quinta-feira, 20 de junho de 2013

blog da Selma 18



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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O doce veneno do açúcar

Quando a disponibilidade(facilidade de compra)  do açúcar excede de 10 a 15 kg por pessoa/ano, ocorre aumento do índice de cárie.  Ou seja, a sacarose ( o açúcar de cana) é o açúcar mais cariogênico que existe.

A quantidade de sacarose compatível com uma boa saúde bucal (dental) seria de no máximo 15kg/pessoa/ano, ou mais exatamente 40g/pessoa/dia em regiões beneficiadas com o flúor na água. E 10 kg/pessoa/ano (30g/pessoa/dia) em regiões não beneficiadas com o flúor na água.


Uma latinha de 300ml de Coca-Cola possui 39 gramas de açúcar!

Importante lembrar que o excesso de sacarose também pode causar o aumento de peso (obesidade) e diabetes.

Provavelmente o consumo de açúcar é maior nas camadas de baixa renda, visto que são os que apresentam altos níveis de cárie.
Infelizmente é enorme o investimento em propagandas que incentivam o consumo do açúcar na TV: refrigerantes, sorvetes, bolachas, confeitos, etc. E praticamente zero investimento em informações sobre o malefício do açúcar na saúde bucal.

Vivemos numa época em que se valoriza a beleza  física. Mas os apelos televisivos são para que sejam consumidos produtos que nem sempre colaboram para a construção dessa beleza. Alguém já parou para pensar se mulher que bebe cerveja todo dia no happy hour  tem corpinho de sereia, dentes branquinhos, gengivas saudáveis e hálitos gostoso?


A doença cárie (sim, é doença pois é transmissível) é a principal causa da perda dentária da população mundial.
Vejam bem:
- Aos 17 anos, 80% dos jovens já tiveram uma lesão cariosa cavitada;
- Aos 40 anos mais de 2/3 dos adultos perderam pelo menos um dente permanente.


O risco de cárie na dentição permanente é maior se na dentição de leite já havia cárie!

Além do açúcar, outros fatores contribuem para a formação da cárie, principalmente se forem associados ao alto consumo de açúcar.
  1. deficiências físicas e mentais (dificultam escovação)
  2. presença de restaurações ou próteses mal feitas (acúmulo de alimentos)
  3. saliva (pouca saliva aumenta índice de cáries)
  4. medicamentos (pode diminuir produção de saliva)
a)hipnóticos
b)tranquilizantes
    Diazepam/Bromazepam/Lorazepam
c)antidepressivos
     Fluoxetina
d)antiepiléticos
     Carbamazepina
e)anticolinérgicos
f)agentes beta bloqueadores adrenérgicos
   aliprolol
g)analgésicos opiáceos
   tramadol
h)anti-histamínicos



Quando se ingere muito açúcar, o pH da saliva torna-se ácido causando a desmineralização da superfície dentária. Claro que esse ciclo é interrompido se  houver a escovação dos dentes, o que alterará o pH da saliva. No creme dental há o fluoreto, que ajuda na capacidade da remineralização do dente através da saliva.




Cuide-se.
Não é preciso abster-se do açúcar. É necessário ter em mente os procedimentos de higiene bucal, consciência da alimentação e viver a vida onde se devem acrescentar exercícios físicos diários.




(Selma)

Por que o Adilson não é feliz?

por Vera Ghimel - veraghimel@oi.com.br


Primeiro, devemos entender o significado da palavra feliz. Muitas pessoas acham que ser feliz é entrar no universo daquilo que foi pré-estabelecido pela sociedade dominante. No Brasil, parece que é alcançar um posto profissional invejável, ter um carro do ano que desperte admiração, se vestir com roupas aceitas pelas regras de um determinado grupo que a pessoa frequente, ir a lugares caros onde será visto e reconhecido por amigos comuns, viajar a locais da moda, e mais uma vasta quantidade de pré-quesitos sociais de sucesso e aparência para se sentir aceito e aprovado. Que tormento!

Já atendi muita gente que cumpriu essa extensa lista de afazeres e continua infeliz. O dinheiro nos traz comodidades, mas se for o objeto de nosso desejo, trará servidão e medo, basta visitar as manchetes dos jornais nos últimos meses. A pessoa que passa boa parte do seu tempo tomando conta da “bolsa”, do “dólar”, da “onça”, pensa que está vivendo, até infartar ou se matar.

Estou falando de bem-estar interno. De se gostar e se aceitar plenamente antes de se aventurar às mudanças de vida. Não para perseguir um sonho que é mais uma satisfação social do que uma agradável jornada. Não é para fazer feliz papai, mamãe, amigo, etc. É para se sentir feliz com você.

