segunda-feira, 11 de julho de 2011
Mate-me, por favor!
A jornada de desintegração
emocional que levou uma advogada de 35 anos a contratar um assassino para tirar
a sua vida
(Laura Diniz)
Quando a advogada Giovana
Matias Manzano de 35 anos disse ao ex-presidiário Wellington de Oliveira Macedo
que estava sofrendo muito por ter se divorciado e, por isso precisava de um
matador, ele pensou que ela iria encomendar a morte do ex marido. Mas, Giovana
explicou: “Eu quero alguém para me matar”. Wellington, que estava preso até dois
meses atrás por tráfico de drogas, primeiro se espantou, depois pediu 30000
reais pelo serviço. Fecharam em 20000 reais. O planejamento do próprio
assassinato foi o final de uma jornada de desintegração emocional que se
acelerou há um ano. Desde a faculdade, concluída em 1997 em Penápolis, interior
de São Paulo, onde morava, Giovana lutava contra a depressão com terapia e
medicamentos.
Formada, chegou a abrir um
escritório com uma amiga, mas tudo terminou depois que, numa discussão, a sócia
revelou que Giovana havia sido adotada. Amigas contam que ela sentiu rejeitada
pela mãe biológica e que esse sentimento nunca mais a abandonou. No início dos
anos 2000 conheceu Adriano Cavalheri, o Di, com quem se casou poucos anos depois
e foi morar em Mato Grosso.
Cavalheri era delegado em
início de carreira e Giovana não trabalhava. Passou a maior parte dos oito anos
de casamento sozinha, tendo como companhia apenas a poodle Luna. Nunca quis ter
filhos. As freqüentes crises de depressão e a consciência da própria
instabilidade emocional fizeram com que certa vez dissesse a uma amiga: “Como
vou ter um filho do jeito que eu sou?” E se eu o afogar na banheira?”. Em meados
de 2010 quis prestar concurso para a polícia. Antes do teste rezou e pediu a
Deus: “Se for para me reprovar no exame físico, nem me passe no escrito”. Na
ocasião, estava acima do peso, mas fez ginástica e emagreceu. Passou na prova
escrita, mas falhou no teste físico. Ao saber da reprovação, conta uma amiga,
quebrou a casa toda, jogou no lixo imagens religiosas e tentou se matar com uma
overdose de remédios.
“Não acredito mais em Deus”,
disse.
Dias depois do episódio, o
marido ligou para os familiares de Giovana e pediu-lhes que fosse busca-la. No
começo deste ano, de volta à cidade natal e com o casamento abalado,, a advogada
procurou um médico. Que a diagnosticou como portadora de trastorno borderline,
que provoca altos e baixos emocionais, causa depressão e aumenta o risco de
suicídio. Depois do diagnóstico Cavalheri anunciou o divórcio. Giovana se
desesperou diante do que considerou ser
a segunda rejeição de sua vida. Culpou o psiquiatra pela separação e procurou
outro especialista, que discordou do diagnóstico de borderline e prescreveu
medicamentos para depressão e terapia.
Giovana estava sob seus
cuidados quando morreu. Nos últimos meses de vida, deu sinais de que tentava se
recuperar. Matriculou-se num cursinho, comprou um carro zero, equipou-o e marcou
uma lipoaspiração. Também passou a trocar mensagens com homens pela
internet.
Um mês antes de morrer,
conheceu na rede um rapaz com quem combinou um encontro ao vivo. Seria em 11 de
junho, véspera do Dia dos Namorados. Um dia antes, cmprou um vestido e marcou
horário num salão. Mas estava receosa. No fim da tarde ligou para uma amiga e
disse que tinha medo de, mais uma vez, ser rejeitada. Em seguida, em seguida
telefonou para um primo e perguntou se ele conhecia alguém “barra-pesada”. O
primo disse que não. No sábado à noite, tinha saído do salão onde fizera o
cabelo e a maquiagem quando, em cima da hora, o rapaz desmarcou o encontro.
Giovana voltou para casa, desarrumou o cabelo, lavou o rosto, e ao que tudo
indica, tomou aí a decisão final.
Na manhã seguinte, foi num bar
da periferia e deu a entender que queria drogas. Um morador de rua a levou
até Wellington. Na volta Giovana lhe deu
100 reais e disse que ele iria ler seu nome no jornal.
