terça-feira, 25 de outubro de 2011
Dia do Dentista
Comemora-se o Dia do Dentista em 25 de outubro, porque nesta data, em 1884, foi assinado o decreto 9.311, que criou os primeiros cursos de graduação de odontologia do Brasil, no Rio de Janeiro e na Bahia. Uma portaria do Conselho Federal de Odontologia tornou a data oficial para a comemoração do Dia do Dentista Brasileiro
Os registros históricos demonstram que as
agressões aos dentes e suas consequências começaram quando o homem passou a ter
domínio do fogo e pelo fato de ele começar a cozinhar os alimentos, associado
com o ingresso da dieta à base de amido.
Pesquisas comprovam que o primeiro
instrumento para limpar os dentes já existia há mais de cinco mil anos, tendo
sido encontrado em uma tumba, no Egito Antigo. O modelo era um graveto com as
pontas desfiadas, que foi copiado pelos chineses, dando o formato das escovas de
hoje, porém feitos com varinhas de bambu ou osso e pelos de porco. As escovas de
cerdas de nylon foram criadas pelos americanos, em 1938.
Os egípcios também foram os primeiros a
usar pasta de dentes, há 2.400 anos. Os ingredientes incluíam sal, menta,
pimenta e flor íris seca.
Durante muito tempo, o ofício de tratar os
dentes era praticado pelos barbeiros e curiosos. Foi no século 18, devido aos
trabalhos do francês Pierre Fauchard, que foi fundada a Odontologia
moderna.
A primeira escola dentária, para formar
dentistas, surgiu em 1840, em Baltimore, nos Estados Unidos.
Quem descobriu da anestesia foi um dentista
americano, Horace Wells. Em 1844, assistindo a um espetáculo de variedades,
impressionou-se porque as pessoas, agitadas sob efeito de um gás que fazia rir,
não sentiam dor quando se feriam ao tropeçar nas cadeiras do teatro. Wells
começou a usar o gás para anestesiar seus pacientes, até que um deles morreu na
cadeira. Condenado à prisão, Wells terminou a vida na miséria.
O dia mundial do dentista é comemorado no
dia 3 de outubro.
Curiosidade: Carlos Drummond de Andrade
começou a estudar Odontologia, mas desistiu.
A Odontologia aportou no Brasil, a partir
da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500. Naquela
época o que existia eram as extrações dentárias. As técnicas eram quase
primitivas, o instrumental impróprio e não havia nenhuma forma de higiene.
Anestesia, nem pensar. A odontologia era praticada pelo barbeiro ou
sangrador,desinformados. As técnicas de "curar de cirurgia, sangrar e tirar
dentes" eram passadas sem qualquer teoria.
Com tantos riscos para os pacientes, o
exercício da odontologia era evitado pelos médicos e cirurgiões da época, que
temiam se responsabilizar pela presente possibilidade de morte por hemorragias e
inevitáveis infecções.
A odontologia era vista como uma prática
que tornava as mãos dos profissionais de medicina pesadas, diminuindo a destreza
para intervenções consideradas delicadas.
Para exercer a odontologia da época os
barbeiros ou Tiradentes necessitavam da licença especial conferida pelo
"cirurgião-mor mestre Gil". Quem não possuía essa licença poderia ser preso e
multado. A reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 determinava a multa de
dois mil réis às pessoas que "tirassem dentes" sem licença. Os oficios de
Tiradentes e sangrador eram acumulados pelos barbeiros. O sangrador também podia
tirar dentes, pois nos exames de habilitação tinham de provar que durante dois
anos "sangraram" e fizeram as demais atividades de barbeiro.
Com o início do ciclo do ouro no Estado de
Minas Gerais, a Casa Real Portuguesa nomeia o primeiro cirurgião-mór deste
Estado, regulamentando os práticos da arte dentária. A Lei 17 de junho de 1782
cria a Real Junta de Proto-Medicato, formada por sete deputados, médicos ou
cirurgiões, para um período de três anos. A essa junta caberia a estes o exame e
a expedição de cartas e licenciamento das pessoas que tirassem dentes.
Nas últimas décadas deste século, Joaquim
José da Silva Xavier praticou a Odontologia que aprendera com seu padrinho,
Sebastião Ferreira Leitão. Seu confessor, Frei Raymundo de Pennaforte disse
sobre ele: "Tirava com efeito dentes com a mais sutil ligeireza e ornava a boca
de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais".
Dentaduras eram esculpidas em marfim ou
osso. Dentes humanos e de animais eram utilizados e retidos na boca por molas,
sistemas também usados na Europa. Os barbeiros e sangradores aprendiam o ofício
com um mais experiente e tinham que provar uma prática de dois anos, depois de
pagar a taxa.
Em 23 de maio de 1800, foi criado o "plano
de exames", um aperfeiçoamento das formalidades e dos exames. Nesse ano é
encontrado pela primeira vez em documentos do Reino, o vocábulo "dentista".
Porém, o termo foi criado pelo cirurgião francês Guy Chauliac e apareceu pela
primeira vez em seu livro "Chirurgia Magna" publicado em 1363.
Em março de 1808, fugindo das forças
francesas, o príncipe regente D. João VI, sua corte, totalizando cerca de 15 mil
pessoas chegaram a Salvador, tornando-se o Brasil por esta contigência sede do
reino.
No hospital de São José, na Bahia, foi
criada a Escola de Cirurgia.
Os ditados populares da época: "ou casa, ou
dente" - ou "ou dente, ou queixo, ou língua, ou beiço" indicavam que devido ao
pouco conhecimento e inabilidade dos "tira-dentes" ocorria freqüentemente
traumatismos nestas regiões.
