quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Vida moderna
Lembro-me que quando cursava o
ensino fundamental no interior de São Paulo, amava desfilar no “Sete de
Setembro”.
Aquilo era uma emoção muito
grande e minha escola era, na época, a maior e a melhor da cidade. E olhem que
era escola pública!
Nunca se via notícias de alunos
chutando a diretora, agredindo professoras ou mesmo brigando feito animais na
porta da escola. E naquele tempo também
não havia internet, de maneira que ninguém filmava ninguém para colocar no
YouTube.
Lembro-me também que uma vez
numa prova de História respondi uma questão dizendo que o dia sete de setembro
marcava o fim da dependência entre Brasil e Portugal e o professor disse que estava errado. Fui reclamar e ele
não explicou, apenas foi ríspido comigo. Mau professor.
A maior alegria era desfilar
pelas ruas, com o uniforme da escola. E ir embora cansada para casa, com as
amigas. À noite, ao ligar a TV, se podia ver os desfiles em outros estados e o
de Brasília, que era o mais famoso.
Hoje eu não vejo os desfiles do
“Sete de Setembro” nas ruas por causa da saudade que tudo me traz. Lembro de minha adolescência e de minha
cidade natal. Como isso não me faz bem, procuro evitar. Mas gosto de ver as
notícias do dia a dia, e inevitável é ver a TV. Além dos desfiles vejo coisas
que me entristecem: o Obama com os
cabelos cada vez mais brancos, homens-bomba que matam dezenas de pessoas, o
Kadafi que se escondeu sabe-se lá onde... O onze de setembro que se aproxima,
lembrando a carnificina planejada por
bin Laden, que também acabou se ferrando na mão dos americanos.
Tenho medo e penso que o mundo está cada vez mais
violento. Mas a Bíblia já começa a sua história com um assassinato, que é Caim
matando Abel. Depois, seguindo a leitura
do Velho Testamento, há uma enormidade de mortes, assassinatos, sangue e
monstruosidades...
Talvez a violência faça parte da genética
humana. E a sede por sangue seja normal para alguns.
(Selma)
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Sempre estive presente na solenidade.
Dos professores,nenhuma queixa- nem lembro direito deles.
Eu sempre escrevia "poemas épicos" para essas datas,que eram recitados.
Não guardei nenhum deles,ou teria postado algum,nesses dias.
Nunca mais assisti desfiles pela televisão.
Também não gosto da saudade que eles trazem, de um tempo que não foi inteiramente bom.
Do qual eu tenho algumas boas recordações- e outras- nem tanto...