terça-feira, 6 de setembro de 2011
Carpe Diem
Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio,
e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também
utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com
coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do
futuro.
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem
tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit,
pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter
ultimam,
quae nunc oppositis
debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio
brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit
invida
aetas: carpe diem quam minimum credula
postero.
O poema de Horácio representativo do carpe diem é a ode 11 que
transcrevemos abaixo a partir da tradução de Achcar (1994):
Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a
ti os deuses
tenham dado, Leuconoé*, nem recorras aos números
babilônicos. Tão
melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja
concedido muitos
invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar
Tirreno nas
rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e,
no espaço
breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos
falando, terá
fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos
confiada no de
amanhã.
*Leuconé: É o interlocutor de Horacio, quem ele
aconselha a aproveitar o dia. Apesar das dúvidas e incertezas que giram ao seu
redor, parece ser uma mulher, uma mulher de espírito cândido e ingênuo que
acredita ou confia em astrologia – a crença na astrologia é índice da poesia do
carpe diem.
Horácio transformou a ode ad Leuconoé em um topos do gênero carpe diem, demonstrando a
brevidade do tempo e da vida; aconselha a aproveitar o dia sem se fiar no amanhã: propõe a fruição do
presente e desconsidera tudo que possa impedir essa fruição, como “as preocupações com o
futuro, as ‘questões severas’ da vida pública, a preocupação com a riqueza, o apego aos
bens”.
Quem foi Horácio?
Quinto Horácio
Flaco,
em latim Quintus Horatius
Flaccus, (Venúsia, 8 de dezembro de 65 a.C. — Roma, 27 de novembro de 8
a.C.) foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por
ser um dos maiores poetas da Roma Antiga.
Selma
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Obrigada pelo "pdf" do Horácio- fazia um tempo que eu andava procurando pelos versos dele,sem achar.
Ele foi antepassado dos estóicos,ou contemporâneo deles.
O Teacher se diz estóico.
Mas,não fez mais amizade com ninguém.(fiu,fiu...kkkk...)
Preciso ficar um tempo lá no JD,perto dele,alguma hora.