Para moralizar esta atividade ante as
inúmeras queixas contra os profissionais, o cirurgião-mór determinava em suas
"cartas", que o barbeiro poderia exercer a sua arte com restrições, "não
sangrando sem ordem de médico ou cirurgião aprovado e não tirando dentes sem ser
examinado".
Antes do final de 1808, D. João VI
transfere-se de Salvador para o Rio de Janeiro. Em 07 de outubro de 1809 é
abolida a Real Junta do Proto-Medicato. Todas as responsabilidades ficaram ao
encargo do físico-mór do Reino era Manoel Vieira da Silva, encarregado do
controle do exercício de Medicina e Farmácia e o cirurgião-mór dos exércitos,
José Correa Picanço tinha poderes análogos em relação à cirurgia, controlando o
exercício das funções realizadas pelos sangradores, dentistas, parteiras e
algebristas.
Nesta época o mestre Domingos, "barbeiro"
popular no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, se tornou famoso. O negro exercia
sua atividade também na casa de clientes. Sob o braço levava uma esteira de
taboa, que servia de cadeira e uma enferrujada chave de Garangeot. Dado a
manobras intempestivas, algumas vezes extraía também o dente vizinho, mas
cobrava apenas um. Às crianças, sugeriu que o dente extraído fosse jogado no
telhado, dizendo antes e por três vezes: "Mourão, toma teu dente podre e dá cá o
meu são".
Em 1820, o cirurgião mór concedeu ao
francês Doutor Eugênio Frederico Guertin a "carta" para exercer sua profissão no
Rio de Janeiro. Era diplomado pela Faculdade de Odontologia de Paris e aqui
atingiu elevado conceito, atendendo a maior parte da nobreza, inclusive D. Pedro
II e familiares. Publicou em 1819, 'Avisos Tendentes à Conservação dos Dentes e
sua Substituição', a primeira obra de odontologia feita no Brasil.
Outros dentistas franceses vieram a seguir
trazendo o que havia de melhor na Odontologia mundial.
As dentaduras eram constituídas de duas
fileiras de dentes, esculpidas em marfim ou adaptadas em base metálica, e as
arcadas ligadas por molas elásticas. Em 01 de junho de 1824, Gregório Raphael
Silva, do Rio de Janeiro, recebeu a primeira "carta de dentista" após a
Independência do Brasil.
Em 1839, é criada por Chaplin A. Harris, em
Baltimore, Estados Unidos, a primeira Escola de Odontologia do mundo: Colégio de
Cirurgia Dentária. Um dentista português, Luiz Antunes de Carvalho, obteve
notoriedade e riqueza, sendo um dos pioneiros na cirurgia buco-maxilar no
Brasil. Em 18 de janeiro de 1832 havia obtido em Buenos Aires o direito de
exercer a profissão. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1836, sendo o primeiro
dentista a registrar sua "carta" na secretaria da Câmara Municipal. Ficou famoso
na Argentina pela propaganda em forma de versos e depois em prosa. Já se fazia
marketing. No Brasil foi mais comedido, mas demonstrando sempre ser profissional
conhecedor e atualizado, publicou no Almanak Administrativo Mercantil e
Comercial: "Luiz Antunes de Carvalho enxerta outros dentes nas raízes dos
podres, firma dentes e dentaduras inteiras, firma quexos, céus da boca, narizes
artificiais e cura moléstias da boca, rua Larga de São Joaquim,125".
O Doutor Whittemore, que tornou-se mais
tarde o dentista da Corte Imperial, propalava em 1850 ter recebido "uma porção
de clorofómio puro para tirar dentes sem dor".
Obviamente que desde então a Odontologia só
tem evoluído e hoje, infelizmente, devido a falta de fiscalização do MEC muitas
faculdades particulares foram criadas
devido a fome mercantilista de seus donos e centenas de dentistas são
despejados no mercado de trabalho anualmente. A maioria pensa só nos ganhos
monetários pouco se importando com a qualidade do serviço, o que faz com que em
algumas partes do Brasil a boa Odontologia esteja desvalorizada. Mesmo assim amo
de coração a minha profissão.
Procurem somente profissionais de confiança
e que sejam especialistas naquilo que se propõe a fazer. Por exemplo... Um bom
ortodontista, especialista, faz o tratamento em pouco tempo. Aquele que não sabe
planejar o caso, provavelmente irá estender esse tratamento por anos e anos...
Obviamente que há exceções, mas muitas pessoas são lesadas dessa forma. Também é
importante lembrar que não há nada de graça: aparelho de graça, profilaxia de
graça...
Tomem cuidado com planos que prometem
muito.
E que Santa Apolônia (Padroeira dos
Dentistas) nos proteja!
Baseado nos sites:
http://www.dentalpress.com.br/v5/noticias.php?id=6365
CRO
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Minha relação -nos últimos anos,com tratamentos dentários,foi complicada.
Todavia,tento acreditar que os próximos dentistas que eu consultar serão os melhores possíveis.
É preciso ter pensamento positivo.
Manter a chance de uma pessoa comer,e falar direito,é um serviço sagrado- e os bons dentistas merecem uma pizza de mussarella hoje.
Preciso perguntar uma coisa.
O blog não está aceitando linkagens?
Faz dias,estou escrevendo uma mensagem na qual não estou conseguindo tornar acessível, o endereço que eu queria mandar.
Agradeço a atenção.
(ainda não vi o convite que vc mandou,no e-mail,tenho que consultar ao mesmo.)
233.
Aliás, de todas as invenções, parece-me que a mais útil é a anestesia. Quem já necessitou sabe do que digo.
[]
Robson Z. Conti
Somente a Verdade prevalecerá
Paz e Felicidade a todos
Problema é que não sei mais a minha senha do Google.
Vou ter que relembrar,ou tentar criar outra.
Então,atenderei ao convite.