Nossa história pessoal é apenas parte de nós. Quando nos olhamos num espelho, temos que transcender a nossa porta de apresentação pessoal (aparência, currículo etc). Somos maiores do que isso, basta não permitir o EGO tomar conta de tudo. Ele faz com que nos vejamos limitados, medíocres, presos. Não é preciso desconstruí-lo, pois ele também é importante para a devida auto-avaliação. Não se pode é dar poder a ele. É como se numa empresa de grande porte, chamassem o faxineiro para decidir sobre os rumos da instituição. Cada um faz bem o que se propõe fazer. O EGO é um subalterno numa macroestrutura que devemos entregar para quem entende. Se formos deixar para ele as nossas grandes decisões, estaremos fadados não só ao insucesso como as más escolhas. O grande diretor presidente de nossa estrutura é o nosso EU SUPERIOR que está “ali” pertinho de DEUS. Quando não temos direção, o melhor a fazer é parar, esvaziar a cabeça e submeter a apreciação d´ELE.

A pergunta é: o que eu estou repetindo que ainda não entendi o porquê? Quando começou o que eu estou insistindo em fazer e para que propósito, o que está me ensinando? Uma vez aprendida a lição extraída dessas perguntas, a vida tratará, espontaneamente, de trazer as soluções.

Somos seres duais, vivendo experiências que precisam ser aprendidas. Não é necessário ficar julgando se fez ou não o que deveria, pois o que foi feito era o possível na hora. Livre-se da culpa, pois além de engessar, não traz nada de inteligente em nossa vida. Pare de perseguir modelos que não são seus. Você é único, portanto fará do seu jeito. Deixe as emoções fluírem, pois elas represadas quando saem, são perigosas. Não fique preocupado com o que os outros pensarão de você, pois não viemos aqui para sermos avaliados por ninguém, isso é outra cilada.

Ser livre é ter certeza que a sua vida está sendo dirigida pelo melhor pra você. É poder ver o que aconteceu de trágico ou de bom e dali extrair o que podemos aprender sobre isso. Nenhum acontecimento é em vão. Tudo está encadeado como numa trama de novela que dará um resultado. Tenha paciência e não queira ver logo o último capítulo. Não fique pensando que nada tem solução, isso é a sua voz interna (arquétipo) que está ali para te boicotar. Quando ela aparecer, converse com ela e faça algumas perguntas tais como o que ela quer dizer com aquilo, de onde surgiu tal história, o que você precisa saber mais sobre isso, até que essa voz não tenha mais função e se transforme num aliado. Aceite seu lado sombrio ou aquele do qual você não gostaria de expor ou mesmo lembrar. Lembre-se que tudo faz parte do nosso todo e quanto mais você aceitar aquilo que te envergonha, mais rápido se transforma em algo produtivo.

A nossa vida é uma série de acontecimentos que se forem compreendidos (sem julgamento) após os sentimentos externados, podemos construir algo verdadeiro e só nosso, com o nosso jeito e entusiasmo. Não fique preso no seu drama. Ele apenas serviu para te construir. Você é mais do que sua história. Aceite a sua grandeza. Isso sim é ser feliz!

http://www.stum.com.br/clube/artigos.asp?id=17863 (Frank)

A Internet está destruindo o capitalismo

CAROLINA MARCELINO
Ineficiente, ineficaz e, em alguns casos, irritante. O atendimento ao cliente via chat (conversa em tempo real pela internet, também conhecida como bate-papo) deveria facilitar a vida dos consumidores, mas apresenta problemas tão preocupantes quanto os dos famosos SAC (serviço de atendimento ao cliente) por telefone.
A empresa NeoAssist, especializada em soluções de atendimento, realizou uma consulta com várias empresas brasileiras e apontou as principais reclamações dos clientes com os chats: falha no primeiro atendimento — o consumidor fica online, mas não recebe resposta; atendimento online passa a offline — o atendente pede que o cliente ligue para o telefone do SAC; impossibilidade de esclarecer dúvidas fora do horário comercial; demora para obter respostas — isso quando o cliente consegue obtê-las; e um mesmo funcionário atendendo a mais de um cliente por vez, demonstrando falta de comprometimento das empresas em resolver as questões.
O comerciante Antonio Guilherme de Souza Santos, de 59 anos, é cliente do site Mercado Livre, de leilão e intermediação de negócios, há nove anos, mas está insatisfeito. “O site não tinha canal de atendimento. Agora criou um chat, mas que nunca funcionou. Pelo menos, não comigo.”

Leia mais no Jornal da Tarde (Frank)

sábado, 9 de julho de 2011

A Internet está destruindo o planeta

Por Leandro Costa

Um estudo recente feito por um órgão de pesquisas da França e publicado pelo jornal El País, deu conta do tamanho do impacto ambiental causado por três ferramentas emblemáticas: e-mail, buscas na internet e transmissão de dados via conexão USB.

O modo como os cálculos foram feitos pode até ser debatido, porém, o estudo leva a uma reflexão a respeito de atividades que são vistas como limpas, ou seja, que não causam nenhum tipo de impacto ao meio ambiente.


E-mail. De acordo com dados de 2009, a população mundial envia por dia cerca de 247 bilhões de e-mails. Projeções indicam que dentro de três anos esse número deve saltar para 507 bilhões. Somente na França, um empregado de uma empresa com 100 funcionários recebe em média 58 mensagens por dia, e envia outras 33.

Para calcular o impacto ambiental o estudo considera que enviando essa quantidade de e-mails (e também estabelecendo uma média de tamanho de um megabyte para cada mensagem), cada pessoa emite, por ano, 136 quilos de CO2.

O cálculo baseia-se no consumo de energia dos computadores para enviar as mensagens e também dos bancos de dados pra gerenciar esse processo. De acordo com a pesquisa, reduzindo-se em 10% o volume de e-mails enviados e recebidos em uma empresa de 100 funcionários resulta na não emissão de uma tonelada do gás na atmosfera.

Buscas. Para calcular o as emissões causadas pelas pesquisas na internet o estudo atribui uma média 949 buscas realizadas anualmente por internauta. O que contribui para a poluição nesse caso são os servidores, que gastam grande quantidade de energia elétrica para atender a essas demandas. O estudo calcula então que cada pessoas emita quase 10 quilos de CO2 por ano só com buscas.

Como possibilidade para redução dessas emissões o estudo aponta um melhor uso da ferramenta ‘favoritos’ e a realização de buscas com o uso de palavras chave mais precisas. De acordo com o relatório, essas medias podem reduzir as emissões para menos de cinco quilos de CO2 no ano, por pessoa.

USB.Para as emissões causadas pela transmissão de dados via dispositivos USB toma por base um documento de texto com 200 páginas, transmitido de um drive USB de 512 megabytes.

Considerando que o tempo médio de leitura de uma pessoa para cada página seja de três minutos, cada 100 que lerem o documento por completo causarão a emissão de 80 quilos de CO2.

O Estado de S Paulo (Frank)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quantos sonhos valem o Adilson?

A Selma sonhou que estava no Faustão, no quadro "Não menos que 30 segundos", e disse que iria ler um dos comentários do Adilson, e quando terminou de ler, eis que o silêncio tomou conta do cenário, não havia nenhum sorriso, nenhuma vaia, a Selma sentia que o seu espírito se tornara um amontado de pó que nunca existiu.

Se José estivesse vivo na era contemporânea, interpretaria o sonho assim: o Faustão é o Blog que a Selma criou e o Adilson representa todas as vacas que vão levar o Blog para o brejo, nos próximos sete anos.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br (11)8199-7091 Diadema-SP

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Ciência dos Sonhos

“Eu acordei com uma música maravilhosa na minha cabeça. Fui até o piano e comecei a achar as notas. Tudo seguiu uma ordem lógica. Gostei muito da melodia, mas, como havia sonhado com ela, não podia acreditar que tinha escrito aquilo. Foi a coisa mais mágica do mundo."

É dessa maneira que Paul McCartney explica a criação de "Yesterday", 45 anos atrás. A canção até hoje figura no livro Guinness dos Recordes como a música que ganhou o maior número de versões cover na história, por volta de 3 mil.
Deixando um pouco de lado a necessária dose de genialidade para a composição de um clássico dessa magnitude, sobram questionamentos sobre se o que aconteceu com o sonho do Beatle foi uma obra do acaso, uma predisposição genética ou uma técnica que pode ser decifrada e difundida. E hoje, como nunca antes, os cientistas se debruçam sobre os meandros do que acontece conosco enquanto dormimos, tentando descobrir seu mistério e, quem sabe, ajudar algum compositor dorminhoco a escrever uma nova "Yesterday".

É fato que os sonhos sempre intrigaram e foram objeto de estudo, mas o que está acontecendo agora é que eles estão sendo levados mais a sério por neurologistas, psicanalistas e biólogos. Enquanto a biologia procura explicar quais são as estruturas cerebrais envolvidas, a psicanálise se põe a investigar seu conteúdo. Da união dessas duas disciplinas nasceu a neuropsicanálise, uma tentativa de entender os aspectos físicos e psíquicos do sonho.

Nos últimos 50 anos, apesar de a ciência entender cada vez mais como nosso cérebro funciona quando estamos dormindo, os sonhos foram tratados como um subproduto do sono. Em 1983, o britânico Francis Crick, famoso por descobrir a estrutura do DNA, e seu colega Graeme Mitchison publicaram um trabalho afirmando que os sonhos funcionavam como uma espécie de lixeira virtual, descartando todas as memórias "inúteis" acumuladas durante o dia. Era o ápice da negação aos estudos do austríaco Sigmund Freud (1856-1939) - pai da psicanálise e autor de livros como A Interpretação dos Sonhos -, que ocorria desde o começo da década de 50.
Os estudos que vêm sendo publicados desde a virada do milênio e os novos livros programados para chegar às prateleiras neste ano reabilitam os pensamentos de Freud. Para ele, as imagens durante o sono simulavam nossos desejos e nos protegiam contra a dor e os traumas passados. Essas pesquisas também defendem a utilidade dos sonhos em ajudar a resolver problemas do cotidiano e organizar ideias, como aconteceu com McCartney.


FREUD ESTAVA CERTO?

Na avaliação de Carey Morewedge, professor assistente do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Carnegie Mellon, EUA, a verdade sobre os sonhos se encontra em uma intersecção das três teorias predominantes sobre eles: a freudiana; a de que sonhos servem para consolidar memórias e aprendizado; e a crença de que suas imagens são totalmente aleatórias. "É provável que haja um pouco de verdade em cada uma delas", diz.
"Freud acertou no que viu e no que não viu. A gente cada vez mais resgata a obra dele", afirma o brasiliense Sidarta Ribeiro, Ph.D. em neurobiologia, doutor em neurociências pela Universidade Rockefeller com pós-doutorado pela Universidade Duke, EUA, e idealizador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IINN), ao lado de Miguel Nicolelis, doutor em neurofisiologia pela USP, professor de neurobiologia na Duke e cotado ao prêmio Nobel de Medicina deste ano.

A dupla defende que os sonhos têm relação direta com o nosso dia a dia. "Eles estão ligados de uma maneira forte com aquilo que está acontecendo ao sonhador. Um exemplo: a gente sabe que pessoas que estão experimentando uma crise no casamento sonham bastante com isso", afirma Sidarta.
Luciano Ribeiro Pinto Júnior, neurologista e pesquisador da disciplina de medicina e biologia do sono da Unifesp, concorda. "Você sonha com coisas que viveu durante o dia. Imagine uma pessoa que encontrou um conhecido e sonhou com um contato sexual com essa pessoa. Juntou um desejo, uma emoção, a uma memória. A pessoa em questão pode representar alguma coisa ou ser só um instrumento para realizar o desejo."

A relação entre sonhos e o sexo é tema do livro Sex Dreams and Symbols: Interpreting Your Subconscious Desires (Sonhos sexuais e símbolos: interpretando seus desejos subconscientes), da psicóloga Pam Spurr. O título, lançado em janeiro, faz parte do boom editorial a respeito do assunto. Nos próximos dois meses, serão publicados três importantes obras somente nos EUA. Nenhuma delas têm previsão de chegar ao Brasil.


VESTIBULAR

Há pelo menos duas pesquisas nessa linha sob a supervisão de Sidarta. A primeira, conduzida por Rafael Scott, aluno do neurocientista e mestrando em psicobiologia, levantou o conteúdo dos sonhos de 94 estudantes que tentavam uma vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Desse grupo, 27 vestibulandos entraram: 16 sonharam com a prova, 11, não. Entre as explicações levantadas por Scott para o resultado, a principal é que o sonho sinaliza a importância da prova para a sobrevivência social do aluno por meio do sistema de recompensa do cérebro. "Houve até quem sonhasse com a festa da aprovação."
Outro experimento também realizado por um aluno, André Pantoja, mobilizou 22 pessoas que jogam o violento game Doom. O objetivo do título é matar monstros usando armas capazes de explodir os adversários. Novamente, quem sonhou com o jogo obteve melhores resultados. "Nossa conclusão preliminar é que existe uma correlação entre a melhoria no desempenho e a intensidade do sonho relacionado ao jogo", diz Sidarta. Ou seja, sonhar dormindo aumenta as chances de realizá-los quando estamos acordados.

A relação não acontece por acaso. O especialista tem proposto nos últimos anos que a única maneira para entender a função dos sonhos é estudá-los quando os seres humanos estão diante de situações semelhantes àquelas vividas pelos nossos ancestrais. "O Doom e o vestibular são tentativas de estudar o sonho em um contexto de alto estresse. Os sonhos na vida contemporânea não revelam sua função porque a gente não enfrenta os problemas de 10 mil anos atrás. Se eu estiver com fome, vou a um restaurante. Para ter onde morar, basta possuir dinheiro para o aluguel."
Isso também explicaria os sonhos que não fazem nenhum sentido. Sem grandes problemas para resolver, o homem moderno tece uma colcha com pedaços de memória do cotidiano. Sem precisar lutar por comida ou abrigo, os sonhos modernos perdem sentido.


(clique na imagem para ampliá-la)


POR QUE SONHAMOS?

A resposta à pergunta acima continua desconhecida. Mas entre os vários motivos já especulados pelas recentes pesquisas está a regulação de emoções e fatos aos quais damos importância, minimizando os sentimentos perturbadores. Outro é selecionar e armazenar informações na memória de longo prazo, formando uma rede de experiências relacionadas que podem ser úteis no futuro.
Não foram apenas os Beatles que se beneficiaram com isso. A tabela periódica, segundo relato de seu inventor, o químico russo Dmitri Mendeleev (1834-1907), surgiu durante um sonho. Mágica? Não, provavelmente durante o sono o cérebro do químico organizou várias informações com as quais vinha trabalhando.
Talvez essa aparente "função treino" esteja relacionada com a importância das imagens mentais para a memória e o aprendizado. Segundo escreveu Jonathan Winson, professor da Universidade Rockefeller, EUA, falecido no ano passado, os estudos sobre a função do hipocampo, do sono REM e de uma onda cerebral chamada "ritmo teta" mostram que os sonhos são o reflexo de um aspecto fundamental do processamento da memória. Esse mecanismo ajuda a transferirmos informação da memória de curto prazo para a de longo prazo. Na prática, a função teria um caráter evolutivo: avaliar as experiências e estratégias de sobrevivência, melhorando nossas performances em diversos aspectos da vida.

Luciano Ribeiro Pinto Júnior acredita que não há um motivo específico pelo qual sonhamos. "Tudo é fruto da atividade cerebral." Segundo o neurologista, há estudos que comprovam a ligação entre o sono REM, o sonho e a memória, mas isso está se ampliando, já que pesquisas mostram que em outras fases também há mecanismos ligados ao armazenamento de informação. "O sono REM é importante para a memória, o aprendizado e a atividade mental. O sonho é consequência disso", diz.

A HORA DO PESADELO


Os mecanismos que desencadeiam os pesadelos se parecem com os dos sonhos. Ativam as mesmas áreas do cérebro, mas acionam circuitos diferentes. Uma pesquisa da Universidade de San José, na Califórnia, sugere que o estresse tem um papel importante nesse processo. Além disso, afirmam que os sonhos ruins possuem uma função benéfica.
Os pesquisadores dividiram os entrevistados em três grupos, de acordo com a frequência e intensidade de seus pesadelos, e avaliaram cada um em relação a fatores de estresse presentes no dia a dia. O resultado foi que aqueles que tinham mais pesadelos conseguiam lidar melhor com as dificuldades diárias, sugerindo que esse tipo de experiência proporciona mais jogo de cintura na hora de encarar os problemas.
Para Rosalind, os pesadelos ocorrem quando sentimos alguma emoção muito intensa, inesperada ou desafiante, sem nenhuma situação correspondente ou similar na memória de longo prazo para ajudar a processar aquela informação. "Isso chama a atenção da mente consciente para um grande problema a ser resolvido", afirma.

Um trabalho liderado pela professora avaliou os sonhos de pessoas com diagnóstico de depressão. Aqueles que tiveram mais pesadelos no início do sono tinham uma probabilidade maior de estarem com os sintomas da doença controlados depois de um ano, em comparação com os que tiveram mais sonhos negativos no final da noite. Para ela, isso indica que os pesadelos que ocorrem no início do sono estão prestando esse serviço de regulação do humor e alívio do estresse, enquanto que o pesadelo tardio pode indicar uma falha nesse processo.

Mas, é claro, sonhar é melhor que ter pesadelos. Em outro estudo, Rosalind realizou testes com pessoas que estavam se divorciando. Aqueles que tiveram mais sonhos positivos com o ex-cônjuge eram também os que estavam lidando melhor com o estresse da separação, sinal de que a qualidade do sono pode ser um reflexo do estado de espírito da pessoa ou uma maneira de "calibrar" a relação.

(clique na imagem para ampliá-la)

Geralmente é quando os eventos do dia causam uma ansiedade ou excitamento emocional que os sonhos nos mostram como nós estamos refletindo sobre tais questões. "Não quer dizer que temos que prestar atenção ao significado do sonho ao acordar. Eles cumprem sua função quer prestemos atenção neles ou não", diz Cartwright. Ou seja, mesmo que você não ligue muito para o que acontece durante o sonho, eles estão trabalhando duro para colocar seus pensamentos em ordem.
Ainda de acordo com Cartwright, aplicar na vida real o que acontece quando se está dormindo depende de entender os seus próprios sonhos. Essa linguagem não tem nada a ver com dicionários de simbologia, daqueles que associam sonhar que perdeu um dente com a morte de um conhecido e que uma cobra é sinônimo de traição.
Esse entendimento é pessoal, baseado em um sistema de códigos individual, formado pelas experiências de vida de cada um. Aí cabe a você analisar seus medos, desejos, decepções, e tentar adaptá-los ao que sonhou na noite passada. No processo, quem sabe, pode vir à luz mais um clássico da canção ocidental. Se isso não acontecer, é no mínimo reconfortante saber que a ciência está caminhando para desvendar o modo como a cabeça de Paul McCartney funcionou naquela manhã de 1964. Para os cientistas, o sonho não acabou.



Baseado em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG86898-7855-214-7,00-A+CIENCIA+DO+SONHO.html



(Selma)

O significado dos sonhos

Essa noite tive um sonho estranhíssimo.
Sonhei que não existia. Por mais que andasse pelas ruas e pela cidade, um sentimento horrível me acompanhava: o da não existência.

Logo depois sonhei que estava no programa do Faustão (imaginem!) recebendo uma homenagem... Um prêmio, ou sei là o quê...

Acho que preciso de férias...



(Selma)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Sexo dos Espíritos

Livro dos espíritos
(capítulo IV da segunda parte)
Segunda parte do capítulo
DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
SEXOS DOS ESPÍRITOS

“Os Espíritos têm sexos mas não como entendemos, pois os sexos dependem da organização, existindo amor e simpatia entre os Espíritos, mas fundamentados na concordância dos sentimentos. Veja que o sexo entre os Espíritos não pode ser como e entendemos, pois o Espírito que em uma encarnação anima um corpo feminino, em outra encarnação pode animar um corpo masculino. Vale ainda salientar que, para o Espírito não importa o corpo que irá animar, seja masculino ou feminino, o que importa são as provas que terá que submeter-se.
Diz-nos Kardec que os Espíritos não tendo sexo, podem encarnar no corpo, masculino ou feminino. O que melhor permita progredir mais e mais rápido em todos os aspectos, seja sexual ou moral ou social. Cada sexo ou posição social lhes oferece oportunidades de progredirem através de provações ou deveres especiais e assim vão ganhando experiência. Os que encarnassem apenas como homens só saberiam o que sabem os homens, e com isso o conhecimento completo estaria prejudicado.”


Quando se diz que o espírito não tem sexo, entende-se que ele não necessita do uso dos aparelhos genitais para o fim de procriação. Não há o sexo da forma como o entendemos.
Entre nós encarnados é diferente, porque foi desta maneira que Deus permitiu que houvesse a sequência da vida e a possibilidade de reencarnação.
Aprendemos que ao desencarnar o espírito conserva normalmente a característica de sua última vida encarnado, ou seja se foi homem, manter-se-á como um homem em espírito, mas essa condição de masculino ou feminino para que possa evoluir enquanto nestes mundos materiais, se findará quando ele chegar ao ponto de uma evolução onde o masculino e o feminino se fundirão numa só coisa, num só estado espiritual.
 
Sabemos entretanto que as sensações do sexo e os sentimentos que ele proporciona, fica ainda muito impregnado nos espíritos errantes. Apesar do sexo, isso de se manter relações, só existirem nos encarnados, sabemos entretanto que há espíritos desencarnados que de uma forma diferente, buscam se saciar pelo sexo.

Alan Kardec no Livro dos Espíritos deixou a resposta do Espírito da Verdade quanto ao sexo dos Espíritos.

 Disse: Os espíritos encarnam-se homem ou mulher porque eles não têm sexo. Como devem progredir em tudo, em cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiências. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens. Está escrito logo acima.
 
Existem locais na espiritualidade onde se encontram espíritos que estão tão envolvidos com os problemas do sexo que         possuem por isto o perispírito totalmente deformado. São espíritos que na Terra, abusaram tanto do sexo e dos vícios aberrantes que continuam depois da morte com os mesmos hábitos e isso atrapalha muito a sua caminhada.
Esses espíritos acabam vivendo nos bordéis aqui da terra, usufruindo das práticas sexuais juntamente com os terrenos. Eles sugam a energia negativa que acontece nestes locais onde o sexo é feito pelo lado mais desumano e não o sexo do amor, então eles ao estarem juntos do casal que faz o sexo, sugam o prazer através da energia e se saciam.
 
Esta é uma maneira de entender que o sexo continua mas não da maneira como acontece na Terra e sim pelas sensações, mas isso só acontece em determinados locais talvez do Umbral porque nas cidades espirituais acima do Umbral, o sexo e esses sentimentos são tratados de outra forma.
 
André Luiz, através de obra escrita por Chico Xavier fala até da existência de uma instituição destinada a socorrer espíritos desencarnados de todas as idades e sexo, que necessitam de uma reeducação sexual. Lá os que são recolhidos estudam o sexo em todos os sentidos, o sexo e o amor, o sexo e o matrimonio, sexo e maternidade, sexo e estímulo, sexo e equilíbrio, sexo e medicina, sexo e evolução, enfim o sexo em relação a diversos setores.
 
Claro que por essa informação, entendemos que a problemática do sexo continua em espírito. Continua a atração sexual, os ciúmes e outros sentimentos bem intensos, mas não há o contato como existe aqui, a relação sexual propriamente dita. Obviamente isso acontece com espíritos não evoluídos.
 
O que na verdade acontece, é união de espíritos visando um planejamento para o reencarne, por isto existem a união das almas ou mesmo a reaproximação delas porque viveram assim casados aqui na Terra, poderão sim continuar do lado de lá, mas atraídos pelo amor e a vontade de progredirem, assim é o normal lá. Até é possível um casal receber um irmão como filho lá no mundo espiritual e assim é formado um grupo ou se quiserem, uma família espiritual.
 
 
 
Vamos agora tentar passar a falar sobre o problema do sexo em nós mesmo, espíritos encarnados. Lamento, mas todos sabem os seus problemas com relação ao sexo. Uns tem o sexo como algo de amor.  Muitos entendem como algo que vai além disto e querem como prazer, para saciar instintos animais. Isso é comum e nós temos muito disto... Notícias de estupros e pedofilia temos todos os dias na TV.
 
 
Isso é um sério desequilíbrio. 
 
Doenças venéreas inclusive a Aids, apareceram no mundo como uma forma de condicionamento moral. Acredita-se que a AIDS (o vírus da AIDS) surgiu de uma mutação genética devido ao sexo do homem com animais, na Àfrica subsaariana . Região muçulmana, onde o sexo é pecado. Onde então os homens irão saciar a sede de sexo? Com os pobres macacos!

Hoje em dia cresce assustadoramente o câncer bucal provocado pelo sexo oral sem proteção, feito com qualquer parceiro e com um grande número de parceiros contaminados com o HPV. 
Se o sexo fosse praticado apenas com amor, os vírus e bactérias não se alastrariam com tanta rapidez.

Bem, mas estou fugindo do assunto. Eu queria era falar do sexo no mundo espiritual, que o Adilson possui enorme curiosidade. Não sei o porquê, visto que ele acredita que vai virar pó depois da morte e nem vai precisar pensar nisso. 




(Selma)

terça-feira, 5 de julho de 2011

O que é a loucura?

Vincent Van Gogh (1853-1890)

O famoso pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), durante seu breve período de vida, sofria de crises de instabilidade de seu humor. Diversos historiadores afirmam que Van Gogh sofria "ataques epilépticos" o que para alguns seria o resultado do uso frequente de bebidas contendo absinto (Artemisia absinthium), substância que era utilizada para modificar a atividade cerebral e assim "estimular" atividades artísticas.

Houve diversas tentativas de estabelecer um diagnóstico de certeza para a doença de Vincent Van Gogh, o que tentou-se fazer através da análise de seus escritos. Atualmente, o mais aceito dos prováveis diagnósticos atribuídos a Vincent Van Gogh é o Transtorno do Humor Bipolar, levando-se em consideração os estados depressivos por que passava, alternados de episódios eufóricos (ou maníacos) que lhe faziam mergulhar em um estado de humor de grande energia e paixão. Van Gogh cometeu suicídio aos 37 anos de idade.


Por que Van Gogh cortou a orelha e depois pintou a si próprio com o curativo na orelha? Pintura essa que fez olhando no espelho.


Van Gogh cortou a orelha por causa do irmão ou  melhor, do casamento do irmão.  Dizem que o artista teria cortado a própria orelha assim que descobriu que o irmão Théo (de quem dependia financeiramente) ia casar.
Os motivos da auto-mutilação do pintor são tema de especulação no mundo artístico há décadas. Van Gogh cortou  o lóbulo  da orelha esquerda no dia 23 de Dezembro de 1888. Depois mandou embrulhado em um pedaço de papel para uma prostituta de Arles (Holanda) com um bilhetinho: “Guarde com cuidado”.


Entre as possíveis motivações já citadas para o ato está uma disputa com o pintor Paul Gauguin sobre uma prostituta chamada Rachel e um acesso de loucura causado pelo envenenamento com chumbo, metal pesado presente nas tintas.

Em um artigo no periódico britânico “The Art Newspaper”, Bailey diz que “Vincent tinha medo de perder o apoio financeiro e emocional do irmão”. Segundo o site do jornal britânico “The Times”, o acadêmico estudou o quadro “Natureza morta com cebolas e prancha de desenho”, concluído por van Gogh um mês após o incidente com a orelha do artista.

Bailey prestou atenção em uma carta representada na tela , com detalhes como o número “67”, impresso em cera no envelope. O acadêmico diz que é o número postal de uma agência de correios em Place des Abbesses, próxima ao apartamento onde residia Théo van Gogh.

A carta também teria uma marca dizendo “Feliz Ano Novo”, o que significaria que foi enviada a partir da segunda metade de dezembro. Bailey acredita que a missiva traria a notícia do noivado de Théo com Johanna Bonger – uma carta recebida pela mãe do pintor no dia 21 de dezembro de 1888 pedia permissão para o casamento e dizia que Vincent “seria a próxima pessoa a saber”.

Van Gogh sofria de distúrbios mentais e morreu no dia 29 de julho de 1889, dois dias depois de ter tentado se matar com um tiro. Psicólogos modernos já “diagnosticaram” o artista como depressivo e portador de distúrbio afetivo bipolar. Um dos pintores mais influentes do final do século XIX, ele só foi descoberto por artistas, acadêmicos e colecionadores após a sua morte.

(Baseado no portal G1)

(Selma)

 

E você? É maluco também? Teria coragem de cortar a própria orelha? Ou apenas acredita que vai virar pó? 


Calçadas ou trincheiras?


Panes e curtos-circuitos se multiplicam nos subterrâneos do Rio de Janeiro, provocando uma onda de explosões na rede elétrica que apavora os moradores da cidade

Helena Borges

Cotidianamente assombrados pela violência e calejados pela desordem urbana, os cariocas agora estão sendo obrigados a conviver com um novo tipo de perigo: bueiros que explodem com a potencia de uma granada, como em cenas de filmes de ação, lançando chamas e estilhaços sobre pedestres, edifícios e carros. Só na semana passada foram quatro episódios - três em uma única esquina de Copacabana e outro no Flamengo, onde as labaredas derreteram um orelhão. Em abril, a placa de ferro de 1 tonelada que cobria uma câmara subterrânea esmagou um táxi e feriu cinco pessoas. Não foram as primeiras explosões a espalhar o panico nas ruas do Rio de Janeiro. Desde que as tampas de bueiro começaram a ir pelos ares, em junho de 2010, já houve 22 incidentes - um a cada dezessete dias. Oito pessoas ficaram machucadas. O fato de ninguém ter morrido pode ser creditado à sorte. Especialistas calculam que o impacto desse tipo de estrondo é dez vezes o de uma bomba caseira.
Apesar de surreais, tais situações têm uma explicação bastante comezinha. Com sessenta anos de idade, a rede elétrica do Rio está sucumbindo à fadiga e à falta de manutenção, como demonstra a própria dinâmica das explosões. Tudo começa com um curto-circuito provocado pela sobrecarga dos cabos - algo que só acontece se a capa isolante está gasta ou se, corroídos pela ferrugem, os fios retêm parte da energia que deveriam transportar.

Algumas panes, inclusive, ocorreram em cabos protegidos por um material semelhante a papel machê besuntado em óleo cujo uso data do século XIX. Os abalos mais destrutivos se deram em câmaras subterrâneas onde se guardam os transformadores capazes de converter a energia das usinas na voltagem das ruas. Também aí a falha foi de manutenção. "Ao substituirmos apenas algumas peças e não o equipamento todo, sobrecarregamos demais os componentes mais velhos, o que pode ter provocado as panes", admite Jerson Kelman, presidente da Light, a concessionária responsável pelo fornecimento de energia.
Explosões de bueiros não são exclusividade carioca. Recentemente, as cidades americanas de Nova York e São Francisco registraram uma onda de estrondos. Nas duas metrópoles, assim como na capital fluminense, as companhias responsáveis pelo abastecimento de energia fizeram mea-culpa e prometeram intensificar a manutenção da rede. A concessionária de Nova York convocou até especialistas do prestigiado instinto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)para criar um sistema de prevenção. Os pesquisadores desenvolveram um complexo algoritmo, que está em teste. Mas, apesar de todo o esforço, o modelo só é capaz de prevenir uma pequena parte dos acidentes. Depois de todos os estudos, os cientistas chegaram a um princípio até certo ponto óbvio para balizar seus cálculos: quanto mais antiga a rede e mais grossos os feixes de cabos, maior a probabilidade de ocorrer um curto-circuito. Se tal lógica tivesse sido observada na capital fluminense, seria mais fácil prevenir as explosões.
O Rio, no entanto, ainda não pode seguir as melhores práticas internacionais. A principal razão é o fato de não existir um mapeamento detalhado de seu subsolo, que tem a mais longa e uma das mais antigas redes elétricas do Brasil. Esse esquadrinhamento começou a ser feito depois das primeiras explosões. Até agora, no entanto, sabe-se pouco sobre as exatas condições dos 5500 quilômetros de cabos e mais de 15000 bueiros - exceto que amargaram anos de penúria. Essa tendência só começou a ser revertida em 2009, quando, após uma sequência de apagões e multas milionárias aplicadas pelo órgão regulador, a Light foi obrigada a aumentar o investimento em conservação. Na semana passada, copiando uma iniciativa de São Francisco, a empresa encomendou tampas de bueiro com molas para diminuir o impacto de eventuais explosões. "Essa providência não basta", diz o especialista em gestão de risco da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Moacyr Duarte. "O que resolve mesmo é renovar toda a infraestrutura da rede. Do contrário, corremos o risco de ver explosões em canteiros de obras para a Copa e a Olimpíada." Isso, definitivamente, ninguém quer.




Quando o bueiro vira uma bomba

O Rio de Janeiro já registra 22 explosões de bueiro nos últimos 12 meses - sempre em instalações elétricas antigas ou malconservadas. Os estrondos atingem o poder destrutivo de uma granada.

1. Um curto-circuito nos cabos do transformador aquece a 1000 graus o óleo isolante que envolve as placas metálicas dentro do esquipamento.

2. O óleo evapora e pressiona as paredes da máquina, que estoura. Ao entrar em contato com o ar, o gás liberado entra em combustão.

3. Antigo e danificado, o sistema de exaustão não funciona. O calor dilata os gases comuns ao subsolo (como o metano) dentro da câmara subterrânea.

4. Tudo ocorre em 0,05 segundo. As chamas e os gases lançam a tampa de ferro fundido de 1 tonelada a 2 metros de altura.



Revista Veja - Edição 2224 - nº 27 - 06/07/2011



(Selma)

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