Na segunda feira, seu último
dia de vida, Giovana encontrou-se com Wellington para reiterar que queria dois
tiros na cabeça, de modo a não ter chance de sobreviver. Deu-lhe 20 reais para
comprar a gasolina com que ele deveria queimar o seu carro. “Meu plano sempre fi
fugir com o dinheiro dela sem matá-la”, disse Wellington a Veja. No fim do dia,
enquanto Giovana se confessava com um
frade, Wellington desenterrava o revólver que havia escondido antes de ser
preso. Às 23 horas, a advogada foi ao encontro de Wellington e um amigo no local
combinado. De carro, chegaram a um canavial.
“Trouxe a gasolina?”,
perguntou.
Ao ver o galão, ela mesma
despejou o líquido nos bancos. Assim que entregou a Wellington o envelope de
dinheiro, ele e o amigo correram. Ela gritou, segundo Wellington: “Ei, você acha
que sou tonta? Sei onde você mora. Posso acabar com a sua vida”. Eles pararam de correr e ela disse furiosa:
“Se eu pegar esse revolver, mato vocês dois e depois me mato”. Wellington
deu-lhe um tiro na cabeça. Giovana caiu. Antes de fugir disparou mais duas
vezes, também na cabeça. No envelope, disse, só havia 2000 reais.
Giovana deixou uma carta de
despedida. Nela, dizia que amava o marido
e sentia a sua falta. Pedia desculpas à família e a afirmava que a
decisão havia sido sua – a decisão de pagar um criminoso para livrá-la do que
ela considerava um fardo insuportável, sua própria vida.
Revista Veja, 2225 - nº28 - 13/07/2011
Confesso que quando soube dessa tragédia pela TV senti uma profúnda angústia. Angústia maior senti aos poucos ao copiar a matéria da Revista Veja. A pobre Giovana, uma pessoa já doente, carcomida pela depressão, teve o azar de encontrar pela vida pessoas falsas e - pior ainda - depositar extrema confiança nessas pessoas.
Encontrou uma falsa amiga (amiga da onça) com quem abriu um consultório de advocacia e que no calor da discussão jogou em sua cara que era adotada. Nada demais ser adotada. Passou sofrendo a rejeição de ter sido abandonada pela mãe verdadeira. Mas ela não soube ver o outro lado da moeda: se por um lado a mãe biológica a rejeitou, a outra mãe -a do coração - a amou.
Depois encontrou um homem e o amou. Mas esse homem não deve tê-la amado o suficiente, pois num desequilíbrio mental a abandonou.
Pediu para que Deus a ajudasse a passar em um exame de aptidão física e não conseguiu! Mas conseguiu o mais difícil, que é passar em um exame escrito! E culpou Deus pelo fracasso.
Conseguiu um diploma de curso superior, passou no exame da OAB!
Essa moça era muito inteligente, o problema era a doença... Penso que realmente era borderline mesmo, como o primeiro médico diagnosticou.
E a gota d'água parece ter sido um encontro com uma pessoa que conheceu pela internet e que não deu certo... Oh, meu Deus! Uma moça de 34 anos deixar-se levar por ilusões de internet... Se nem os homens que as mulheres conhecem ao vivo e em cores não dão certo, imaginem os virtuais!
Mas o fato é que se tomou as atitudes que tomou é porque realmente estava muito doente. Que Deus a tenha. Muito angustiante esse texto.
(Selma)
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Eu li essa noticia ontem,e comentei no blog azul,do sr.William, num texto que fico entitulado turbilhão 771.
Vou fazer o resumo do que eu disse,(porque seria mais "mão de obra" ainda,transferir para cá)
Pessoas mentalmente perturbadas, tem depressões por luto,ou por perda amorosa,por mais tempo do que tem as pessoas normais.
Uma vez que havia se divorciado,ela teria que ter respeitado o tempo de sua tristeza,e ter evitado se aventurar em atividades múltiplas,e em outros namoros.
Não se pode terminar um namoro,ou casamento,e já engatar outro em seguida.
O sentimento de tristeza pode durar de um a cinco anos,mas seja quanto tempo for durar, tem que ser respeitado como um período de "reclusão parcial".
Tem gente que supera isso tudo em um ano.
Outros,mesmo fazendo tratamentos e terapias,lida mal com perdas.
E vamos pensar bem:
Não há como entrar numa nova história amorosa,levando a antiga.
Os potenciais parceiros fogem de quem ainda não desfez os vínculos anteriores.
E pessoas mal humoradas, costumam ser tratadas com um mau humor semelhante pelos que elas encontram.
Então -um festival de condutas ácidas que o depressivo encontra pela frente,vai fabricando uma raiva destruidora.
Porisso,sempre é bom dar um tempo entre um problemão e outro.
Se ela havia se separado do marido,e se ao mesmo tempo,havia sabido de suas origens familiares- aquela era uma hora para ela passar assim, no mínimo uns dois anos, quieta, e com uma vida apenas convencional,- sem ficar procurando pelos outros.
Todavia,idem não acredito que ela fôsse só bordeline,pois muitos são bordelines,mas tem fortes vínculos com a vida.
Ela também era psicótica,mas os médicos não diagnotiscaram isso nela.
Fez falta para a mesma,uma internação, e cuidados exteriores.
Eu lamento pela família dela,que não merecia passar pelo que está passando.
...e que essa alma,encontre a paz, mesmo que tarde demais.
---
"desejo que essa alma encontre a paz,algum dia".
Alma não existe, morreu, acabou tudo. Está na Bíblia..."Tu és pó, e ao pó tornarás."
Veja bem, você que é pouco inteligente e acha que a Bíblia diz coisas que ela não diz: A palavra está endereçada a quem? "TU ÉS" significa que o intelecto, a mente, ou a alma, se usarmos a linguagem religiosa, é que recebeu a sentença. Nada foi dito ao "corpo", porque corpo não entende nada. Foi a pessoa, o ser completo que recebeu a sentença. Querer interpretar como "o corpo é que é pó, a alma volta a Deus, como está em Eclesiastes é ingenuidade, porque a "alma ou espírito voltando a Deus" significa que foi desfeito o relatado em Gênesis: " e Deus soprou em suas narinas e o homem foi feito ser vivente". É apenas linguagem bíblica.
Mas a senhora vai questionar de novo sobre a punição dos maus. Isso é desejo de vingança, próprio da nossa condição de seres humanos limitados. Por que Deus seria vingativo como nós? Para haver punição após a morte seria preciso a tal existência da alma. Mas alma não existe, somos apenas pó, conforme diz a Bíblia.
Essa promessa bíblica tem um grande problema: só aceitam isso e só exercem essa fé os que já foram escolhidos de antemão, os quais são poucos, mas Jesus mesmo já dissera que os escolhidos seriam poucos. Mateus 22:14; João 1:13; Efésios 2:8,9.
Isso soa estranho para um kardecista, para um católico e para algumas correntes protestantes, mas está na Bíblia.
"E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o filho de Deus não tem a vida." 1João 5:11,12.
O católico acha que tem o Filho de Deus, mas é mentira, porque não confia nele, mas no fogo do purgatório, em Maria, nas missas etc.
O Vai-Volta acha que segue o verdadeiro Cristianismo, mas confia nas boas obras e nas reencarnações, portanto, nada tem a ver com a mensagem do NT.
O Hosaka confia mais na inexistente Teresa de Ávila, uma freira neurótica que já morreu, que em Cristo.
E por aí vai...
Cruz credo...
Acho que vou pintar meu cabelo de vermelho vivo sair pelo mundo, esquecer minhas responsabilidades... Que se dane todo mundo! Que se dane a vida!
Foi o que eu quis dizer.
Um escolhido não sai por aí fazendo besteiras.
"Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais DEUS DE ANTEMÃO PREPAROU PARA QUE ANDÁSSEMOS NELAS." Efésios 2:10.
Prestem bem atenção, leiam e releiam, para entender: Se nossas obras, boas ou más, tivessem recompensa ou punição da parte de Deus, estaríamos operando uma mudança em Deus, o qual seria paciente de nossas ações. Isso é impossível, porque Deus é imutável. Deus só pode ser agente.
Depois do fracasso com Adão, Deus deve ter feito um um upgrade, né? Voltou para a prancheta e resolveu fazer uns perfeitinhos... mas me vem a pergunta, e pq deus faz serem imperfeitos, já destinados ao esquecimento? Qual a utilidade destes? Não consigo entender que deus faz poucos perfeitos, destinados a glória eterna e faz uma grande maioria, destinada ao nada... hum...
Aumento da violência
Aumento do consumo de drogas
Aumento da corrupção
Aumento da insegurança
Aumento da impunidade
Um raio caiu aqui no quintal de casa, acho que a culpa doi do Lula...