pessimistas. É claro que ser realistas e ao mesmo tempo serenos e otimistas seria o ideal; mas não há dúvida de que às vezes um pouco de burrice faz bem.


 (Revista Planeta  432)




Selma


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário